sobrenome

O sobrenome foi criado para informar a origem daquele indivíduo específico, de qual grupo – família – faz parte, é utilizado em grande parte do mundo, na maioria das culturas é passado de pai para filho (a), em outras se utiliza o sobrenome da família materna seguido do sobrenome da família paterna em outros ainda (Espanha e América Hispânica) o sobrenome da família paterna vem seguido do sobrenome da família materna. Na maioria das culturas, o nome do pai geralmente é o nome mantido e passado através das gerações.

No Brasil, até umas duas gerações atrás, muitas mulheres ao casarem caso possuíssem o nome + sobrenome materno + sobrenome paterno, na hora de adicionar o sobrenome do marido, optavam por retirar o sobrenome materno, dessa forma o nome não ficava tão extenso. Já a minha mãe apesar de ter dois nomes + dois sobrenomes, ao invés de retirar um, resolveu agregar o outro, acabou ficando com 2 nomes + 3 sobrenomes.

Nos E.U.A., se eu for procurar na Internet alguma amiga que tenha estudado comigo no 2º grau, caso ela esteja casada, dificilmente irei encontrá-la, pois lá a cultura é diferente, a maioria das mulheres quando casam, simplesmente tiram o sobrenome de solteira e ficam apenas com o sobrenome do marido. Nesse caso, por exemplo, se o nome era Mary Rose Smith e ela casa-se com John Robert Jones, ela tornar-se Mary Rose Jones.

Hoje em dia muitas mulheres brasileiras ao casarem não adotam o sobrenome do marido, algumas vezes por não gostarem, outras por que já possuem nomes extensos e não querem ter que tirar um para adicionar outros, outras vezes para não perderem a identidade, ou simplesmente não vêem motivos para trocá-lo.

Conheço mulheres que casaram e adicionaram o nome do marido, depois se divorciaram de forma nada amigável e mantiveram o sobrenome do ex, isso eu não consigo entender, como carregar um sobrenome pela vida toda de alguém que te fez sofrer? Conheço outras que ao casarem adotaram o sobrenome do marido, porém no dia-a-dia assinam o nome de solteira, e há outras que adicionam e orgulham-se do novo nome.

Uma amiga, foi inovadora, pelo menos a meu ver, sonoramente falando o nome do filho ficava melhor tendo o sobrenome do marido e depois o dela, e com jeito ela conseguiu convencê-lo, o seu filho leva o seu nome como sobrenome principal, mesmo sendo registrado pelo pai.

Como tudo em um relacionamento, a questão do sobrenome deve ser conversada pelo casal antes do casamento, assim como tantas outras que são esquecidas e na hora H acabam causando desentendimentos. Se você está noiva, provavelmente seu marido acha que você irá adicionar o sobrenome dele ao casar, caso seja contrária a essa idéia, converse e mostre seu ponto de vista.

Muitas mulheres acham puro machismo, analisando bem, até tem um machismo envolto na questão, mas com o passar dos anos, tornou-se algo cultural e que para eles é importante ter a esposa carregando o seu sobrenome.

No fundo, o que mais importa é o amor e o respeito que existe no relacionamento, o resto são detalhes, pode parecer que não, mas são sim, meros detalhes, e assim como tudo na vida, se você não prestar atenção aos detalhes, acabará em um emaranhado de pequenos gestos, fatos, “achismos”, e aí sim deixarão de ser meros detalhes. Lembre-se que tudo pode ser combinado, desde que ambos estejam predispostos ao diálogo. O mundo está em constante evolução, hoje já está sendo o passado, apesar da falsa idéia de presente, o futuro é momentâneo, culturas mudam, e juntos casais vão encontrando novas formas de unirem seus nomes e sobrenomes.

Fonte: Wikipedia

– Post publicado originalmente no Deusario.

By Veri Serpa Frullani

Veri Serpa Frullani, brasileira, mãe e esposa, atualmente vive em Dubai, já morou em Nova York, São Paulo e Rio de Janeiro. Bacharel em Turismo, produtora multimída, escritora, designer de acessórios, também é editora do Portal Vida Adulta, do Geek Chic e do Firma Produções. Já editou os extintos Brazilians Abroad e Comida Brasileira. Veri Serpa Frullani tem presença e influência na internet desde 1999, já foi colaboradora de vários projetos e sites, entre eles TechTudo, Digital Drops, Olhar Digital e dos extintos Nossa Via e Deusario.

4 thoughts on “E o sobrenome?”
  1. Veri,
    também acho muito estranho mulheres se divorciarem de forma nada amigável e querer manter o sobrenome do marido. Tenho um amigo que lutou na justiça para a ex mulher deixar de usar o sobrenome dele kkkkkkkk
    Beijos menina

  2. Veri, tenho exemplos em quase todos os itens citados. Começando por meu nome. Meu pai achou mais bonito os filhos serem BRAGA BORGES, do que BORGES BRAGA. Assim, ficou. Nome do meio dele, e nome final de mãe.

    Kátia preferiu adicionar Borges ao nome dela que já era: KÁTIA SCARLETT GUEDES RODRIGUES + BORGES

    Lucinha Lins preferiu manter o nome do ex.

    Uma amiga minha, viveu 20 anos com o nome do ex, até casar novamente.

  3. Estou com meu casamento por um fio, pq a ex dele insiste em usar o sobrenome e dizer aos quatro ventos que ainda é casada, mesmo depois de 3 anos de separação judicial e 12 de fato, sem contar com os filhos, (33-29-26 e todos casados) querer que e mãe mantem o sobrenome do pai… dizendo até que irão ignorar o pai caso ele insista em tirar o sobrenome da ex… ACHO QUE ELES AINDA NÃO ENTENDERAM QUE O SOBRENOME NELA, NÃO A FAZ MAIS MÃE OU MENOS MÃE… QUE AMBOS CONTINUARÃO SENDO PAIS, PORÉM, NÃO MAIS MARIDO E MULHER…

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

This site uses Akismet to reduce spam. Learn how your comment data is processed.

Social Media Auto Publish Powered By : XYZScripts.com