Acredito que muitas pessoas passam a vida morando na mesma casa, outras tantas na mesma rua, tem aquelas que passam anos morando no mesmo bairro, outros ainda passam a vida inteira morando na mesma cidade, alguns ainda mudam de cidade, outros de estado e poucos, se comparados com a maioria, mudam de país.

Passar a vida inteira no mesmo lugar, pode parecer para alguns, como um carro estacionado, sem motor, juntando poeira, mas apesar de muitas pessoas viverem assim por falta de opção, tem aqueles que optam por ficarem no mesmo lugar, onde conhecem a todos, desde o padeiro, passando pelo lixeiro e todos os moradores da rua.

Aqueles que optam por desbravar o mundo em busca da felicidade e de algo a mais, já que muitos acreditam que há muito mundo no mundo , e não podem ficar parados, por vezes relutam, mas finalmente escolhem um caminho e seguem…

Seguir por esse caminho não é dos mais fáceis, quem já mudou de cidade, de estado, de país e “deixou” para trás pessoas queridas sabe o quão difícil é .

Por que estou falando isso? Porque nos meus 30&Alguns anos de vida, já mudei 11 vezes, já mudei de casas na mesma cidade, de estado e de país  e semana passada eu recebi a visita de duas pessoas extremamente importantes na minha vida, uma mora em Nova Iorque e a outra está mudando para Dinamarca e a despedida sempre dói.

Dói pensar quando irei revê-las novamente e junto a esperança que durante esses meses separadas, já teve épocas que foram anos, possamos estar bem e felizes ao nos reencontrarmos. O abraço da despedida vai carregado de sentimentos bons, tanto de quem vai quanto de quem fica, é o abraço que emana tudo que há de melhor que um ser pode desejar ao outro.

Aos 30&Alguns continua difícil despedir e é por isso, que hoje esse post é dedicado para minha irmã e minha prima em Nova Iorque, meu irmão em Barcelona, minha amiga de todas as horas que vai para Dinamarca, meu primo em Londres,  meus pais, comadre, afilhada e amigos que ficaram no Rio e minha amiga querida em Recife.

Mande notícias do mundo de lá, diz quem fica
Me dê um abraço, venha me apertar, estou  chegando…

Coisa que gosto é poder partir, sem ter planos
Melhor ainda é poder voltar quando quero…

Todos os dias é um vai-e-vem
A vida se repete na estação
Tem gente que chega prá ficar
Tem gente que vai prá nunca mais…

Tem gente que vem e quer voltar
Tem gente que vai, quer ficar
Tem gente que veio só olhar
Tem gente a sorrir e a chorar
E assim chegar e partir…

São só dois lados da mesma viagem
O trem que chega é o mesmo trem da partida…

A hora do encontro é também, despedida
A plataforma dessa estação é a vida desse meu lugar
É a vida desse meu lugar
É a vida…

– Encontros e Despedidas / Milton Nascimento

By Veri Serpa Frullani

Veri Serpa Frullani, brasileira, mãe e esposa, atualmente vive em Dubai, já morou em Nova York, São Paulo e Rio de Janeiro. Bacharel em Turismo, produtora multimída, escritora, designer de acessórios, também é editora do Portal Vida Adulta, do Geek Chic e do Firma Produções. Já editou os extintos Brazilians Abroad e Comida Brasileira. Veri Serpa Frullani tem presença e influência na internet desde 1999, já foi colaboradora de vários projetos e sites, entre eles TechTudo, Digital Drops, Olhar Digital e dos extintos Nossa Via e Deusario.

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