Retornando as entrevistas, essa semana apresento Guilherme S. Borges, que está no ramo hoteleiro há 8 anos e nos conta um pouco sobre sua formação e carreira.
1 -Qual a sua formação e por quê?
Eu sou formado pela Univercidade (Antiga Faculdade da Cidade) no curso de Turismo, diplomado em Bacharel em Turismo, e formado pelo IBEU (Instituto Brasil – Estados Unidos). Também faço parte da Associação Internacional dos Concierges, que se chama Les Clefs d’Or. Sou membro internacional desde 2005 e uso na lapela as chaves de ouro, em reconhecimento ao serviço de excelência que prestamos aos hóspedes. Fui indicado em 2005 e me sinto muito orgulhoso por fazer parte desta associação.
Resolvi ficar em hotelaria por ter experimentado e sentir o gostinho da coisa. Mesmo não sendo minha primeira opção no ramo, eu me identifiquei logo que comecei a trabalhar no Copacabana Palace em 2000 como mordomo executivo. Mas consegui alcançar o que eu almeijava há anos, o Concierge.
2 -Há quanto tempo você trabalha na hotelaria e quais os prós e contras?
Estou em hotelaria há 08 anos. Amo o que faço. Ser Concierge pra mim é tudo.
Eu me identifiquei muito com a Conciergerie. Lidar com pessoas é algo muito interessante e satisfatório, mas não é fácil. Cada hóspede é único e temos que ter o “feeling” para ser o mais generoso e profissional com todos eles. São culturas, manias, sonhos diferentes e isso começa a fazer parte da nossa rotina diária. Os prós incluem conhecimento, sabedoria e muitas informações. Nós fazemos muito contatos, é uma rede gigantesca de informações e aprendemos dia a dia. É um mundo totalmente diferente. Conhecer gente nova todos os dias é bem legal.
Os contras é que na nossa vida particular, temos que ceder muitas vezes em não poder fazer aquilo que queremos, mas depende muito de cada pessoa. Trabalhamos finais de semana, acordamos bem cedo ou saímos bem tarde do trabalho, mas responsabilidade é primordial para quem quer ser hoteleiro.
Indicar locais para visitar como museus, pontos turísticos, outras cidades. Sugerir novos restaurantes e um tipo de gastronomia diferente do que ele está acostumado. Dar assistência em desafios ou problemas com os nossos hóspedes, fazer com que ele se sinta em casa é o que os hóspedes buscam, e além disso, o mais importante é superar as expectativas deles… Fazer mais do que ele esperava é simplesmente magnífico.
3 – O que mais te dá prazer na sua profissão?
Na minha opinião é ver o sorriso dos nossos hóspedes. Quando ele volta ao nosso balcão, como o sorriso de ponta a ponta na face, e elogia as nossas recomendações, te agradece por tudo o que você fez por ele, não tem preço. É algo que se você faz por amor, faz pensando em ser útil ao próximo, é o mais importante pra mim… Isso é ser profissional. Para satisfazer o “ego”, acho muito mais importante um sorriso do nosso hóspede, uma carta de agradecimento, um bilhete ou uma palavra, do que uma simples gorjeta. É uma gratidão de qualquer forma!
4 – O que você recomendaria para quem deseja seguir carreira no ramo hoteleiro?
Tem que gostar do que faz. Não faça algo porque só dá dinheiro, porque vai te dar status. O importante é realmente trabalhar naquilo em que se identificou e gosta de fazer.
A carreira hoteleira é muito interessante, mas é um caminho longo, que se inclue ceder muitas vezes coisas que você gosta de fazer em sua vida particular e não pode. Mas é muito bom, o aprendizado é gigantesco… Eu como Concierge há anos, posso dizer: – “Eu recomendo”.
Aos 30&Alguns fico feliz em apresentar o Guilherme e seu amor a sua carreira para os leitores do blog 😉