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Os aparelhos auditivos acompanharam a evolução tecnológica decorrente do avanço digital dos últimos anos. Atualmente, os aparelhos são menores, mais inteligentes e com design moderno, além de possuírem características únicas, como microfones direcionais, gerenciador de microfonia, redutor de ruído e ênfase para fala, com o propósito de aumentar o conforto e melhorar a nitidez de fala em ambientes sonoros difíceis.

Exemplos disso são os aparelhos auditivos Passport e Latitude, comercializados pelo Grupo Microsom, uma das mais conceituadas empresas de soluções auditivas do Brasil. Os modelos oferecem diversas vantagens, entre elas escutar músicas de um tocador de MP3 ou até mesmo falar ao celular sem precisar estar com o telefone móvel próximo da orelha. Esta interação entre os aparelhos é permitida porque o som que sai do equipamento portátil é enviado via bluetooth para o acessório U Direct, utilizado no pescoço do usuário (espécie de um colar) e convertido para uma tecnologia que transmite as informações para o aparelho auditivo.

Passport
A família de soluções auditivas Passport é inteligente e criada sob uma plataforma revolucionária. O aparelho assimila as regulagens manuais feitas pelo próprio usuário. Assim, com o tempo de uso, programa as preferências do paciente e reduz a necessidade de ajustes. A amplificação torna-se, então, personalizada.

O sistema Self Learning, responsável por essa possibilidade de auto-aprendizagem do aparelho, leva em consideração as preferências de cada pessoa em diferentes ambientes sonoros. Um dos recursos disponíveis, tanto no modelo retroauricular quanto no intra-aural, é o SmartFocus™, recurso acessível ao paciente no aparelho auditivo ou em um controle remoto, que proporciona um aumento de até 16% na inteligibilidade de fala no ruído.Por meio do comando, o próprio usuário consegue interferir no funcionamento de quatro parâmetros: microfone, ênfase para fala, redução de ruído e volume geral. Sendo assim, quando o usuário se encontra em uma situação em que deseja obter maior nitidez para a fala, ele eleva este controle e altera os níveis dos outros algoritmos. Para obter mais conforto, caso o esteja em um lugar com muito ruído, basta movimentar o controle para baixo para que os parâmetros passem a funcionar de forma a atingir os objetivos do paciente.

Outra importante característica é o sistema Antishock™, que elimina o desconforto para sons repentinos, intensos e de curta duração, como pratos batendo ao lavar louça ou o salto do sapato em contato com o piso de madeira, por exemplo. Esta tecnologia identifica instantaneamente estes impulsos sonoros indesejados e os minimiza automaticamente, sem interferir nos sons da fala do interlocutor.

Latitude

A linha Latitude oferece diversos modelos com tecnologias inovadoras para atender ao estilo de vida de cada pessoa, com diferentes tipos e graus de perda auditiva. Além disso, possui modelos inovadores e flexíveis, que se ajustam instantaneamente na orelha do usuário, não sendo necessário realizar a pré-moldagem da sua orelha.

Os pacientes podem optar, por exemplo, pelo modelo intra-canal Power, um pequeno aparelho confeccionado sob medida, que apresenta maior potência para perdas auditivas de grau mais elevado ou pelos retroauriculares de tamanhos reduzidos.

A família Latitude oferece recursos diferenciados ao paciente, como a tecnologia avançada de ênfase de fala, que permite a compreensão de sussurros a gritos sem necessidade de ajuste no volume, e o gerenciamento de microfonia, com menos probabilidade de desagradáveis apitos de microfonia.

O recurso SmartFocus™ está disponível no modelo Latitude 16, permitindo que o paciente comande o aparelho, nele mesmo ou via controle remoto, modulando-o de acordo com suas preferências e proporcionando, desta maneira, um aumento de até 16% na inteligibilidade de fala no ruído. Por meio do controle, o próprio usuário consegue interferir no funcionamento de quatro parâmetros: microfone, ênfase para fala, redução de ruído e volume geral.

Os aparelhos da linha também possuem a tecnologia Antishock™, para detectar e reduzir instantaneamente e automaticamente o desconforto de ruídos desagradáveis sem descaracterizá-los.

História

Os aparelhos auditivos percorreram um longo caminho de evolução e passaram por diversas mudanças para chegar às atuais versões. O primeiro modelo surgiu no final do século IX, em tamanhos grandes e em forma de trombetas, funis ou chifres. Naquela época, os aparatos eram confeccionados à mão e os sons, transmitidos à orelha por meio de um longo tubo. Para ficarem mais discretos, os equipamentos foram modificados e chegaram a aparatos que podiam ser escondidos nos artigos de uso diário da pessoa, tal como faixas de cabeça, barbas e penteados.

Já no início do século XX, os aparelhos passaram por novas mudanças e eram compostos por microfone de carbono, alto-falante e uma grande bateria para produzir o som amplificado. No entanto, os dispositivos utilizados ainda não possuíam potência suficiente para pessoas com perda auditiva de grau severo a profundo. Com o tempo, os aparelhos auditivos passaram a incorporar o transistor, oferecendo ao mercado dispositivos menores que podiam ser usados na orelha ou incorporados à haste dos óculos. O novo modelo necessitava apenas de uma bateria para funcionar. A era programável surgiu nos anos 1980, quando os equipamentos passaram a ter microprocessadores, que possibilitavam que eles fossem menores e introduzidos completamente dentro do canal auditivo.

Após mais de um século, finalmente os aparelhos auditivos chegaram à era digital e passaram a trabalhar com um complexo e extremamente rápido processo sonoro, com alto grau de precisão. Os equipamentos atuais contam com chips modernos, que conseguem diferenciar os vários sons de um ambiente e, assim, reduzir o ruído de fundo e automaticamente se adaptar para diferentes situações sonoras. Além disso, proporcionam som natural e maior flexibilidade e personalização para pessoas com perda auditiva, além de possibilitar que o usuário escute música, o som da televisão e do celular diretamente no seu aparelho.

Números relacionados à deficiência auditiva

Segundo o Censo 2000 do IBGE, aproximadamente 24,6 milhões de pessoas, ou 14,5% da população total do Brasil, apresentaram algum tipo de incapacidade ou deficiência. Deste total, mais de 5 milhões apresentaram deficiência auditiva, sendo cerca de 3 milhões de homens e quase 2,8 milhões de mulheres. Entre todos os brasileiros com algum grau de deficiência auditiva, um pouco menos de 170 mil se declararam surdos.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 42 milhões de pessoas acima de 3 anos de idade são portadoras de algum tipo de deficiência auditiva, de grau moderado a profundo. Ainda segundo números da OMS (1994) e do Censo 2000, a deficiência auditiva ocupa o terceiro lugar entre todas as deficiências do País, representando 16,7% do total da população que tem algum tipo de deficiência.
A presbiacusia, perda auditiva devido à idade, é a principal causa de deficiência auditiva nos idosos, uma incidência de cerca de 30% na população com mais de 65 anos de idade.

By Veri Serpa Frullani

Veri Serpa Frullani, brasileira, mãe e esposa, atualmente vive em Dubai, já morou em Nova York, São Paulo e Rio de Janeiro. Bacharel em Turismo, produtora multimída, escritora, designer de acessórios, também é editora do Portal Vida Adulta, do Geek Chic e do Firma Produções. Já editou os extintos Brazilians Abroad e Comida Brasileira. Veri Serpa Frullani tem presença e influência na internet desde 1999, já foi colaboradora de vários projetos e sites, entre eles TechTudo, Digital Drops, Olhar Digital e dos extintos Nossa Via e Deusario.

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