O facebook tem mais de 800 milhões de usuários, e inúmeros pesquisadores têm ocupado o tempo estudando o comportamento das pessoas e a forma como interagem na rede social. Em alguns aspectos, o site está impactando a vida das pessoas e mudando comportamentos,afinal quantos de nós conseguem ficar 24 horas sem checar a página no “face”?
Segundo pesquisas, 80% dos usuários não conseguem e para um pouco mais de 1/3 dos usuários a necessidade de verificar a sua página é mais poderosa do que dependência em álcool ou cigarros. Muitos sofrem do “Transtorno de Dependência do Facebook.” , cujo os sintomas incluem deixar que a rede social interfira no seu sono ou trabalho, gastando mais de uma hora por dia no site e sendo tomado pelo medo ou pânico com a idéia de exclusão da sua conta.
Quando entrevistados, a maioria das pessoas admitiram “xeretar” a página do seu parceiro para saber o que e para quem ele/ela está dizendo algo, o ciúme nos relacionamentos aumentou com o uso da rede social.
Em um estudo, 35% das pessoas entrevistadas disseram que o Facebook contribuiu diretamente para seus sentimentos de ciúme e vários encontraram motivos para isso, já que 1 em cada 5 petições de divórcio nos EUA e 1 em cada 3 no Reino Unido, citam o Facebook como parte fundamental a contribuir para o fim da relação. De acordo com vários relatórios de advogados de divórcio, solicitar o acesso à página de Facebook do cônjuge de um cliente é fundamental.
Várias empresas estão bloqueando o acesso dos seus funcionários a sites de redes sociais como Facebook e Twitter, porém estudos têm mostrado que as pessoas que acessam o Facebook no trabalho são, na verdade até 9% mais produtivas do que as pessoas que não o fazem. Curtas pausas para fazer ficar online permite que o cérebro “dê uma distraída” fazendo com que o indivíduo aumente a capacidade de se concentrar mais tarde.
A maioria das pessoas usam as redes sociais para falar sobre os aspectos positivos de suas vidas, o que o é bom, mas deixa de fora uma grande parte da realidade do dia-a-dia. Muitos acabam se sentindo mais feliz, por estarem constantemente vendo imagens de seus amigos felizes e sorrindo, afinal muitasvezes acabam vendo apenas a parte boa da vida de cem pessoas ou mais, dependendo da quantidade de “amigos” que tenha na rede. Porém a longo prazo, estudos têm mostrado que essa “felicidade” toda faz com que usuários do Facebook sintam que a vida é injusta e em alguns casos extremos, o uso do Facebook foi diretamente ligado à depressão.
Ao mesmo tempo, enquanto visitar as páginas de outras pessoas pode causar depressão, olhar para o próprio perfil pode realmente aumentar a auto-estima, pelo menos a curto prazo, pois o usuário acaba tendo acesso a todas as informações sobre o melhor da sua vida em um só lugar o que pode aumentar a sua autoconfiança, e ao editar o perfil acaba ficando mais feliz ainda.
Embora muitas pessoas postem apenas as coisas boas de suas vidas, todo mundo tem um amigo ou dois que posta sobre as desgraças da sua vida várias vezes por dia. As vezes achamos um saco ficar lendo sobre a desgraça alheia e o quanto as pessoas se expõe em uma rede onde na verdade nem todos são seus amigos, mas devemos lembrar que todos nós passamos por momentos ruins, e para alguns o Facebook é uma forma legítima de compartilhar esses sentimentos.
Estudos mostram que pessoas que mostram mais a sua infelicidade são mais propensas a serem vistas como choronas e irritantes por seus amigos. Como as pessoas menos seguras tendem a ser as únicas a postarem atualizações de status negativas, a resposta irritada dos outros apenas contribui para o problema.
75% dos usuários dizem que são infelizes com seus corpos, mas 51% dessas pessoas dizem que seus problemas foram agravados graças ao Facebook . Parece que as fotos de si mesmo postada por outros, fotos que podem não ser tão bonitas, como as que a própria pessoa posta, faz com que essas falhas que muitos tentam esconder sejam ampliadas. Quem não tem um amigo ou amiga que desmarca todas as fotos em que acha que não está parecendo a cereja do bolo?
Varias pessoas ficam estressadas com pedidos de amizade já que o objetivo é conectar com amigos e muitas vezes começam a receber pedidos de amizade de desconhecidos ou colegas. Um estudo descobriu que 63% das pessoas adiam responder a esses pedidos, mais de 3 em cada 10 informaram que ao rejeitar pedidos de amizade acabavam sentindo-se culpados, enquanto 12% não gostava de receber pedidos de amizade de todo mundo. Para as pessoas cujos pedidos são rejeitados, outro estudo mostrou que sentiam dor e tristeza pelo desprezo, da mesma forma como sentiriam em uma situação da vida real, mesmo que a rejeição tenha sido “apenas” online.
36% das pessoas entrevistadas com idade inferior a 35 anos admitiram postar algo no Facebook ou no Twitter logo após o sexo. Os homens e os usuários do iPhone são os mais propensos a apresentar este comportamento.
E pensar que antigamente as meninas tinham agenda e faziam de tudo para escondê-las do resto do mundo…
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