A comissão multidisciplinar criada em abril, pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), durante o I Encontro de Coordenadorias de Infância e Juventude,composta por magistrados de 17 estados, médicos, psicólogos e especialistas no estudo da dependência química,discutiu as diretrizes da Campanha Nacional de Prevenção ao Uso de Drogas, em especial do crack, que será lançada ainda esse ano.
Segundo o coordenador da comissão, o desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo, Antônio Carlos Malheiros,”será uma campanha publicitária de prevenção ao uso de drogas e, fundamentalmente, uma campanha de conscientização, de orientação e de prevenção, que finque alicerces para que haja continuidade no trabalho. Em cada cidade onde houver um juiz, esse juiz será o piloto dessa operação, trabalhando com a nave-mãe que é a nossa comissão aqui no CNJ”.
A fase inicial da campanha prevê uma campanha publicitária com foco na prevenção e a segunda etapa, definirá métodos para que o trabalho se perpetue.
Segundo estatísticas, o número de usuários de crack no país ultrapassa 1 milhão. (continue lendo)
O crack é uma mistura de cloridrato de cocaína (cocaína em pó), bicarbonato de sódio ou amónia e água destilada, que resulta em pequeninos grãos, fumados em cachimbos ( improvisados ou não).
O crack leva 15 segundos para chegar ao cérebro e já começa a produzir seus efeitos: forte aceleração dos batimentos cardíacos, aumento da pressão arterial, dilatação das pupilas, suor intenso, tremor muscular e excitação acentuada, sensações de aparente bem-estar, aumento da capacidade física e mental, indiferença à dor e ao cansaço. Mas, se os prazeres físicos e psíquicos chegam rápido com uma pedra de crack, os sintomas da síndrome de abstinência também não demoram a chegar. Em 15 minutos, surge de novo a necessidade de inalar a fumaça de outra pedra, caso contrário chegarão inevitavelmente o desgaste físico, a prostração e a depressão profunda.
Estudiosos como o farmacologista Dr. F. Varella de Carvalho asseguram que “todo usuário de crack é um candidato à morte”, porque ele pode provocar lesões cerebrais irreversíveis por causa de sua concentração no sistema nervoso central.
Aos 30&Alguns, vamos acompanhar e ver como as autoridades vão lidar com um problema tão sério que afeta milhões de brasileiros.
fontes: CNJ ; Oficina Ciência Viva;