Hoje em dia com a tecnologia consigo perceber como as coisas mudaram, minha visão do mundo e a visão de tantas outras pessoas.
No meio de mudanças mil que vem ocorrendo na minha vida no último ano, finalmente me deparei com uma caixa que estava guardada na casa da minha mãe com os meus diários de 1987 até 2000. Nossa, 13 anos da minha vida escritos em pequenas agendas…
E como não tenho mais espaço para guardar tantas coisas, fiquei olhando para os diários e resolvi então, digitalizá-los para que eu possa relê-los no futuro. Comecei a passar para o computador a minha vida, a minha pré-adolescencia, adolescência e como não dizer também o início da idade adulta.
* Ri horrores.
Percebi que dos 11 aos 13 anos de idade, tudo era um drama, se eu fosse no dentista e ele apertasse o meu aparelho (eu usei aparelho durante um período da minha vida) eu escrevia que quase tinha morrido de tanta dor e que nunca mais iria voltar…. As amigas então …. em um dia éramos melhores amigas e no dia seguinte não iria mais falar com elas por nada no mundo, mas no dia segunte já éramos melhores amigas novamente.
A escola era um droga, os professores 99.99% insuportáveis, reclamavam muito que minhas amigas e eu conversávamos durante a aula, lógico que nesses dias eu soltava toda a minha revolta na minha agenda, indignada com tal atitude e esculhambava com o professor.
Dos 14 aos 16 já dava para notar uma mudança radical no comportamento, não tinha namorado, nem tinha beijado na boca, mas os poemas eram profundos, aquelas frases escritas tipo de traseira de caminhão, eram inúmeras, o orgulho de ser mulher, as azarações, a família passou a ser um saco, da para notar que os passeios em família foram extremamente diminuidos.
Aos 16 era outra vida, foi quando fiz intercâmbio, sai do Rio de Janeiro e fui morar em Idaho (EUA) em uma cidadezinha cuja população resumia-se a 3.000 habitantes. Tudo era escrito em inglês na agenda. As experiências, as viagens para cidades menores ainda, as viagens com o time de voley da escola, a tristeza na hora de voltar, a saudade que muitas vezes me consumia…
Dos 17 aos 20 e pouco, era outra realidade, parece que era outra pessoa, as azarações cresceram, o contato com o sexo oposto aumentou, e os textos românticos perderam o lugar para páginas e mais páginas seguidas de histórias sobre as baladas.
Lendo as agendas/diários percebi que as mulheres tem uma vantagem sobre os homens, temos nossas vidas gravadas em páginas de papel, agora com a era da internet, temos nossas vidas e/ou pensamentos gravados online para qualquer um ler, antigamente era algo que não podia ocorrer, imagina se alguém pegasse minha agenda sem a minha permissão, seria uma loucura.
Engraçado que em algumas agendas encontrei cabelos de amigas (não sei por que), dedicatórias infinitas de você é d+, seremos amigas para sempre…. apesar de não ter mantido contato com a grande maioria das meninas, achei várias no orkut e ri muito lendo a minha agenda, parece que a lembrança de tudo ficou mais viva.
Aos 30&alguns nunca havia imaginado que estaria agora, escrevendo na minha agenda online.
Espero que gostem da leitura.
COMENTÁRIO TRANSFERIDOS DO ANTIGO 30&ALGUNS QUE ESTAVA HOSPEDADO NO BLOGSPOT:
Dani F. disse…
Clarooo que sim!
Cruzes me ví toda alí nas linhas do post. Como somos bobinhas e a realidade é outra, os problemas são tão fáceis de resolver…
Escreví alguns diários, mas não foram muitos. tenho uma vaga lembrança de uma capa azul, mas é só. As experiências, em ordem cronológica, são bem parecidas…
hahaha
Como ficamos nostálgicas.. será os 30 e poucos?
hahahaha
Obrigada pelo link..adorei..e linko agora vc! E continuemos a escrever nos diários virtuais..só que agora o mundo nos lê..que antagonismo!
beijos
Quarta-feira, 27 Setembro, 2006
Vinha disse…
Cara, eu também tenho todas as minhas agendas guardadas. Ficaram na casa da minha mãe quando eu casei, e eu sempre ia lá quando estava triste e ficava no “meu” quarto lendo sozinha, rindo e chorando.
Quando minha mãe se mudou, peguei todas, junto com outras lembranças e coloquei num baú lá em casa.
Volta e meia eu abro e dou uma recordada.
Veri, meu conselho é: mesmo que você digitalize tudo, não jogue fora o original. Nada vai substituir o poder de te levar de volta àquela época por segundos como as sensações que temos aos tocá-las. O formato, o cheiro, a caligrafia, as colagens, enfim, tudo o que as faz únicas.
Boa Viagem nostalgica!
Beijos
Quarta-feira, 27 Setembro, 2006
B. disse…
Também tenho uns diárioa antigos, mas o problema é que tinha um pouco de preguiça de escrever, então a distancia entre um texto e outro é de meeeeeeeeeses. Sou bem mais assídua agora lá no blog.
Quanto aos poemas da adolescencia, escrevi muitos também. A maiori aera um lixo. Bem parachoque de caminhão mesmo. Acho que só se salvam uns dois…rs.
Obrigada pelo link.
Linkei vc tb
Beijos.
Quarta-feira, 27 Setembro, 2006
B. disse…
Também tenho uns diários antigos, mas o problema é que tinha um pouco de preguiça de escrever, então a distância entre um texto e outro é de meeeeeeeeeses. Sou bem mais assídua agora, lá no blog.
Quanto aos poemas da adolescência, escrevi muitos também. A maioria era um lixo. Bem parachoque de caminhão mesmo. Acho que só se salvam uns dois…rs.
Quarta-feira, 27 Setembro, 2006
Anônimo disse…
Mamma
Meninaaaaaaaaaa
que saudades, só de lembrar que eu adorava fuxicar no seu diário…
era d+
e quando vc começou a escrever tudo em ingles, quase enlouqueci..
pois não entendia nada, como não entendo até hj
hehehehe
Estou amando esse blogger, danadinha
bjus
Quinta-feira, 28 Setembro, 2006