‘Cadernos de Artista’ reúne grandes nomes no anexo LONA Galeria em São Paulo. Anotações dos artistas compõem um processo de construção, que oferecem pistas para identificar o percurso do seu trabalho artístico
Está aberta ao público a exposição coletiva “Cadernos de Artista”, no anexo da LONA Galeria, em São Paulo. A visitação será gratuita e presencial com horários agendados seguindo os protocolos de medidas sanitárias, contando também com a visitação virtual 3D após a inauguração presencial. Os artistas incorporam desde a Renascença, cadernos ao seu trabalho, usando os mais diferentes materiais e realizando diversas experimentações, construindo uma obra autônoma, mas conectada com as pesquisas visuais de seus autores. As técnicas são as mais distintas e vão desde desenhos às colagens. As páginas dos cadernos desvelam a arte na sua essência mais profunda: se trata de uma forma de expressão usada pelos mais diferentes artistas, independentemente de seu tempo.
Desta maneira, o projeto surgiu através de uma parceria entre o responsável pela LONA Galeria e curador de arte Duilio Ferronato e o também curador e editor Eder Ribeiro, que convidaram 23 grandes artistas para colocarem suas experiências em cadernos durante três meses antes de ir para a exposição. “Os artistas são muito profissionais, foi supertranquilo, não tivemos problema nenhum e os cadernos ficaram incríveis”, explicam os responsáveis pelo projeto. ‘Cadernos de Artista’ estará aberto a todos os amantes da arte e a todos aqueles que querem sentir a experiência pela qual um artista passa. Os artistas em destaque nesta exposição são:
– Daniel Mello é nascido em Joaçaba em Santa Catarina no ano de 1992. Ele se desenvolve na pintura abstrata, entre o contraste do belo com o transgressor. Ele utiliza principalmente a tinta acrílica e óleo sobre tela, papel e madeiras de descarte na produção de seus trabalhos. Com sua prática no ateliê seu movimento é alternado e por vezes se fundem, entre pintura, desenho e colagem.
– Gabriel Pessoto, nasceu em 1993 em Jundiaí. Em 2015 passou a expor trabalhos em exposições coletivas e foi contemplado pelo edital da prefeitura de Porto Alegre para ocupar a Galeria Lunara, onde montou a instalação “Glória” em parceria com Filipe Rossato, indicado ao Prêmio Açorianos de Artes Visuais na categoria Destaque em Novas Mídias. Apresentou em 2016 a exposição “Trégua”, primeira experiência individual e desenvolveu o projeto de residência artística “Variações sobre contato: vistas” na Casa13, espaço cultural em Córdoba, Argentina. Em 2018 realizou sua primeira exposição individual em São Paulo, “um pouco por dia já é muito” no centro cultural independente Casa da Luz. Gabriel gosta muito de cadernos, pois participam de seu processo através de notas, rabiscos, projetos, lembretes, desenhos precários e pequenos vestígios do dia.
– Gabriel Torggler, que nasceu no ano 1990 em São Paulo, desenvolve sua pesquisa poética pautada no desenho e gravura em metal. Durante o período de formação recebeu a premiação máxima no 43ª Anual de Arte FAAP. Em 2013 participou do 18º Festival Internacional de Arte Contemporânea VIDEOBRASIL no SESC. Participou, no ano de 2014, da quarta edição do prêmio EDP nas Artes, e em 2019 foi selecionado para Arte Londrina 8. O convite para expor um caderno específico feito para uma exposição, se mostrou para o artista, um desafio e oportunidade de compartilhar parte do seu processo criativo.
– Gustavo Aragoni, nasceu em Osasco em 1975. É dedicado à pesquisa em filosofia contemporânea, desenho e instalação. Estudou pintura e desenho com Dudi Maia Rosa e ilustração com Fernando Vilela. Após, frequentou o curso de desenho de animação do Centro Universitário Belas Artes e o grupo de acompanhamento de projetos do Hermes Artes Visuais. Participou de salões, exposições coletivas e individuais, e recebeu o prêmio aquisição no 18º Salão Nacional de Arte de Jataí e no 47º Salão de Arte Contemporânea Luiz Sacilotto, isso no ano de 2019. Seu caderno tem um caráter experimental, mas também funcional, sendo um espaço que reúne estudos, anotações, escrituras, desenhos, colagens e esboços.
– Higo Joseph, nascido em São Benedito/CE no ano de1994, vive e trabalha em São Paulo. É artista visual multidisciplinar, formado em Multimídia, Comunicação Visual e Artes Visuais. Foi selecionado para temporada de projetos 2020 do Paço das Artes. Está na 18ª edição do programa de exposições do Museu de Arte de Ribeirão Preto (MARP) em 2020 e no 48º Salão de arte contemporânea Luiz Sacilotto. Nos últimos quatro anos vem participando de diversas exposições, com destaque para as individuais. Seus trabalhos no caderno foram pensados como projetos iniciais que podem se desenrolar em obras maiores.
– Irene Guerriero vive e trabalha em São Paulo, é graduada em artes plásticas e trabalha com pinturas e colagens. Tem participado de exposições coletivas, destacando-se na 18ª edição do programa de exposições do MARP em 2021. Seu trabalho faz parte da coleção do Museu da Diversidade Sexual em São Paulo e também está em coleções particulares na Alemanha, Argentina, Canadá, China, Croácia, El Salvador, Escócia, Estados Unidos, França, Inglaterra, Itália, México, Suíça, Taiwan e Ucrânia. Seu caderno é um lugar mágico, onde imagens vão surgindo.
– Liliana Alves nasceu em 1962 em Itajubá/MG. Reside e trabalha em Sorocaba/SP, como professora e pintora. Graduada em Letras, frequentou cursos livres e participou de várias mostras importantes como Pinacoteca Municipal de Sorocaba. Está no 48º Salão de Arte Contemporânea Luiz Sacilotto, Santo André com Prêmio Aquisição, Programa de exposições MARP 2019, Programa de exposições MARP 2020, no 42º Salão de Arte Contemporânea de Ribeirão Preto (SARP), no 47º Salão de Arte Contemporânea de Piracicaba, na 1ª Trienal de Artes Frestas no SESC em Sorocaba, Museu de Arte Contemporânea de Sorocaba (MACS) e em 1º no Concurso Itamaraty de Arte Contemporânea de Brasília/DF. Tem obras em acervos do MACS, Museu Florean, Bucareste-ROM e Prefeitura de Santo André. Apropria-se de motivos simples do cotidiano para pintar com linguagem visual, da sua arte vem a expressão poética, suas sensações e reflexões se organizam em tintas e o caderno serve como ferramenta de seus estudos e pesquisas.
– Mariano Barone é nascido no ano de 1985 em Santa Fé na Argentina. Vive e trabalha em São Paulo desde 2009, onde conduz sua pesquisa a partir do desenho, da pintura, da serigrafia e da instalação. Bacharel em artes visuais, teve sua primeira mostra individual em GARRANCHÓN no ano 2018 na Galeria Sancovsky em São Paulo. Participou do 42º e 44º SARP no MARP, das coletivas Novas Poéticas da Galeria Cañizares na Escola de Belas Artes em Salvador/BA no ano de 2017, entre outras. O artista olha o caderno de artista mais como um conjunto de pinturas feitas num determinado período.
– Rodrigo Selles nasceu em 1987, em São José do Rio Preto em São Paulo. É bacharel em design e explora temas pessoais e sociais a partir de um viés angustiante, de horror, cômico e fantástico, usando símbolos figurativos e narrativas visuais. Em 2018 participou do Picnic Art Festival em Shangai. No ano de 2020 participou da Exposição Apropriações na Lona Galeria em São Paulo e da 11ª Bienal Internacional de Arte Jovem de Vila Verde em Portugal. Ao trabalhar no caderno dedicou carinho e cuidado que as telas e folhas pediam no cotidiano.
– Sueli Espicalquis é nascida em 1955 em Araçatuba/SP. Vive e trabalha em São Paulo. Iniciou sua formação participando de residências e cursos, com orientação de artistas como Paulo Whitaker, Paulo Pasta e do Grupo Hermes (Carla Chaim e Nino Cais), entre outros. Pesquisa a materialidade e fisicalidade da cor, utilizando suportes como pintura, desenho, fotografia e instalação, para refletir sobre a era em que vive e o seu entorno. Premiações: menção honrosa pela obra Caderno no VIII Salão de Artes Plásticas de São José do Rio Preto e menção honrosa pelo conjunto da obra no 40º Salão de Arte Contemporânea de Piracicaba. O seu caderno é de colagens, a partir de um livro de Tomie Ohtake, artista que se destacou em pintura, gravura e escultura e pelo seu reconhecimento tornou-se uma espécie de embaixatriz das artes e da cultura no Brasil.
A abertura da exposição encerra no dia 9 de outubro. As visitações serão agendadas, seguindo os protocolos de medidas sanitárias. É totalmente gratuita.
Serviços
- Curadoria: Eder Ribeiro
- Coordenação: Duilio Ferronato
- Abertura: sábado, 28 de agosto 2021
- Encerramento: sábado, 09 de outubro 21
- Local: Anexo LONA São Bento, 181 – 1º. Andar – Centro, São Paulo
- Contato: (11) 99403-0023
- Visitação gratuita
- Atendimento com horário agendado
- Número de obras: 50 cadernos
- Técnicas: desenhos, pinturas, colagens, aquarelas, recortes
- Preços: de R$ 2.000,00 a R$ 23.000,00
- Site: http://www.lonagaleria.com
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