DesignerVocê sabe a diferença entre Designer de experiência(UX), gráfico e visual?!

No Brasil, o Dia do Designer gráfico foi instituído no dia 5 de Novembro durante a presidência de Fernando Henrique Cardoso, em 1998

A data foi escolhida porque Aloísio Magalhães, um dos mais importantes design brasileiro, nasce no dia 5 de Novembro de 1927. Aloísio ajudou na criação da Escola Superior de Design Industrial (ESDI), instituição ligada a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), faculdade que até hoje é considerada uma das melhores do país. Além disso, o designer foi responsável pela criação do primeiro logotipo da Globo e da Petrobras.

Desde o inicio das práticas e estudos de designer no Brasil, conduzidas por Aloísio Magalhães, muito coisas mudaram. Entre essas mudanças está a inserção da tecnologia e o advento da internet no nosso dia a dia. Anos mais tarde tivemos a “explosão das redes sociais”, as campanhas online e offline, e etc. Em 2020, aconteceu a pandemia pelo novo coronavírus (Covid-19) e com ela a determinação do isolamento do mundo todo. Aumentando, ainda mais, a frequência no uso dos dispositivos móveis e do consumo digital.

É neste cenário de transformação e consumo digital que a profissão de designer gráfico cresceu e se desmembrou em três: Designer gráfico, Designer Visual e Designer de experiência (UX). Mas qual a diferença entre eles?!

“Como designer percebi , durante a pandemia, muito amigos e conhecidos interessados em ingressar na carreira porque a demanda por esses profissionais aumentou muito. As empresas tiveram que se adaptar e entregar experiências para os seus consumidores de forma rápida e eficaz, e tudo isso online. O mais desafiador neste processo é que muitas dessas empresas estavam e estão enfrentando crises e mesmo assim tiveram que potencializar os seus serviços e conseguir a atenção do consumidor. E é aí que muitos gestores enxergaram a importância do designer. O profissional que deixa visualmente o produto, página, site enfim seja qual plataforma melhor para o consumidor e que leva a venda. Foi interessante ver este movimento: empresas e pessoas interessadas na carreira de designer nesta pandemia”, explica Denise Ikehara Diretora de Arte da agência Godiva Propaganda.

Só na plataforma Workana, a procura por profissionais de Design e Multimídia cresceu 35,27%. A mesma plataforma também divulgou que 24.3% da renda dos que estão cadastrados na plataforma têm rendimento entre R﹩ 2 Mil e R﹩ 6 Mil. Além disso, a busca pelo termo Designer, no Google, cresceu 17% em Março de 2020 comparado com o mesmo período (Fonte: Google Trends).

Pensando no “boom” da profissão de designer e em comemoração ao mês da carreira de Designer, Leandro Rampazzo, Diretor da Agência Godiva Propaganda e com mais de 20 anos de experiência na área explica como atuar nas 3 áreas – Designer Gráfico, Designer Visual e Designer de experiência (UX):

1) Designer Gráfico

Esse profissional se comunica com os usuários através de texto e imagens. Ele é responsável pela criação dos projetos de comunicação visual e novos produtos, embalagens e logotipos. Tem a capacidade de formatar qualquer material visual seja físico como panfletos, outdoors (Qualquer material offline) ou Online (Páginas da internet, sites, blogs, redes sociais, e etc).

É importante o indivíduo ter afinidade com desenho e gostar de artes além disso ter aptidão e curiosidade para conhecer ferramentas tecnológicas é importante para o crescimento desse profissional. Pode-se atuar em agências de publicidade, na Godiva Propaganda temos 10 profissionais com esse escopo na agência, além de gráficas e até em empresas de segmentos diferentes como móveis, joias e etc. O designer gráfico tem a capacidade de desenhar jóias, móveis, vestuário, e até equipamentos médicos e odontológicos.

2) Designer Visual

Esse profissional desenvolve uma capacidade de criar uma estética holística e que consegue atuar em diversas plataformas. Enquanto os designers gráficos comunicam a informação por meio de tipografia (escolha de fontes e etc) e cores, os designers visuais se preocupam com a aparência e sensações gerais com o produto/marca.

Muitas vezes o designe visual e gráfico estão ligados e até os programas de graduação são descritos como design gráfico/visual. Todavia, o profissional que escolher o caminho do designer visual tem uma predileção pelos aspectos estéticos e menos pelo texto em si. Ele está no meio termo entre o profissional de designer gráfico (design puro) e o designer de experiência (Que avalia a experiência do usuário com uma plataforma).

3) Designer de experiência (UX)

O foco desses profissionais é otimizar a experiência do usuário com as plataformas. Ou seja, potencializar essa interação e interpretar como as pessoas se movem por um determinado site, alterarem cor e demais funções dentro de uma plataforma para influenciar os usuários na compra e/ou na melhoria da navegação do site. Os designers de experiência também são chamados de UX Designers e fazem vários testes. Incluindo o teste A/B. São responsáveis por classificarem a arquitetura de informações do site desde como estão organizadas, a como são exibidas e identificadas por quem trafega. De acordo com o LinkedIn, pelo segundo ano consecutivo, UX Design está entre as 5 principais habilidades técnicas em alta demanda no mercado. Um estudo da Mckinsey mostrou que empresas que colocam o design no centro da estratégia crescem até duas vezes mais que seus concorrentes.

A média salarial de um designer é de R﹩ 2.156,00 (De acordo com a plataforma Quero Bolsa), mas pode chegar a R﹩ 4.153,51 como pleno (Dados do Educa Mais Brasil).

By redator

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