Hoje, nesse post, irei tocar em dois assuntos que me chamaram a atenção nas últimas semanas, o primeiro é o caso do livro da Maria Mariana, o que mais chamou a minha atenção nesse caso, nem mesmo o livro é o protagonista do frenesi que aconteceu na internet brazuca, já que a maioria das pessoas que escreveram a respeito do assunto, nem mesmo leram os primeiros capítulos que estão disponíveis no website Confissões de Mãe e sim a matéria Maria Mariana – “Deus quer o homem no leme”, que foi publicada no dia 07 de maio, na Revista Época (versões impressa e online).

Devo ressaltar, que recomendo no Blog da Ti, o post Confissões de Mãe, já que a blogueira, escreve após ter lido o livro.

Sou contrária a algumas coisas que Maria Mariana disse na entrevista, a primeira contradição encontramos ao ler a matéria da Revista Época, assim como outras matérias a respeito da atriz/escritora em que aparece a informação que teve 4 filhos, 1 cesariana e 3 partos normais, quando ao chegar no website do livro, logo na página incial está escrito : ” Com a experiência de quem teve quatro filhos – três de cesariana e um de parto normal, – …”

Na entrevista, ela ainda diz:  “Respeito a história da maternidade de cada mulher. Mas, depois que tive o parto normal, vi que é uma vivência fundamental. Se a mulher parir naturalmente, será uma mãe melhor. Todos falam do nascimento do bebê, mas esquecem que a mãe também nasce naquela hora.”

Sendo assim, não posso acreditar que ela se tornou uma mãe melhor apenas após o parto normal ou somente da criança que nasceu através de tal parto.

Poderia falar sobre outros assuntos que foram tocados, mas quem tiver interesse basta ler a matéria, mas uma coisa me impressionou e muito, a revolta das mães, feministas ou não, que acharam tudo o que ela falou uma tremenda baboseira gerando centenas de debates e comentários online.

Sinceramente, não acho que a Maria Mariana tenha o poder de influenciar tanto assim a vida das futuras mães, se alguém se basear apenas na leitura de um único livro para “aprender” como ser mãe, me desculpe mas tem algo muito errado com essa pessoa, e não vão ser as palavras da autora que irão modificar a vida de alguém que já tem problemas e deveria estar se tratando ou pelo menos as pessoas queridas que estão a sua volta deveriam estar percebendo.

O que li dos primeiros capítulos do livro, diferenciava e muito do que era falado na entrevista, se foi um jogo de marketing, Maria Mariana está de parabéns, conseguiu a atenção do público e com certeza conseguiu cair nas graças de muitas mulheres religiosas, e quando digo religosas, me refiro a diferentes segmentos, mas principalmente cristãos.

Para encerrar esse primeiro assunto, digo que como todos sabem tenho 30&Alguns anos, Maria Mariana nunca foi ícone para mim de nada, nunca assisti confissões de adolescente nem na tv nem no teatro, era na época moradora da zona sul do Rio de Janeiro e a maioria das coisas que ela falava, era apenas o que estava ocorrendo comigo, ou com alguma amiga, ou com a amiga de alguma amiga, então nada demais.E sim eu sou católica.

Outro assunto que me chamou a atenção foi o caso da apresentadora Maisa, que tem apenas 6 anos de idade e trabalha no SBT. Todos já devem saber ou ter ouvido falar, mas para quem ainda não sabe, no dia 14 de maio, durante o quadro ‘Pergunte a Maisa’, no “Programa Silvio Santos”, o apresentador expôs a menina a uma situação traumática, ao ser confrontada com um menino maquiado de monstro.

Maisa ficou horrorizada, saiu correndo do palco, gritando e chorando. A emissora continuou passando as imagens, o apresentador dando gargalhadas da situação, nada de anormal em se tratando do SBT, do programa, do apresentador e do público que prestigia, dando audiência ao mesmo.

Debates sobre direitos e leis trabalhista, se o Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente de São Paulo (CONDECA-SP) irá entrar ou não com uma ação judicial cível contra o SBT, se Maisa sofreu algum tipo de  constrangimento (quem tem dúvidas?), ou o caramba a quatro, na minha opinião, como estou falando de mães, não vem ao caso.

Aos 30&Alguns eu apenas quero saber o que se passa na cabeça dos pais dessa criança? Vale a pena receber R$20.000,00 por mês colocando a filha nesse tipo de situação? Pra esse tipo de pais, deve valer, vocês não concordam? Como disse anteriormente, não sou mãe, mas gostaria de entendê-las.

By Veri Serpa Frullani

Veri Serpa Frullani, brasileira, mãe e esposa, atualmente vive em Dubai, já morou em Nova York, São Paulo e Rio de Janeiro. Bacharel em Turismo, produtora multimída, escritora, designer de acessórios, também é editora do Portal Vida Adulta, do Geek Chic e do Firma Produções. Já editou os extintos Brazilians Abroad e Comida Brasileira. Veri Serpa Frullani tem presença e influência na internet desde 1999, já foi colaboradora de vários projetos e sites, entre eles TechTudo, Digital Drops, Olhar Digital e dos extintos Nossa Via e Deusario.

7 thoughts on “Não sou mãe e gostaria de entendê-las II”
  1. Veri, como vai?
    Agradeço a visita ao meu post/blog e a referência aqui no seu post que, nitidamente, demonstra a perplexidade diante da enorme exposição que esse livro alcançou.
    Eu o li rapidinho e quis escrever algo sobre (logo) justamente porque tinha lido a entrevista da Época, acompanhado o burburinho no Twitter e nos e-mails de grupo, além de ter ouvido outros comentários aqui e acolá e confesso, a curiosidade estava me matando. E foi interessante perceber que se tratava apenas de uma mãe contando suas experiências e fazendo algo muito natural, defendendo o que pensa como sendo regra, como muitas pessoas fazem, até sem querer, sobre diversos temas… é o que dá margem àquela famosa expressão “a dona da verdade”. Mas, olha, como disse no meu post, afora essas opiniões mais enfáticas e pouco flexíveis acerca do parto normal e a defesa pelo casamento tradicional + família perfeita, a leitura é agradável e Maria Mariana não determina nada, só narra e o livro é gostosinho de ler. Mães ou mulheres ainda não mães podem se identificar porque bem ou mal pode comparar o que lê com histórias de amigas e familiares…
    E a história da Maísa, isso sim eu acho que merece mais “pano pra manga”; essa menina precisa de voz, ser ouvida, judiação!!

    Um beijo grande Veri. Boa sorte nos seus projetos!!! Tiffany

  2. Não li nada sobre o que a Maria Mariana escreveu, mais até gostaria de ler para poder ter uma opinião formada… O que posso dizer, é que cada uma tem a sua história e experiências. Um Parto Normal,ou de cesariana… MÃES sempre são maravilhosas!!!
    No caso da menininha Maisa,todo mundo já sabe… assinou contrato com Silvio Santos, tem que seguir direitinho aquele velho ditado:
    Ajoelhou… tem que rezar!!!

  3. Oi Veridiana, estive alheia a toda essa discussão sobre o livro da Maria Mariana, mas o que mais existe no mundo é gente dando opinião sem ter conhecimento, além disso, nas edições de jornais e revistas frases inteiras são cortadas e muitas vezes o sentido muda completamente… não sei se foi o que ocorreu, mas é bem possível.
    Quanto à Maísa, desejo-lhe sorte, ela tem pai e mãe, que devem escolher o que imaginam que é melhor para ela, mesmo que muitas de nós não concorde com essa decisão…

  4. Oi Veri, sobre o livro da Maria Mariana acho que ela tem todo direito de expressar sua opinião, é a realidade dela e ninguém tem nada com isso,segue quem quer.
    Qto a menina Maisa pra mim que só vi uma vez é uma criança mto chatinha e sem graça, mas nem por isso acho que o SS tem o direito de desrespeitar, o que ele normalmente gosta de fazer com crianças.
    bjinsss

  5. Veri, o que achei mais triste foi ver tanta agressividade nas críticas à autora, até escrevi sobre isso (http://futurodopresente.com.br/blog/?p=2027). Impressionante, como as pessoas reagem mal a qualquer coisa que vá contra aquilo que julgamos ser o certo. Maternidade e família ainda são vistos de forma romântica quando sabemos que nem todas as mães são boas e nem todas as famílias são perfeitas.
    Sobre a Maísa também escrevi (http://futurodopresente.com.br/blog/?p=2100) e a realidade é que uma boa parte dos pais exporia seus filhos em troca de 20 mil reais por mês. E no Twitter a gente vê direto (sob brincadeiras) pais oferecendo seus filhos em troca da indenização de 1 milhão que o Min. Público pede em retratação ao constragmento da história do monstro (Silvio, assusta meu(inha) filho(a), por favor! – é o que dizem).
    Portanto, infelizmente, tudo segue na normalidade.

  6. Olha, rapidamente aqui quero só mencionar uma questão que as pessoas esquecem, mas que é real. Até mesmo os médicos que vão a programas de televisão falar sobre o assunto, só mencionam assim
    se questionados. Nem sempre é possível o parto normal. Existem doenças ou anomalias físicas que impedem o nascimento da criança de forma espontânea. Eu tenho três filhas, todas nasceram de cesaria. A primeira nasceu dez dias após a data prevista para o parto, em sofrimento, roxa, graças a minha insana teimosia em esperar a “natureza” se manifestar. Minha mãe perdeu dois bebês por que os médicos, à época, não gostavam de realizar a cirurgia. Isto na década de 50.
    Meu “problema” é que não tenho dilatação, nem contração, nem qualquer outro indicativo de que a gestação tenha chegado ao fim.
    Serei uma mãe pior por isto? Serei menos qualificada para o exercício da maternidade? Amarei menos minhas filhas? A emoção que senti, no momento em que o médico colocou o bebê no meu peito, foi menor? Alguém me diga por favor. Vou escrever um livro.
    A menina Maísa teria nascido de parto normal?
    Obrigada pela oportunidade. Parabéns pela posição. Um beijo.

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