Um novo estudo que coletou dados sobre 45 crianças, com idades entre 1 mês a 2 anos, e seus pais ao longo de sete dias consecutivos, cujo resultados foram publicados em abril no periódico Child Development, apontou que mães deprimidas são mais susceptíveis de desnecessariamente acordar seus filhos à noite do que as mães que não estão deprimidas, pois se preocupam excessivamente com o bem-estar de seus bebês durante a noite e muitas vezes acabam respondendo a sons infantis que não necessariamente exigem resposta.
Algumas ainda acabam levando seus bebês para suas camas para aliviar suas ansiedades sobre se seus filhos estão com fome, sede e confortáveis. Essas mães sofrendo com depressão também podem ir ao encontro de seus filhos à noite para auto-conforto emocional.
Os problemas do sono, muitas vezes perduram além da primeira infância, e podem ter um efeito negativo sobre vários aspectos do desenvolvimento, incluindo o funcionamento emocional, comportamental e acadêmico da criança, entender como a depressão materna combinada com problemas de sono afetam o desenvolvimento das crianças é importante para saber quais intervenções são necessárias para ajudar a reduzir estas consequências negativas.
Durante a pesquisa, as mães escreviam em um diário seus hábitos de sono e o dos bebês, além de completarem um questionário para avaliar se tinham sintomas depressivos e preocupações com seus filhos.
No sexto dia do estudo, os pesquisadores colocaram câmeras de vídeo em volta da cama de cada bebê, e em outras divisões da casa para onde as mães levavam seus bebês durante a noite. As câmeras capturaram entre 10 e 12 horas de vídeo. O que os pesquisadores observaram nos vídeos encaixou com o que os pais relataram.
As mães com níveis mais elevados de depressão e preocupações sobre o sono de seus filhos, foram as que as crianças cujos sono foram mais interrompidos.
Estudos anteriores descobriram uma ligação entre depressão em mães e dificuldade de sono em bebês, e alguns pesquisadores sugeriram que bebês que dormem mal podem afetar a saúde mental de suas mães, mas esse novo estudo mostra ser mais provável que o comportamento das mães, e não o comportamento das crianças, tem um papel mais importante nesse link.
Mães com mais sintomas de depressão e preocupações interromperam o sono de seus bebês mais vezes, muitas vezes pegando no colo os bebês que estavam dormindo.
Se a depressão ou preocupação excessiva perturba tanto o sono dos pais como o sono da criança, pode acabar acarretando, a longo prazo, consequências negativas nessa relação pais-filho. Em situações como essas, os pais devem procurar ajuda para reduzir o estresse.
Só quem é mãe, sabe o quão estressante pode ser os primeiros anos de vida de um bebê, ainda mais aquelas, como eu , cujos filhos não dormem mais do que 3 ou 4 horas seguidas. A privação do sono pode causar uma série de transtornos, então, sempre vale a pena passar essas informações adiante, para que cada vez uma quantidade maior de mães tenham consciência de que pode ser uma fase, ou que elas podem estar deprimidas e ajudando a causar alguns dos problemas relacionados ao sono.
Vale ressaltar, que muitas vezes o problema é mesmo da criança, não vamos generalizar, mas sim compartilhar informação, para que aquelas que se identificarem com o texto, possam procurar ajuda especializada.
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