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A banda mais antiga e tradicional da cidade faz a abertura da semana carnavalesca. Fundada por atores do Teatro de Arena, jornalistas e outros artistas que frequentavam o Bar e Restaurante Redondo. A Banda Redonda pede passagem e coloca os foliões e sambistas nas ruas no próximo dia 28 de fevereiro, pretende se arrumar ou se desarrumar em frente ao TEATRO DE ARENA – Eugênio Kusnet, na  Rua Theodoro Baima, 94, esquinas da Rua da Consolação com Av. Ipiranga. A concentração será 19h e a saída do desfile 21h. Durante a concentração haverá a entrega do “Troféu Banda Redonda 2011” para personalidades que fazem a cultura deste país e lutam por uma sociedade mais justa, nomes e outras informações abaixo.

“Nossa gente é essa aí: jornalistas, boêmios, artistas de teatro, cinema, televisão sambistas, pintores, gente da noite, do dia, da madrugada e de todas as horas, enfim, gente que cultua a nossa cultura popular”.

Vários artistas e convidados especiais participam da concentração da Banda este ano, entre eles, os atores de teatro, cinema e TV: Analy Alvarez, Antonio Petrin, Cris Fontana, Gésio Amadeu, Graça Berman, Humberto Magnani, João Acaiabe, Luiz Serra, Paulo Hesse, Regina Braga, Tadeu Di Pietro. Também marcam presença: César Vieira (dramaturgo e diretor de teatro), Chico de Assis (dramaturgo, ator e professor de dramaturgia), Chico Pinheiro, (jornalista – TV Globo), Dr. Antonio Carneiro (diretor da SPTuris); Dr. Bonfim Ortegal (médico), Dr. David Serson (médico), Emilio Fontana (diretor e professor de teatro, cinema e TV), Oswaldo Mendes (jornalista, ator, diretor de teatro e escritor) e Sócrates (grande jogador do Corinthians). Para completar a alegria na concentração, contaremos com a presença da Corte do Carnaval Paulistano.

Todos os anos a Banda homenageia personalidades destacadas no meio cultural, artístico e esportivo, já receberam o troféu Banda Redonda: Alaíde Costa, Analy Alvarez,  Ari Toledo, Caio Luiz de Carvalho, Chico de Assis, Chico Pinheiro, Denis Derkian, Doutor Sócrates, Dr. Davi Serson, Dráuzio Varella, Emilio Fontana, Esthér Góes, Etty Frazer, Ivan Giannini, João Acaiabe, João Batista de Andrade, Ligia Cortez, Maria Alcina, Netinho de Paula, Oswaldo Mendes, Paulo Goulart, Regina Braga, Renato Borghi, Renato Consorte, Sérgio Mamberti, Tadeu di Pietro, Walderez de Barros entre outros.

HOMENAGEADOS COM TROFÉU BANDA REDONDA 2011: Bárbara Bruno (atriz de teatro, TV e cinema), Dr. Demetrio Hossne, (diretor da SPTuris), Dr. Paulo Meneghini (médico naturalista), Ignácio de Loyola Brandão (Jornalista e Escritor), José Renato Pécora (diretor de teatro e fundador do famoso Teatro de Arena em 1954), Lauro César Muniz (dramaturgo e autor de novelas) e Regina Echeverria (jornalista e biógrafa). Também será lembrado o centenário de nascimento da grande atriz e mulher Lélia Abramo (08/02/1911).

Para animar os foliões a banda conta com um belo time de intérpretes: Aldo Bueno, Douglas Franco, Germano Mathias, Jandir, João Borba, João Pedro, Maria Alcina, Mazinho do Salgueiro, Silvio Modesto e Tereza Miguel, que serão acompanhados pela Banda Musical do FUMAÇA com mais de 30 integrantes, apresentando tradicionais marchinhas e sambas do carnaval brasileiro. A apresentação fica por conta de Moisés da Rocha  (O Samba  pede Passagem).

Banda Redonda – 37 anos de alegria no carnaval paulistano
Dia 28 de fevereiro, segunda-feira, concentração 19h / saída 21h – Grátis.
Informações: Teatro de Arena: 3256 9463 / China: 7880 0278 / Edson Lima: 9586 5577
Roteiro: Ruas Theodoro Baima, da Consolação, Xavier de Toledo, Teatro Municipal, Rua Cons. Crispiniano, Largo do Paissandu, Av. São João, Av. Ipiranga, Praça da República, regressando ao Teatro de Arena, encerrando o desfile com algumas músicas do verdadeiro carnaval de rua. Saiba mais: www.bandaredonda.com.br / www.oautornapraca.com.br/bandaredonda Vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=bzy3sjZhcPk

Grêmio Recreativo Cultural e Carnavalesco “Banda Redonda”
Presidente: Carlão – O General da Banda de SP / Organização: China – Tel. (11) 7880 0278
Ass. Comunicação e Imprensa: Edson Lima – Fone: (11) 9586 5577 / 3739 0208.
Patrocínio: Prefeitura da cidade de São Paulo / SPTURIS – São Paulo Turismo, e ABASP – Associação das Bandas Carnavalescas de São Paulo.
Apoio: Editora Didática Suplegraf, Efficazi Comunicação, Educação de Jovens e Adultos, Suplegraf, Sistema Sigma de Ensino, O Autor na Praça e Pimenta Produções.

HISTÓRICO – A “Redonda” substituiu a Banda Bandalha, criada no auge da repressão militar pelo dramaturgo e ator Plínio Marcos em 1972. Plínio gravava a novela Bandeira Dois, no Rio de Janeiro e não aguentava mais as piadas e provocações dos cariocas, dizendo que: bloco de paulista é bloco de concreto armado, que cordão de paulista é cordão de isolamento e, como se tudo isso, ainda, não bastasse, atormentavam, nosso tão amado Plínio Marcos, citando Vinicius de Moraes “São Paulo é o túmulo do samba”. Àquela altura a Banda de Ipanema já era famosa, trazendo como musas Leila Diniz e Odete Lara. Injuriado com tantas brincadeiras, Plínio chamou seu colega de teatro, Carlos Costa, o Carlão, que já era frequentador do mundo do samba paulista desde que aqui chegou em 1945, mas ganhava a vida no teatro, Carlão foi bilheteiro, contra-regra e ator, atuou no teatro de Arena, no cinema e foi um grande parceiro do Plínio, atuando em várias peças e ao seu lado em vários momentos na luta. Então, Plínio Marcos se autoproclamou presidente da Banda Bandalha e convidou Carlão para ser o vice presidente.

Em 1972 e 1973, a banda sempre saindo da frente do Teatro de Arena e percorrendo o centro, foi sucesso de cara, tendo no primeiro desfile como Porta Estandarte a atriz Etty Frazer e mestre sala o ator Toni Ramos. Também contou com ilustres participantes, como a atriz Walderez de Barros, o dramaturgo Gianfrancesco Guarnieri, a atriz Eva Vilma, o ator John Herbert, Pepita e Lolita Rodrigues, os jornalistas Arley Pereira, José Ramos Tinhorão, o ator e artista plástico Luiz Carlos Parreira. Claro que não podiam faltar os sambistas famosos das escolas de samba e parceiros de Plínio e Carlão: Geraldo Filme, Jangada, Jorge Costa, Silvio Modesto, Talismã, Toniquinho Batuqueiro, Zé Ketti, Zeca da Casa Verde, além da turma da “Vagão” e redondeza, entre tantos outros atores, jornalistas e foliões. A Bandalha durou dois anos, depois de brigas com a prefeitura, Plínio se injuriou e falou que não tinha mais Bandalha. Com o fim da Bandalha, seus remanescentes, encabeçados por Carlão, formaram a Banda Redonda, que desfilou pela primeira vez em 74, naquela ocasião mudou a colocação da diretoria, ficando Carlos Costa na presidência e Plínio como vice, hoje Carlão continua dirigindo a “Redonda” e tem o China como secretário geral. Com a inspiração do Artista plástico Luis Carlos Parreira a “Redonda” adotou a pomba como símbolo e as cores azul, ouro e branco. Atualmente, os desfiles da banda são acompanhados por cerca de 15 mil pessoas e já faz parte do calendário oficial do carnaval de São Paulo. Além disso, ela é filiada à ABASP –  Associação de Bandas de Carnaval de São Paulo.

Carlão, quando assumiu a banda em 1974, transformou-se no “General da Banda” de São Paulo (lembrando Black-Out, o “General da Banda” no Brasil): diz um dos foliões: quando o Carlão chega as pessoas cantam… “Chegou o General da Banda…” Sobre o novo nome da banda: Redonda, Carlão conta um pouco da história: “A gente frequentava um Bar e Restaurante em frente ao Teatro de Arena chamado Redondo. Tinha uma gíria na época que dizia que as pessoas inteligentes tinham a testa redonda. Daí, a partir de algumas sugestões: ARENA, pelo teatro (ora veja, naquela época, o partido da ditadura tinha a sigla de ARENA), Carlos Gomes, Roosevelt (nome de gringo não), Consolação e Vila Buarque, (“não são nomes para uma banda”). Prevaleceu a idéia da cabeça inteligente: Redonda, ainda sugeriram Redondo, para obter algum patrocínio do dono do bar, mas alguém lembrou: “o portuga sequer pendura uma cerveja pra gente”, daí ficou simplesmente Redonda mesmo, pela ideia do Parreira, ainda hoje há quem confunda o nome da banda com o nome do bar.

Sobre Carlos Costa, O General da Banda Redonda, também conhecido como, Carlão da Vila e Carlão do Boné, nasceu na cidade de São Carlos, no interior do estado, onde aprendeu muito do samba paulista através de seu pai, Sr. Oscar Costa e chegou à cidade de São Paulo em 1945. Aprendeu a história do samba paulista convivendo com seus maiores sambistas, curtiu e viveu o samba em sua forma mais autêntica. Nestes 37 anos da banda a maior satisfação de Carlão é oferecer a oportunidade para todas as classes e camadas da população curtir o autêntico carnaval,  sem qualquer custo, colocando lado a lado todas as diferenças, equacionadas no mais simples momento de alegria.

“A Banda Redonda surgiu na época da repressão da ditadura militar, com objetivo de trazer para a rua os executivos dos escritórios do ‘centrão’ da capital paulista para brincar o carnaval com o povo na rua com ou sem fantasia, com ou sem dinheiro”, afirma Carlos Costa.

By Veri Serpa Frullani

Veri Serpa Frullani, brasileira, mãe e esposa, atualmente vive em Dubai, já morou em Nova York, São Paulo e Rio de Janeiro. Bacharel em Turismo, produtora multimída, escritora, designer de acessórios, também é editora do Portal Vida Adulta, do Geek Chic e do Firma Produções. Já editou os extintos Brazilians Abroad e Comida Brasileira. Veri Serpa Frullani tem presença e influência na internet desde 1999, já foi colaboradora de vários projetos e sites, entre eles TechTudo, Digital Drops, Olhar Digital e dos extintos Nossa Via e Deusario.

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