AVAREZA
a.va.re.za
sf (lat avaritia)
1 Apego demasiado e sórdido ao dinheiro; desejo imoderado de adquirir e acumular riquezas,
e que constitui um dos sete pecados capitais.
2 Mesquinhez, sovinice.
3 Ciúme.

São 7 dias da semana: domingo, segunda, terça, quarta, quinta, sexta, sábado; assim como 7 notas musicais: do, ré, mi, fá, sol, lá, si; são 7 cores do arco-íris: vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil (ou índigo) e violeta; 7 maravilhas do mundo antigo: Pirâmides de Gizé, Jardins Suspensos da Babilônia, Mausoléu de Halicarnasso, Farol de Alexandria, Estátua de Zeus em Olímpia, Templo de Ártemis em Éfeso,Colosso de Rodes; atualmente existem 7 maravilhas do mundo moderno: Muralha da China, Petra, Cristo Redentor, Machu Picchu, Chichen Itza, Coliseu, Taj Mahal; há também os 7 arcanjos: Miguel, Gabriel, Rafael, Jofiel, Ezequiel, Samuel, Uriel; as 7 letras que compõe o algarismo romano: I, V, X, L, C, D, M e como estamos falando de 7, são 7 também os pecados capitais: gula, ira, soberba, avareza, luxúria, inveja e preguiça.

Todas nós, invariavelmente, em algum momento da vida, nos rendemos a um dos 7 pecados capitais e atualmente, em um mundo onde tudo é para ontem, onde quem possui muitas vezes parece valer mais para a sociedade do que aqueles que não tem acesso a muito, onde somos bombardeados a todo momento com propagandas seja na TV, em publicações escritas, outdoors ou laterais de ônibus, a mensagem é TER, o valor é dado ao PODER AQUISITIVO e nesses momentos ela vem, algumas vezes devagar, outras vezes mais rápida, chega, nos pega, nos domina e quando nos damos conta a AVAREZA se fez presente, a sacola está em nossa mão e o cartão de crédito na mão da vendedora, feliz com sua gorda comissão.

Certa vez conheci uma moça cujo maior pecado era a avareza, o apego demasiado ao dinheiro, não necessariamente em forma de notas, mas também de cartões e bens materiais, quando saia para fazer uma compra, não resistia, gastava o que podia e o que não podia, chegava em casa, ficava tão desesperada que se trancava no quarto e ficava chorando durante horas, o marido quando chegava já sabia que naquele dia o rombo em suas economias era tão certo quanto areia na praia. Outra conhecida fazia compras sempre em dias que sabia que não haveria a menor chance do marido estar em casa quando ela chegasse com as sacolas, entrava, escondia a maioria dos sacos e ficava com apenas uma, assim quando ele chegava ela mostrava o que havia comprado, dizia, que vendo os acessórios comprados em pequenas doses, ele sentiria menos no bolso, vai entender…

Em um mundo onde queremos tudo imediato, o ter muitas vezes equivale ao ser, presume-se que ao vestir uma roupa de marca, pendurar no ombro uma bolsa de alguns milhares de reais, tapar o sol com um par de óculos mais caros que um salário mínimo a tornam melhor que as demais e sempre foi assim, desde a época do mundo antigo.

Na época das minhas avós, pouco se tinha e feliz vivia-se, durante a infância da minha mãe, brincava-se na rua, subia-se em árvores, boneca eram de pano e vivia-se feliz, quando eu era pequena, os brinquedos já eram mais caros, as viagens tão desejadas nas férias eram para o paraíso do consumo, a Disney, os jogos de tabuleiro e cartas não eram tão interessantes quanto os eletrônicos, a conclusão é que com o passar do tempo, o ter tornou-se tão importante, que as crianças ficam atentas a tudo que tem em casa, marcas e preços mencionados e é comum surgir o assunto em uma roda com os colegas, “porque o meu pai tem isso”, “porque a minha mãe pagou X nisso” e assim caminha a humanidade.

A AVAREZA no mundo atual, faz-se muito mais presente em momentos de nossas vidas do que realmente assumimos, temos nós que sermos comedidas e tentar afastar esse pecado que tenta caminhar lado a lado a mulher moderna e apesar de sabermos que o dinheiro não compra a felicidade, ele ajuda e muito a estar mais perto dela, pelo menos eu prefiro estar triste e ter uma boa refeição na mesa do que estar triste e comer pão e água, e você?

– Post publicado originalmente no Deusario

By Veri Serpa Frullani

Veri Serpa Frullani, brasileira, mãe e esposa, atualmente vive em Dubai, já morou em Nova York, São Paulo e Rio de Janeiro. Bacharel em Turismo, produtora multimída, escritora, designer de acessórios, também é editora do Portal Vida Adulta, do Geek Chic e do Firma Produções. Já editou os extintos Brazilians Abroad e Comida Brasileira. Veri Serpa Frullani tem presença e influência na internet desde 1999, já foi colaboradora de vários projetos e sites, entre eles TechTudo, Digital Drops, Olhar Digital e dos extintos Nossa Via e Deusario.

10 thoughts on “O Pecado da Avareza”
  1. Oi meu blog também faz parte da Rede M de Mulher da editora abril. Estou cirando uma lista de links dos blogs da rede no meu blog, gostaria de incluir o seu se não se importa!

    Se puder me likar também agradeço!

    Pri

  2. Bá Veri…
    Tenho tantas amigas assim… As vezes eu acho que é doença, em outras acho que a criatura ainda não virou mulher saca?
    Eu tenho uma conhecida, que assim que estoura os cartões o marido entra dentro do closet dela e acha roupas com etiqueta… Ele faz ela devolver tudo!
    Beijos menina

  3. Me lembro de ter assistido a esse especial da Globo quando era adolescente e que chorei escondidinho no canto da sala ao ver Elis chorando. Pouquíssimas vees vi uma interpretação tão bonita seja de que cantora for. Excelente!

  4. Veri, desses pecados eu ando COMENTENDO E MUITO O DA PREGUICA.Ih…se pudese nao sairia de casa, dormiria o dia todo e por ai vai..Os demais nao me assustam.,Consigo controlar…kkk

    O de comprar, comprar..se eu pudesse nao passarria na porta de uma loja

  5. Conselho da Bíblia. 1 Coríntios 5:11 “Mas agora vos escrevi que não vos associeis com aquele que, dizendo-se irmão, for devasso, ou AVARENTO, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com o tal nem ainda comais.”

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