“Manteiga” ganhou vida a partir de um exercício sugerido pela psiquiatra do escritor Ricardo Cury
“Já que não conseguiremos fazer a sessão, que tal você escrever e me contar como estão sendo os seus dias?”. De uma sugestão no meio da pandemia para a elaboração de um livro. Foi assim que o baiano Ricardo Cury deu vida a “Manteiga”, seu terceiro livro, que conta a sua rotina durante a pandemia, descrevendo as situações vividas com os filhos, com a separação, os aplicativos de namoro, a depressão, os remédios…
Dona de uma linguagem acessível e rica em detalhes, a obra mostra a rotina de uma pessoa normal que foi impactada em cheio pelo lockdown e pelos efeitos da pandemia em seu cotidiano, vida conjugal e outras vertentes. Junto com alguns textos já escritos antes da chegada da COVID-19, Cury fez de seu material de trabalho um compilado de crônicas que, unidas, contam muito sobre sua trajetória recente de vida.
“Enquanto escrevia, mandei para a psiquiatra acompanhar como estava o processo e ela suspendeu a medicação” – Ricardo Cury, escritor
“Manteiga” não é um conto de fadas, mas, sim, uma história real, como a vida de qualquer brasileiro. “Ali, eu conto partes tristes do processo, questões delicadas, como quando me separei no início da pandemia e sofria de diversas maneiras. Mas também há momentos de reflexão, humor e descontração como alguns encontros via aplicativo de paquera e outros encontros via destino”, revela Ricardo.
Nas páginas de “Manteiga”, o leitor vai encontrar drama e humor na primeira pessoa, em histórias reais do dia a dia, banais como um café da manhã, um passeio na praia, uma madrugada sem dormir, um encontro cheio de expectativas e repleto de frustrações, porém, histórias universais que, sobretudo, acontecem com qualquer pessoa.
Serviço:
Livro: Manteiga
Autor: Ricardo Cury
Editora: Publicação Independente
Para comprar: Amazon
Sobre o autor:
Ricardo Cury, 44, tem dois filhos e é natural de Salvador (BA). Seu primeiro livro publicado, “Para Colorir”, de 2008, é uma não-ficção que começa com a aquisição da sua primeira bateria, aos 14 anos, e vai até a desistência do rock, aos 28. Para o jornalista Álvaro Pereira Junior, na Folha de São Paulo, com Para Colorir, Cury inaugurou um novo gênero literário: o da crônica brasileira rock and roll.
O segundo, “Tchau”, de 2019, é um romance que narra a história de Zinho e Luiza. Ele, um pescador que tem um sonho quase impossível; ela, uma psicóloga que vive um intenso dia-a-dia de despedidas.
O terceiro, “Manteiga”, é uma volta à não-ficção, com crônicas que narram vivências pessoais de um período peculiar.