Quando estava grávida não pensava em como seria atribulado os inícios de ano, como o Adriano nasceu no dia 05 de janeiro, a entrada do ano passou a ser bem agitada, com direito a uma festa no Rio e outra aqui e ainda o batizado.

Escolhi meus irmãos para batizarem o meu filho por dois motivos, um porque os amo e segundo porque sei que caso ele queira saber sobre a fé cristão, sobre religião, ambos saberão explicar muito melhor do que eu (fato) e isso é importante, porque muitas pessoas escolhem os padrinhos e nem os pais, nem os padrinho sabem pitibiriba sobre o catolicismo.

Hoje em dia, muitas pessoas criticam a igreja, não sabem nem como se comportar em uma missa, não fazem a mínima idéia de nada sobre a religião católica, debocham de Maria, mas na hora que o filho nasce, vão correndo convidar um amigo para batizar.

E aí que eu me pergunto por que? Pra que participar do ritual se não acredita? Que verdade que tem nesse tipo de batizado?

Se formos parar para pensar, esse tipo de coisa só acontece na igreja católica, acho que como a maioria dos brasileiros se consideram católicos não praticantes, acabam convidando os amigos numa forma mais de demonstração de amor do que do ritual e do significado dele em si.

Conheço pessoas que são padrinhos/madrinhas de várias crianças e não sabem nada sobre catolicismo e todo mundo acha tudo bem, mas não vejo as pessoas “brincando” com o judaísmo, com os rituais das igrejas evangélicas, e assim por diante, o que me remete ao velho ditado de que “somos um povo católico”.

No catolicismo os padrinhos são guias espirituais, são os responsáveis pela fé cristã na criança batizada, mas a maioria das pessoas não sabem disso ou ignoram e muitos ao longo do caminho acabam negligenciando os seus afilhados, esquecendo que se os pais daquela criança algum dia o convidaram para serem padrinhos, no momento da escolha os amavam demais, porque batizado é apenas uma vez na vida, não tem como não gostar mais dos padrinhos, escolher outros e “rebatizar”.

Tem também aqueles que se acham malandros e mentem informando que já foram batizados sem terem sido, pois se você não é batizado, não pode batizar uma criança, mas eu mesma conheço casos de pessoas que nunca foram batizadas e que batizaram crianças.

Aos 30&alguns acho muito complicado a falta de respeito com a fé alheia e o modismo, porque assim como virou moda casar na igreja, também parece que virou moda batizar os filhos, mesmo sem acreditar no ato sagrado do batismo, vai entender…

By Veri Serpa Frullani

Veri Serpa Frullani, brasileira, mãe e esposa, atualmente vive em Dubai, já morou em Nova York, São Paulo e Rio de Janeiro. Bacharel em Turismo, produtora multimída, escritora, designer de acessórios, também é editora do Portal Vida Adulta, do Geek Chic e do Firma Produções. Já editou os extintos Brazilians Abroad e Comida Brasileira. Veri Serpa Frullani tem presença e influência na internet desde 1999, já foi colaboradora de vários projetos e sites, entre eles TechTudo, Digital Drops, Olhar Digital e dos extintos Nossa Via e Deusario.

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