Provoca

Entrevista vai ao ar nesta terça-feira (11/10), a partir das 22h, no programa Provoca na TV Cultura

Nesta terça-feira (11/10), no ProvocaMarcelo Tas conversa com Reginaldo Manzotti, sacerdote, escritor, músico, cantor e apresentador de Rádio e TV que arrasta multidões e evangeliza pelos meios de comunicação. O padre também é fundador da Associação Evangelizar é Preciso e ligado ao movimento carismático. Vai ao ar na TV Cultura, a partir das 22h

No programa em que o padre Reginaldo Manzotti fala sobre mídia, algumas feridas da igreja, pedofilia, assédio feminino e muito mais, Tas, que teve uma infância católica, confessa seu distanciamento da religião. Manzotti diz que a mídia quer destruir a imagem positiva da igreja. “Nós não somos vistos como pessoas sérias e celibatárias, porque há um interesse da mídia em destruir, o processo de laicização é anticlero, de destruição da imagem da igreja”. Tas indaga: você está falando que a culpa é da mídia? “A culpa é de quem generaliza”. Mas eu não estou generalizando, diz Tas. “Eu não disse que o senhor está. Mas é parte daqueles que olham para a igreja e vê os defeitos e poucas virtudes”. 

Marcelo Tas comenta que a história do Ocidente é de uma igreja com uma imensa força política e diz: “Eu queria que você falasse da responsabilidade da igreja diante de algumas tragédias, como o ataque à cultura indígena, por exemplo”. Manzotti explica: “Você toca em algumas feridas, feridas que João Paulo II, no ano 2000, pediu alguns perdões e, dentre eles, foi exatamente essa falta do processo de enculturação, há feridas que a igreja precisa pedir perdão, e uma delas é não ter sido na hora certa, no momento certo uma voz profética a favor dos indígenas”. 

E quais são as outras?, pergunta Tas, o preconceito contra gays, por exemplo? “Isso é um processo lento, mas hoje a igreja já acolhe muito melhor a cultura gay. Sem, no entanto, dizer que tudo está certo”, diz. 

Em outro momento do programa, o padre Reginaldo fala sobre assédio feminino. “Quando aparece uma mulher que começa a ser meio saliente, que esquece e vem só com o corpete, com uma roupa que não é para ir na igreja, eu viro e falo sem criar alarde, filha, confundiu os papéis, em particular, sem alarde, aqui eu sou o padre e pronto (…) eu em público sempre estou de clérgima, colarinho do padre, e quando uma pessoa olha já sabe que é padre (…) você impõe o seu respeito, agora, a partir do momento que você quer se mostrar, brincar com a sensualidade, eu acho muito perigoso”, afirma. 

Por fim, em outro momento de destaque da edição, Tas pergunta: Jesus usaria bem as redes sociais? “Nós temos que tomar cuidado. Como mensageiro quero ser maior do que a mensagem. É muito importante ter clareza disso, caso contrário, a gente se torna um profeta de nós mesmos. Nos tornamos vaidosos, excêntricos e sofredores”, finaliza Manzotti.

Realização: Fundação Padre Anchieta, Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo e Governo Federal — Lei de Incentivo à Cultura

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