Produzido por meio de financiamento coletivo “Tião Cacete e os 16 Odus Sagrados – Uma aventura afrotupiniquim” tem narrativa eletrizante, decolonial e mostra que a cosmovisão Iorubá é autêntica
A Mitologia Iorubá é composta por centenas de Deuses e suas histórias explicam a criação do mundo, a existência da raça humana e os fenômenos da natureza. Entre as religiões inspiradas por ela está o Candomblé, que possui um riquíssimo patrimônio cultural e uma trajetória de luta e resistência.
Produzido por meio de financiamento coletivo “Tião Cacete e os 16 Odus Sagrados – Uma aventura afrotupiniquim” do autor paulista Thiago Marquini Machado, narra a aventura no plano astral de Tião Cacete, um homem escravizado e porta voz do orixá Exu no universo dos vivos. “O livro tem uma dimensão didática importante, explico o que é a tradição Iorubá no contexto brasileiro e trago elementos, tradições, entidades e rituais africanos e nacionais, além de lendas e mitos – Conta Thiago Marquini – Também abordo o decolonialismo, que é o entendimento de que há outras visões históricas e míticas válidas, além da ocidental moderna predominante, e que devem ser reintegradas a sociedade. Acredito que um tema como a existência, por exemplo, precisa ser tratado com transparência e sem vieses da maneira mais direta e objetiva possível.
Narrado em terceira pessoa e totalmente imersivo, o livro mostra Tião Cacete entediado com a vida após a morte, até que percebe que algo importante estava para acontecer na humanidade, e que de alguma forma, ele tinha um papel relevante. A partir daí ele é lançado para uma aventura em todo o continente americano, e à medida que compreende o poder da natureza e a sua conexão profunda com ela, ressegnifica toda a sua vida, a morte, a diáspora, a escravidão, e a própria história da humanidade.
“O Tião Cacete é um exu, a categoria das entidades que são as almas de falecidos feiticeiros e que frequentam os candomblés e umbandas. É diferente de Exu Orixá, divindade Iorubá das mais importantes” – Explica Marquini – “A aventura é a fórmula da narrativa, a forma como decidi contar a história. Mas, na realidade, a obra tece uma grande tese, que é a afirmação de que a cosmovisão Iorubá é autêntica, válida e precisa sair da marginalidade”.
Tião Cacete e os 16 Odus Sagrados – Uma aventura afrotupiniquim conduz o leitor até a última página e proporciona um mergulho na cultura da nossa mãe África. Em tempos de racismo explícito e intolerância religiosa, a obra resgata de forma orgulhosa nossa ancestralidade nos aproximando da riquíssima cultura dos negros Iorubás. É também uma forma de resistência, de decolonizar nossa visão de mundo. “Espero que os leitores interessados em estudar o assunto tenham na obra uma boa referência, mas acredito que a síntese não tenha sido concluída, no meu ponto de vista, é uma missão para mil escritores e eu só escrevi as primeiras palavras” – Finaliza Thiago Marquini.
Tião Cacete e os 16 Odus Sagrados – Uma aventura afrotupiniquim
- Editora : Xirê; 1ª edição (8 novembro 2022)
- Idioma : Português
- Tamanho do arquivo : 12696 KB
- Leitura de texto : Habilitado
- Leitor de tela : Compatível
- Configuração de fonte : Habilitado
- Dicas de vocabulário : Não habilitado
- Número de páginas : 279 páginas
- Para comprar: Amazon
Sobre o autor:
Thiago é escritor, músico e compositor de São Paulo, morador das muitas cidades e de bastantes casas e viageiro do mundo e do Brasil.
Na literatura, publica em 21 o romance “As Invasões Lúdicas” pela editora Ases da Literatura, uma novelinha que narra o desfile do Chico Pinga nos dias do Carnaval de 18, última festa que vai se jogar antes de assumir a guarda da filha pequena, numa obra que justifica o lírico e o lúdico como formas autênticas de se pôr no mundo.
Em 22 publica o segundo romance, a fantasia “Tião Cacete e os 16 Odus Sagrados – uma aventura afrotupiniquim“, ficção onde o exu Tião Cacete se acha na missão divina de salvar a humanidade da extinção, coisa que ele mesmo não está bem certo que deve cumprir. Instagram: @thiagomarquinimachado