Faz muito tempo que não escrevo por aqui sobre as evoluções que ocorrem em nossas vidas, na do Adriano como pessoinha que realmente interage com o mundo, super tagarela e curioso e a minha evolução nesse novo mundo e momento que me envolve nessa nova etapa de vida presente e futura no papel maravilhoso, pleno, feliz e até mesmo assustador que é ser mãe.
Nada preenche mais meu coração com levez e alegria do que quando escuto aquela vozinha meio rouca gritando “mãe, mãe”, assim mesmo, para ele não basta falar uma vez, tem que ser duas, bem alto e se tiver alguém por perto ainda aponta, como se estivesse mostrando para o mundo, que eu sou a mãe dele, desse ser ultramente amado e há quem diga que me escolheu quando eu comecei pensar a respeito de trazer alguém a esse mundo.
Semana passada pela segunda vez esse mesmo coração que fica preenchido de alegria, leveza e amor quando escuta “mãe, mãe”, ficou apertado e pequeno quando de madrugada tivemos que correr para o hospital porque o meu pequeno cidadão apresentava dificuldades para respirar, nesse momento tomada por uma sensação meio que de desespero, ansiedade e não sei mais o que, o meu lado mãe pensava “Deus, presta atenção, não hein?” e o lado filha ao mesmo tempo pensava “cadê a minha mãe?”.
O que me leva a entrevista que da Maria Rita falando sobre a Elis Regina e como agora que ela é mãe, sente mais falta da própria mãe, nessas horas de angústia, medo e falta de conhecimento sobre o que pode vir a ocorrer, recorremos em pensamento a ela, a mãe e penso que um dia, lá longe, quando ele for pai, terá momentos que em meio as aflições cotidianas da paternidade, irá pensar em mim, na mãe e espero poder estar na maior parte do tempo, lá, junto, para consolar, ajudar e até mesmo empurrá-lo na intenção de sempre deixá-lo seguir em frente completando assim a sua jornada.
Dentro das etapas evolutivas do ser mãe, o desmame veio, algo que parecia ser tão doloroso e difícil, foi alcançado até mesmo com certo sucesso e nem tanto sofrimento. Dois dias antes de completar 19 meses, aproveitei que uma semana antes ele havia visto o pai cuidando de um machucado e coloquei um band-aid em cada seio, simples assim, não coloquei mais nada, apenas o band-aid e quando ele acordou eu disse “mamãe está dodói”e ele ficou olhando e pensando… lógico que a ajuda do meu marido foi fundamental, porque teve momentos que ele queria demais o “tetê” e o pai ficava com ele, afinal o objetivo nunca foi fazê-lo passar por um tormento e em uma semana ele já não falava tanto no “tetê”, apesar de ainda pensar a respeito e de vez enquando perguntar “tetê dodói mamãe?” e a mamãe responde “tetê dodói” e seguimos com nossas vidas.
Aos 30&Alguns vejo o quanto evoluimos juntos nesse mundo e penso constantemente como deve ter sido a minha evolução de pequena cidadã ao lado da minha mamãe.