Experiência de 32 anos do autor no setor de Tecnologia da Informação embasa “A Máquina e a Mente”, trama de mistério que repercute as consequências do encontro entre ambições pessoais e a corrupção institucionalizada
Quanto valem os dados que os governos e as empresas produzem todos os dias, e que precisam armazenar com segurança? E quão dependentes desses mesmos dados são as instituições públicas e privadas? Além da questão financeira, o valor dessas informações pode ser contabilizado por outro aspecto, talvez mais perigoso: o da influência política. O tráfico de informações valiosas pode se transformar num jogo arriscado, ao ser manipulado por pessoas cujos interesses nem sempre são muito transparentes.
É a partir desta perspectiva que o consultor em Tecnologia da Informação e escritor Denio C. Machado move as peças no lançamento A Máquina e a Mente. Com experiência de 32 anos no setor, o autor desenvolveu uma trama de mistério que repercute as consequências do encontro entre as ambições pessoais do empresário fundador da jovem startup “TecnoFy”, Demétrio Borja, e a corrupção institucionalizada, representada pela figura de Jurandir Grael, um deputado federal oportunista e inescrupuloso.
− Como vai funcionar isso, Lourenço?
O assessor inclina o corpo. Agora estão totalmente à vontade, parecem até velhos amigos, ele e Demétrio. Nada como falar a mesma língua, e degustar o mesmo uísque.
− É uma proposta de parceria. Vantajosa para os dois lados. O senhor entra com a tecnologia, com os produtos, e também com o discurso técnico e comercial.
− Discurso técnico e comercial?
− Sim. Teremos reuniões com a área de tecnologia do BNF, e vamos precisar de sua ajuda, para explicar a eles o que o banco afinal de contas estará comprando, como a coisa funcionará. Haverá questionamentos, dúvidas, e tudo terá que ser endereçado. E depois vêm as questões comerciais. Isso é claro vai ser tratado
com a área de compras, os valores, termos do contrato, pagamentos, tudo.
− E vocês?
− Bem, doutor, nós entramos com a parte política, sem a qual nada acontece em Brasília. Nosso trabalho será viabilizar o negócio com a maior rapidez possível, sempre em prol dos interesses superiores do BNF e da nação, é claro. Não pense que é fácil, doutor, pelo contrário. Como eu disse, as amarras legais são muitas, e são fortes…
(A Máquina e a Mente, pg. 80)
Além de Demétrio e Jurandir, outros personagens ganham destaque e contribuem para aguçar a aura enigmática da obra. Heloísa Tavares, gerente de vendas em uma multinacional de informática e esposa do empresário, com quem tem uma relação conturbada; Norberto Fróes, o competitivo colega de trabalho dela e exímio jogador de xadrez; e Adaílton Rodrigues, funcionário da “TecnoFy”, com um passado nebuloso marcado por traumas relacionados ao racismo, complementam o time de fortes personalidades que se conectam e movem o enredo numa sucessão de acontecimentos surpreendentes.
Recheado de suspense e intrigas, o livro percorre o universo sombrio dos hackers, ataques cibernéticos e vazamento de informações, combinando tecnologia, política, traições, racismo e o jogo de xadrez. Ambientada em cenários reais de Belo Horizonte, Brasília e São Paulo, a história de A Máquina e a Mente faz refletir sobre as vulnerabilidades causadas pela presença marcante da tecnologia e dos computadores no dia a dia das pessoas, das empresas e dos governos.
Ficha técnica
Título: A Máquina e a Mente
Autor: Denio C. Machado
Projeto Gráfico: LC Editorial
ISBN: 978-65-00-51283-0
Páginas: 222
Para comprar: Amazon
Sobre o autor: Denio Carvalho Machado tem 55 anos de idade e vive em Belo Horizonte (MG) com a família. Trabalha há 32 anos no setor de Tecnologia de Informação, tendo desenvolvido uma carreira na área de vendas de grandes multinacionais. Sempre foi apaixonado por literatura, em especial pelos grandes clássicos brasileiros e estrangeiros. “A Máquina e a Mente” é o seu primeiro romance. Siga o autor no Instagram.