Na novela Insensato Coração o personagem André, interpretado por Lázaro Ramos,trouxe a tona o assunto sobre câncer de testículos ao ser diagnosticado.
Diferente do câncer de próstata, o câncer de testículo atinge de 3 a 5 homens brasileiros em cada grupo de 100 mil com incidência maior em homens brancos e jovens do que em negros,sendo o tumor sólido mais comum entre homens de 15 e 35 anos idade.
Apesar de não haver uma causa específica para a doença, os médicos observam que a hereditariedade é fator determinante em muitos casos, já que a associação familiar vem sendo reportada, principalmente entre irmãos.
Um dos fatores que prejudicam no controle da doença é a falta de estratégias claras para sua prevenção, devendo os homens observarem o sinal mais comum, que é o aumento do volume de um dos testículos, ou nódulo, normalmente indolor na fase inicial.
Quando o homem sente dor no testículo, de certa forma é um bom sinal, pois geralmente trata-se de algum processo inflamatório.
Algumas condições aumentam as chances do homem ter o câncer:
– criptoquirdia: quando um ou dois testículos ficam na barriga e não descem para a bolsa escrotal naturalmente no nascimento ou nos primeiros meses de vida. Mesmo com o tratamento para o reposicionamento, terá 25x mais chances de ter câncer no testículo do que um homem saudável;
– testículo atrofiado – quem sofre deste problema normalmente é estéril e tem 20x a chance de se ter o tumor em relação ao homem saudável;
– HIV/Aids – doentes de Aids possuem 6x mais possibilidades de terem tumor no testículo do que os sem o problema;
– consumo excessivo de maconha e outras substância com THC – em quantidades consideráveis, o THC, elemento ativo da maconha, do haxixe e de outras plantas afins, aumenta em 4x vezes as chances de se ter o tumor
– síndrome de klinefelter: quando o homem tem um cromossomo X adicional – XXY;
Vida sexual ativa intensa, consumo de cigarro, de bebida alcoólica, nâo influenciam nem mesmo aumentam as chances de um homem ter o cancêr de testículos, que por ser uma neoplasia curável na maioria dos casos, o tratamento consiste inicialmente na retirada do testículo, procedimento esse feito por um urologista utilizando a via inguinal (virilha).
O diagnóstico precoce ajuda muito no tratamento, tendo cura em até 95% dos casos, dependendo do estágio em que a doença se encontra, outros tipos de tratamento são empregados como quimioterapia, radioterapia e cirurgia com retirada de gânglios retroperitoneais (gânglios linfáticos na porção posterior do abdômen) e em quadros avançados, que podem incluir a metástase as chances de cura continuam maiores que 70%.
O paciente é considerado curado quando após submetido ao tratamento em um prazo de cinco anos não manifeste a progressão da doença .
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