Densitometria óssea é um exame que serve para descobrir a densidade mineral dos ossos de um indivíduo e é aplicado desde 1990, a fim de comparar a densidade mineral dos ossos aos padrões da idade e sexo do paciente, sendo o único método seguro para avaliação da massa óssea e predição de fratura.
De acordo com a Dra. Vera Szejnfeld, presidente da ABRASSO – Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo, o exame é recomendado para as mulheres na fase da perimenopausa, a fase que marca o fim da vida reprodutiva da mulher e antecede a menopausa, e para homens com mais de 60 anos de idade.
É realizado pelo densitômetro, que consiste em emissão de raios X em dois comprimentos diferentes de ondas, sendo um para partes moles e outro para as partes duras (ossos), os quais são ligados a um computador que converte as imagens em g/cm2 e compara com uma população jovem saudável. Segundo a especialista , o exame apresenta baixíssima exposição à radiação. Corresponde a 1/5 de da radiação obtida em uma radiografia de pulmão e permite o diagnóstico de osteoporose e osteopenia.
Osteoporose é a perda da massa óssea durante o processo de envelhecimento, o que provoca a fragilização dos ossos. A Osteopenia consiste na perda precoce de densidade óssea que torna os ossos mais fracos, se não for tratada de forma adequada, a osteopenia pode virar osteosporose.
A especialista explica que crianças, jovens, adultos jovens homens ou mulheres podem ter que fazer esse exame mais precocemente. “Crianças com doenças reumáticas ou pulmonares em uso crônico de corticosteroides têm que fazer esse exame para detectar a perda óssea e entrarmos com a medicação quando necessário. O exame também é recomendado para mulheres jovens com amenorreia precoce, como, por exemplo, aquelas que são atletas com suspensão da menstruação ou com anorexia nervosa, ou em uso de corticosteroides, entre outros casos”, exemplifica.
O exame pode ser recomendado por qualquer especialista que lide com doenças osteometabólicas, destacando-se ginecologistas, endocrinologistas, reumatologistas, geriatras, ortopedistas, clínicos gerais. O exame permite detectar pequenas perdas antes que ocorram fraturas. Serve também para monitorizar os tratamentos.
Para se realizar o procedimento, que dura de 15 a 30 minutos, não é necessário nenhum preparo especial ou jejum, apenas deve-se evitar remédios que contenham cálcio. No momento do exame, o paciente fica deitado sobre uma mesa, do modo orientado pelo técnico, e permanece imóvel, enquanto o tubo de raios X passa sobre o corpo, fazendo medições.
A densitometria óssea permite, ainda, estudar a composição corporal dos indivíduos permitindo saber quanto de massa magra e massa gorda o paciente possui. A partir desses dados é possível saber se há a quantidade adequada de músculos e gordura.