A Georgia do blog Saia Justa foi quem teve a iniciativa de criar a Blogagem Coletiva sobre adoção de crianças e adolescentes, e lendo o seu post de hoje, foi que fiquei sabendo que existem “80.000 crianças que vivem a espera de uma família no Brasil. Elas vivem em instituições sem poder ser adotadas legalmente. Não é por falta de família querendo adotá-las. São 8.000 famílias brasileiras, 40 mil franceses, 18 mil italianos…” 

Hoje então decidi colocar dois vídeos, o primeiro é uma matéria que foi ao ar no Jornal Anhanguera sobre o Projeto Anjo da Guarda, criado pelo Juizado da Infância e Juventude de Goiânia, com o objetivo de buscar famílias para acolher crianças que necessitam de abrigam. O projeto foi reconhecimento pela ONU e sobre a Campanha Mude um Destino da AMB.

Aos 30&alguns encerro esse post com um poema que eu já havia colocado aqui no blog no dia das mães e que conheci quando fui fazer intercâmbio, pois na residência onde morei uma das filhas era adotada.

Legacy of Two Mothers

Once there were two women who never knew each other.
One, my darling, is your birthmom and the other is your mother.

Two different lives, shaped to make yours one.
One became your guiding star; the other became your sun.

The first gave you life, and the second taught you to live it
The first gave you a need for love, and the second was there to give it.

One gave you a nationality; the other gave you a name.
One gave you the seed of talent, the other gave you aim.

One gave you emotions; the other calmed your fears.
One saw your first sweet smile; the other dried your tears.

One chose adoption. It was all that she could do.
The other prayed for a child, and God led her straight to you.

And now you ask me through your tears,
The age-old question through the years.

Heredity or environment, which are you the product of?
Neither, my darling, neither. Just two different kinds of love

-Unknown author

Legado das duas mães

Uma vez havia duas mulheres que nunca se conheceram.
Uma, meu querido, foi quem te deu a luz e a outra é sua mãe.

Duas vidas diferentes, formadas para fazer da sua uma só
Uma tornou-se sua estrela guia; a outra o seu sol.

A primeira te deu a vida, e a segunda te ensinou a vivê-la
A primeira te deu a necessidade do amor, e a segunda estava aí para te dar amor.

Uma te deu uma nacionalidade; a outra um nome.
Uma te deu a semente de talento, o outro deu um rumo.

Uma te deu emoções; a outra acalmou seus temores.
Uma viu seu primeiro sorriso doce; a outra secou suas lágrimas.

Uma escolheu adoção. Era tudo que podia fazer.
A outra rezou por uma cirança, e Deus a guiou até você.

E agora você me pergunta em meio à lágrimas,
A pergunta antiga dos anos.

Hereditariedade ou ambiente, você é produto do que?
Nenhum dos dois, meu querido, nenhum dos dois. Apenas dois tipos diferentes de amor

– autor desconhecido;

By Veri Serpa Frullani

Veri Serpa Frullani, brasileira, mãe e esposa, atualmente vive em Dubai, já morou em Nova York, São Paulo e Rio de Janeiro. Bacharel em Turismo, produtora multimída, escritora, designer de acessórios, também é editora do Portal Vida Adulta, do Geek Chic e do Firma Produções. Já editou os extintos Brazilians Abroad e Comida Brasileira. Veri Serpa Frullani tem presença e influência na internet desde 1999, já foi colaboradora de vários projetos e sites, entre eles TechTudo, Digital Drops, Olhar Digital e dos extintos Nossa Via e Deusario.

14 thoughts on “Blogagem Coletiva: “Adoção, um ato de nobreza!””
  1. Qdo a adoção é feita como um ato de amor, acho q a criança vai ter uma vida super saudável, seja numa familia com gdes possibilidades financeiras ou não,
    mas, qdo resolvem adotar uma criança para salvar um casamento, aí essa criança não vai ter uma família e sim ter sua vida totalmente transformada para pior.
    Abençoadas são as pessoas q têm a coragem de ter um gesto tão lindo de amor.

  2. Se uma pessoa decide-se adotar por amor e por ter amor para dar, a gente tem mais é que aplaudir. É uma pessoa abençoada, com a graça de Deus.

  3. Adorei o segundo video simples, rápido e fofo!

    tbm o texto que vc colocou!

    Adocao é mesmo um ato lindo de amor, que traz mt alegria a todos os envolvidos.
    Bjs!

  4. Veri, muito bom o video, muito boa a entrevista e principalmente este plano de adotar uma crianca já crescida dando a ela uma forma de família, mesmo que a família nao a tenha adotado no papel.

    Lindo o poema desconhecido e cheio de verdade.

    Obrigada pela participacao, valeu.

  5. Veridiana, pessoas inteligentes são as que buscam de todas as formas auxiliar seus semelhantes. No particular, nesta blogagem (Não sei se vc leu uma lista de mitos coletada numa pesquisa universitária feita no Brasil, no meu post de lançamento em que Geórgia e eu lançamos a Blogagem – http://gk.jaegger.blog.uol.com.br/), as informações, as histórias distribuidas nos blogs enriqueceram nosso propósito, como no caso deste vídeo que vc dispôs com a sobremesa do lindo e verdadeiro poema. Os propósitos das consciências envolvida poderiam até manter a blogagem pelo tempo necessário para se mudar a marcha dos acontecimentos, mas é querer de mais. Este seu esforço de participar da blogagem, dignificou em muito a coletiva. Entenda que estou muito grato por sua presença conosco e desejo que tenha um bom final de semana. Você é a minha septuagésima visita parabenizante desde o início. Todas elas lidas com amor.Desculpa o atraso…rs. Abraço.
    P.S.
    Vc gosta de devaneios? Aceite um convite para ler algo sobre em: “Foi mais ou menos assim” http://www.palimpnoia.blogspot.com/
    Um forte abraço.

  6. dácio jaegger » eu parabenizo a Georgia e você por terem bolado essa blogagem coletiva, vou admitir que não li todos os textos, mas li vários, entre eles o do rapaz que foi adotado, de mães que adotaram, se pessoas com irmãos adotados, outros sobre estatísticas e dicas, e achei muito legal poder entender e ver a visão de todos os lados. Já passei lá no palimpnoia e já adicionei ao meu google reader… uma ótima semana!

  7. Adoção não tem nada de nobreza. è o resulatdo do desejo de pessoas que querem se tornar pais. Acontece também com os filhos biologicos, pois tambem este têm que ser adotados para se tornarem filhos.
    Enquanto a adoção for tratada como um ato nobre, de caridade, de altruísmo, nosso filhos adotivos estarão sendo considerdaos de segunda linha, alguem que foi digno da generosidade de outro e isto é algo horrivel. Mudemos este pardigma.
    Não existem filhos adotivos e biologicos. Existem filhos…..

  8. MUito boa a ideia do video da adoção tardia, mas reproduz o modelo da criança branca, cabelos lisos, loiras, que não é nem de perto o perfil da maioria das crianças que estão nos abrigos brasileiros.Podem ter certeza que pretendentes a adoção, mesmo que inicialmente optassem por bebes, quando vissem estas crianças branquinhas , cabelos lisos, etc… mudariam o perfil e as acolheriam.O video foi um trabalho de faculdade e com certeza veio permeado pelos valores dos alunos, que tiveram uma boa ideia, do ponto de vista da publicidade mas que conhecem bem pouco da realidade de nossos abrigos….

  9. HISTÓRICO E OBJETIVOS
    O problema do menor abandonado e o aumento da violência em crianças têm levado o Estado e a sociedade, de um modo geral, a pensar maneiras de reverter tal quadro e uma das propostas tem sido o incentivo à adoção, através da criação de programas de seleção e orientação de casais que desejam adotar crianças.
    Com isso a prática da adoção tem aumentado nesta ultima década, fazendo-se não só por casais como por homens e mulheres solteiros. A preocupação daqueles que lidam com crianças abandonadas, deve ser com o bem estar da criança. Se a adoção é vista como um dos caminhos possíveis, é preciso que se dê maior atenção aos candidatos a pais, pois neste ato estão implicadas várias razões subjetivas que nem sempre acompanham as razões objetivas. Sabemos que o ato de adotar não é prerrogativa somente daqueles que tomam por filho uma criança que não tenha a mesma herança genética, neste sentido, todo pai e toda mãe, mais cedo ou mais tarde, terá que fazê-lo, ou seja, adotar seu filho biologicamente gerado. Aqueles que não o fazem, também abandonam. As clínicas psicanalíticas/psicológicas estão repletas de exemplos desse tipo, pois o que garante uma filiação não é somente a condição de consangüinidade, também a perfilhação.
    Entretanto, a prática da adoção de crianças não pode estar associada a um caráter assistencial ou filantrópico, nem tão pouco servir a fins egoístas tais como: preencher solidões ou minimizar o luto pela perda de entes queridos ou qualquer outro tipo de falta subjetiva. É preciso interrogar o lugar que a criança irá ocupar e que tipo de filiação irá se estabelecer. Sabemos da importância e da pertinência desta pergunta, pois dependendo do lugar que se reserva à criança, poderão advir conseqüências desastrosas, do ponto de vista psíquico.

    Contudo, ter uma atitude cautelosa não significa um desestímulo à adoção, pois se de um lado temos crianças abandonadas, sem pais, sem lares, de outro, temos casais inférteis que desejam constituir ou aumentar a família. Temos que tratar a questão considerando as carências de ambos os lados: a rejeição, o abandono e a ausência de uma organização familiar, por parte da criança, e a frustração pela impossibilidade de gerar filhos, os medos e os preconceitos por parte dos pais.
    Porém, não podemos negar que os pais adotivos lidam com a questão da filiação de modo particular, muitas vezes carregadas de ambigüidades. Eles têm dúvidas quanto ao lugar que ocupam perante seus filhos, gerando posturas inadequadas, que pouco ajudam na consolidação deste lugar, um lugar que também precisa ser outorgado pelo filho adotivo. As atitudes mais freqüentes são as de se sentirem “menos pais”, com menos direitos. O imaginário popular, por sua vez, corrobora isto na medida em que mantêm mitos que falam de taras genéticas, atribuem nomenclaturas discriminatórias tais como “ele(a) não é pai ou mãe verdadeiros” o que dá margem a supor que estão ocupando um lugar falso, usurpado.
    Evidentemente que isso não ocorre por negligência ou desamor. O lugar dos pais dado pelo patrimônio genético, nesses casos, fica separado do lugar outorgado pela cultura. Nas famílias cujos filhos são naturais, a figura dos genitores e a dos pais coincidem, enquanto que na situação de adoção, genitores e pais são distintos, gerando muitas vezes, nestes últimos, dificuldades no lidar com a história anterior da criança e com essa divisão. No entanto, a inserção num grupo familiar também se faz através da herança do nome e da tradição.
    Esta questão precisa ser elaborada por cada um envolvido nesse ato. Uma preparação emocional prévia torna-se de suma importância na medida em que tal ato traz, em si, inúmeras implicações psicológicas que merecem atenção. A criação de um serviço de orientação a pais adotivos e a candidatos a adoção requereu estudos e levantamentos prévios, junto à associações de pais adotivos e ao Setor de Adoção da 2a Vara da Infância de da Juventude. Nosso interesse, ao criar tal serviço, se atém, principalmente, à prevenção, ou seja, a uma orientação anterior à decisão de adotar. Acreditamos que a orientação preventiva facilitará a instalação da filiação com repercussões positivas na relação pais e filhos.
    A prevenção hoje, é uma demanda insistente, significa, segundo Rohenkohl, que deve-se intervir a tempo para evitar o indesejável. No meio psicanalítico esse tipo de atitude produz controvérsias, pois, segundo a mesma autora, não se têm garantias sobre o efeito de uma intervenção psicanalítica, trata-se, portanto de uma aposta. Dolto, por exemplo, considera que “prevenir é atender alguém quando este precisa” e com isso ela justifica a não necessidade de uma ação preventiva na primeira infância. Laznik, trabalhando com autismos e psicoses infantis, considera a prevenção como uma intervenção na relação do Outro com a criança e, nesse sentido, torna-se pertinente falar de prevenção em Psicanálise. Trata-se de uma antecipação, de intervir antes do gozo se tornar sintoma. Não há garantias nem adivinhações, mas dar ouvidos à relação sujeito/outro que no nosso caso significa fazer com que cada um – pais e filho – ocupe seus lugares, sem medos nem temores além daqueles que acompanham todos pais quanto à incerteza do futuro dos filhos. Também não significa desconsiderar a singularidade desta forma de filiação.
    O silêncio sobre a origem, a não circulação da palavra sobre adoção, sobre esterilidade e rejeição, no meio familiar, longe de proteger e cuidar desorganiza a vida relacional.
    Nosso propósito é facilitar essa circulação da palavra, pois, no nosso entender pais e filhos adotivos sofrem da necessidade de falar e de ser escutado. A experiência clínica tem mostrado o quanto a criança adotiva detém indícios de conhecimento sobre sua realidade. Os pais não falam sobre o assunto e, no entanto eles possuem uma linguagem silenciosa que emite sinais e são captados inconscientemente pelo outro, de modo que há “um saber não sabido”.
    Nosso site pretende:
    … ” informar aos candidatos e aos pais adotivos sobre estudos que estão sendo desenvolvidos sobre filiação,
    … ” abrir um espaço para consultas,
    … ” divulgar eventos,
    … ” oferecer oficinas de discussão na Clínica Manoel de Freitas Limeira da Universidade Católica de Pernambuco.
    Sejam bem vindos à nossa página e nos consulte quantas vezes sentirem necessidade. Estamos aqui para facilitar as relações pais e filhos.
    http://www.unicap.br/sofia/html/filiacaoporadocao.html

  10. Mãe. Uma palavra tão simples de ser escrita, de um valor inestimável para ser traduzido! Bela postagem, nos faz ver a adoção sob a perspectiva materna.
    Um abraço e grata por citar minha fonte

    Semíramis Alencar

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