A Bela Adormecida, Branca de Neve, Rapunzel, Cinderela, entre tantas outras mulheres que fazem parte da nossa infância foram salvas pelo Príncipe Encantado, passaram por provações, dificuldades, foram perseguidas por mulheres mais feias, mas no final sempre ele, o Príncipe, vinha para resgatar, salvar e levar para uma vida onde no final eles sempre foram “felizes para sempre”.

Provavelmente por esse motivo durante muitos anos a mulher se rendeu ao primeiro que demonstrasse querer casar e constituir família, o amor não era necessário, viria com o primeiro beijo ou com o tempo e assim, durante anos, mulheres casaram e deitaram com o “príncipe” que virou sapo e nunca conseguiu desvirar.

Eram infelizes, tinham filhos, cozinhavam, lavavam, passavam, e logicamente entre tantas outras tarefas, ainda serviam sexualmente aos seus sapos.

Com o tempo (e bota tempo nisso) as mulheres aprenderam que não era legal casar com o príncipe e acabar sendo levada pelo sapo, que o amor não viria com o primeiro beijo e muitas vezes nem mesmo com o tempo, e sim que o amor tinha que estar incluído nesse pacote.

Com o passar dos anos as mulheres aprenderam muitas coisas, aprenderam, pelo menos no Brasil, até mesmo que tinham a opção de serem princesas ou frutas, você pode ser como a Cinderela ou como a Melancia, como a Branca de Neve ou como a Moranguinho, aprenderam muito, mas um único fato, grande parte delas ainda não conseguiu assimilar.

Aos 30&Alguns vou ser bem sincera e transmitir o que aprendi: O príncipe jamais chega apenas para lhe salvar, quando ele chega, pois para algumas ele nem mesmo chega (talvez porque perdeu o endereço ou algo parecido), ele não vem para salvar, vem completar, somar, trocar… Enquanto as mulheres princesas ou frutas, continuarem esperando por aquele cara lindo, no cavalo branco (carrão), com muito amor para dar e vontade de escutar( vamos ser sinceras, falamos umas 3 vezes mais que eles, então é óbvio que os rapazes não conseguem acompanhar tudo que tagarelamos, apenas os finais das frases), essas mulheres continuarão esperando em vão ou pior, irão casar com príncipes que se tornarão sapos e nessa história, no final, não há quem viva feliz para sempre.

By Veri Serpa Frullani

Veri Serpa Frullani, brasileira, mãe e esposa, atualmente vive em Dubai, já morou em Nova York, São Paulo e Rio de Janeiro. Bacharel em Turismo, produtora multimída, escritora, designer de acessórios, também é editora do Portal Vida Adulta, do Geek Chic e do Firma Produções. Já editou os extintos Brazilians Abroad e Comida Brasileira. Veri Serpa Frullani tem presença e influência na internet desde 1999, já foi colaboradora de vários projetos e sites, entre eles TechTudo, Digital Drops, Olhar Digital e dos extintos Nossa Via e Deusario.

3 thoughts on “O príncipe encantado”
  1. Perfeito, Veridiana. Só acrescento que, muitas vezes, o príncipe também precisa ser salvo. Compreender que todos somos sapos e rãs, necessitando um do outro para sermos felizes, que casamento é conjugação de esforços mútuos para que ambos se salvem e construam algo a dois que seja ao menos melhor do que aquilo que se construiria individualmente, é um bom primeiro passo para a felicidade conjugal.

  2. Tenho opinião quanto a esse negócio de Casamento e Amor, Amor e Casamento. Quanto as histórias de Princesas e Principes, é que nem elas são princesas tal qual, nem eles são principes tal qual, talvez os únicos verdadeiros e corretos são mesmo os dragões que as mantêm prisioneiras, quanto as “feias” quem as isolas. Como canta Cazuza:

    – Se eu menti… foi pra te proteger da solidão.

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