Pânico não é o medo de morrer, muito pelo contrario. Pânico é o medo de viver, de experimentar o novo, o mundo, cair e levantar, recomeçar. Quando se vive com medo, angustia depressão, existe a tendência de se excluir, se dar o não antes que o mundo feche a porta em nossa cara, sem mesmo se dar uma chance. Eu bem sei o que e isso, e hoje, estou muito orgulhosa e feliz em anunciar ao mundo inteiro que depois de tanto tempo eu finalmente me sento livre e independente: eu peguei não só um, mas vários trens (= metro) ao longo do dia.
Que alivio! E como se meu corpo e espírito, minha mente e todos os meus sentimentos dissessem: ufa! Consegui!
Demorei mas cheguei ate que enfim. E uma sensação maravilhosa de capacidade, a volta da energia e do prazer mesmo de viver. E ver gente tomar um vento no rosto, espairecer, caminhar… coisas q por muito tempo eu me privei de fazer.
E mais do que a terapias, famílias e amigos, remédios, todo e qualquer estímulo de for a, eu tenho que agradecer a mim e também a minha querida cunhada, que com tanto amor e carinho, e também com seriedade pura pegou minha mão, me olhou bem fundo dentro da minha alma, do mais profundo do meu ser, e me reconectou com meu eu interior, com Deus em mim. Foi um ato tão generoso e tão espontâneo (como ela mesma disse: “Esse e o meu presente de aniversario pra você”) que apesar de minhas duvidas, eu não pude fugir nem negar, foi o momento ideal pra deixar fluir a minha capacidade, o dom que Deus me deu de viver, de ser feliz, de fazer qualquer coisa que eu quiser, pois tudo esta ao meu alcance. Não ter que depender de ninguém, poder ir e vir “livre, leve e solta”.
E como uma querida pessoa me disse hoje e calou fundo em meu coração: “não ter que provar nada para merecer vida”. Obrigada Senhor por Suas infinitas bênçãos, pelo Seu amor incondicional, por toda a Sua misericórdia sobre cada um de nos. Piedade Senhor… piedade.
Eu quero ter confiança e fé. Eu quero ter segurança. Eu só quero crer em mim e no meu Criador.E quem sabe enfim viver um grande amor.(1994) E assim eu fecharia este poema aos trinta e alguns dias: e quem sabe enfim viver este grande amor por mim mesma 😉 E aqui vai a ultima palhinha do dia: Aprender para construir experiência Correr atrás, cair, levantar desse círculo vicioso Viver cada e todo segundo possível cada perspectiva almejando todo o sonho Estar aqui e em tantos lugares Ao mesmo tempo na facilidade de se deixar levar nessa liberdade interior e anterior a nós encontrando o acaso nem sempre sabendo da vida tão pouco, tão linda. (03/05/1999)