Você sabia que segundo a OMS – Organização Mundial de Saúde, o câncer de mama foi o quinto na lista das causas de morte em todo o mundo, e que em 2007, provocou 548 mil mortes?
Dependendo do tumor encontrado na(s) mama(s), uma das seguintes modalidades de mastectomia pode ser feita:
1) Retirada de toda a mama;
2) Retirada de toda a mama, acompanhada da retirada da pele;
3) Retirada de toda a mama, acompanhada da retirada da pele e do mamilo (CAP – complexo aréolo papilar);
4) No procedimento mais radical (excepcionalmente), além de toda a mama, pele e mamilo, é retirado também o músculo peitoral.
Segundo o cirurgião plástico Alexandre Piassi Passos, “somente depois de verificada e analisada a extensão da mastectomia é que se pode indicar determinado tipo de reconstrução mamária.”
“De forma simplificada, existem dois tipos de reconstrução mamária:
1) Aloplástica – Constituída de implantes mamários feitos com material sintético, geralmente silicone. Esta técnica é indicada para os casos em que o mastologista faz uma cirurgia conservadora, ou seja, retira a mama, preservando pele, musculatura e mamilo. A escolha desses implantes está relacionada com a agressividade da cirurgia de mama. Pode-se utilizar um implante no volume final da mama, ou uma prótese que tem metade ou um terço de material sintético, preenchendo-se o restante do volume com soro fisiológico. Quando a paciente, após a retirada da mama, ainda precisa de terapias adjuvantes como químio e radioterapia, a ação do tratamento poderá afetar o implante. Nesses casos, o implante mamário deverá ser substituído numa posterior reconstrução mamária definitiva.
2) Autóloga – Feita com retalhos do próprio corpo da paciente. Este tipo de técnica é habitualmente indicado quando, na retirada da mama, foi também extraída uma grande quantidade de pele, mamilo e tecidos musculares. Nesses casos, não haverá músculo ou tecido suficientes para cobrir o implante. Os retalhos constituem-se de uma “fatia” de gordura, músculo e pele, podendo ser retirados do abdome (TRAM, DIEP, SIEA, entre outros), dos glúteos (GAP), das costas (grande dorsal) e, menos frequentemente, de outras partes. Destes, o mais comum é o TRAM, em que se retira o músculo reto abdominal para o implante. Em todos os procedimentos, a parte retirada é moldada para formar novos seios.”
Dr. Passos esclarece que ambas as técnicas (aloplástica e autóloga) podem apresentar complicações. “O TRAM, por exemplo, pode causar fragilidade da parede abdominal e até hérnia, em razão da retirada de músculo. Já os implantes sintéticos podem provocar reações adversas, dependendo do organismo da paciente”. O cirurgião plástico alerta, ainda, para os casos de eventuais recaídas e efeitos de tratamentos adjuvantes, que podem requerer nova cirurgia.
Fonte: AGÊNCIA SAUDE – www.saude.gov.br