Bem como já passei dos 30 agora cada ano que passa sinto como se tivesse ficando bem mais velha, e necessitasse de me impor um limite para ter o primeiro filho, mas não vai ser esse ano ainda, talvez o próximo ou no máximo em 2008, deu para perceber o impasse?
De qualquer forma ontem conversando com uma amiga ela me mostrou um outro lado da maternidade que nenhuma outra amiga havia mostrado, talvez porque viram o nascimento do(a) filho(a) de outra forma, ou por não terem tido as mesmas experiências ou simplesmente não sei porque. Mas ontem foi a primeira vez que deu para realmente entender melhor o que se passa.
Por exemplo eu tinha pânico de parto normal, achava que a dor devia ser algo impossível de aguentar (ainda mais eu que não suporto dor física apesar de já ter me quebrado milhares de vezes), mas a minha amiga me explicou que as dores das contrações são como as dores no seu pior dia de cólica, só que as dores vem e depois passam, aí você conversa, lê …. e de repente ela volta, no princípio espaçada, com o correr do tempo as dores ficam cada vez mais próximas, e quando elas estão bem próximas e quando você realmente já está literalmente tendo ou para ter o filho.
Já a cesariana (era meu plano número um), ela me informou que não é tão simples como as pessoas pensam (isso eu mais ou menos que já sabia, pois é uma cirurgia, e toda cirurgia tem risco, até mesmo quando arrancamos um dente do siso), porém eu não sabia que 7 camadas da pele tem que ser costurada após o parto.
Depois vem o nascimento e aí é que realmente tudo começa, até então ao meu ver a gravidez e o parto se tornaram apenas uma prévia da realidade…..
Ela me explicou que como depois que o bebê nasceu não sentiu mais nenhuma dor, achou que já podia ir embora, mas ficou até o próximo dia no hospital. Como muitas mulheres ela acreditou que poderia dar conta de tudo sozinha, sem nenhuma ajuda de mãe ou babá, seria super mãe. No primeiro dia no retorno ao lar, o bebê foi dormir e ela seguiu com sua vida, abaixou-se, levantou-se, guardou roupa no armário e de repente sentiu um cansaço e resolveu deitar-se e foi aí, nesse exato momento que ela realmente compreendeu que sua vida havia mudado, pois quando ela deitou-se o bebê começou a chorar e foi assim que ela aprendeu, se o bebê dorme eu durmo.
Foi um papo de horas e muito agradável, e apesar de ter várias amigas com filhos nenhuma nunca conversou contando os detalhes dessa forma, das dores, das dúvidas, de como é o primeiro dia, gerlmente as ” mães” comentam se foi fácil o parto ou não, se doeu muito ou não, mas nunca haviam comparado o quanto é a dor, etc.
Acho que estava muito chocada com a dor, pois resolvi assistir não sei porque cargas d´água o programa “Maternidade” da Discovery Channel, é sobre partos, eles filmam as mulheres desde a hora em que elas chegam ao hospital até o momento do nascimento do bebê e os pais deixando o hospital com o bebê, acho que por ter esse medo de sentir dor eu particularmente não deveria ter assistido, mas agora depois de conversar com a minha amiga, vejo o parto (e o programa) com outros olhos.
E esse texto eu dedico para as futuras mamães que terão seus bebês em novembro Aline e Vinha, que Nina e Olívia venham com saúde e que preencham todos os dias de suas vidas com muito amor, assim como a Clarinha tem preenchido a vida da mamãe dela.
Quando se chega aos 30&alguns acho que o medo aumenta um pouco mais do que quando se tem 18….