Penso na quantidade de pessoas que cruzam nossos caminhos, nosso dia a dia, nossa vida seja por um breve período,  por um determinado tempo/momento ou “para sempre”.

Penso nos amigos que tive e que por um tempo foram verdadeiramente meus amigos e que hoje mal conheço ou reconheço. Aqueles que frequentei o lar, que marcaram pedaços que formam a minha história de vida e que hoje nada sei  real de suas vidas.

Alguns que sinto saudades pela agradável companhia que já compartilhamos, risadas, choros, situações. De outros tenho ótimas recordações mas  sei que são recordações de uma época passada, que  teve seu ciclo encerrado.

Com o passar dos anos, começamos automaticamente a peneirar as amizades e também sermos  peneirados e vemos que  a maioria  das pessoas que passam pela nossa vida, fazem exatamente isso, passam. Com o senso mais aguçado de auto preservação,  com a experiência que nos dá a sabedoria identificamos relacionamentos superficiais revestidos de amizade que com o tempo não perduram e acabam se apresentando como na realidade são.

Basta a nós olharmos com outros olhos aqueles que por um instante demos a liberdade de tornarem-se parte de nossas vidas e chamarmos de amigo. O erro acredito se dar devido a constante inclinação de acreditarmos na verdade do próximo.  Não há nada errado em ter milhares de conhecidos, pessoas com as quais você passará bons momentos juntos, irá se divertir,  dividir uns drinks e dar boas gargalhadas. O ponto chave é saber diferenciar que nesse tipo de relacionamento não há nada a mais do que o simples coleguismo. Depois de uma certa idade e certas experiências de vida, bem lá no fundo sabemos que uma amizade verdadeira vai muito além da mesa do bar, do copo de chopp, da risada frouxa e do papo legal porém superficial.

A amizade   engloba entender um olhar, meias palavras,  tom de voz, conhecer, gostar, respeitar, entender, ajudar, incluir, compartilhar. A amizade não é egoísta,  muito pelo contrário é companheira, e nunca deve ser imparcial,  toma parte, independente de concordar ou não, se faz ativa e presente quando necessária e com o passar dos anos se torna mais difícil de ser realmente encontrada, pode até enganar por um curto período de tempo mas graças a vida conseguimos enxergar e reconhecer quando é verdadeira. O ponto de referência fundamental são os amigos que  estando perto ou distante se fazem presente quando necessário e que  nos acompanham  por um longo período de nossas vidas.

Aos 30&Alguns eu sei quem são essas pessoas na minha vida e você consegue identificar quem são seus amigos e quem são seus colegas? Com quem você irá dividir um drink e com quem você irá compartilhar os seus segredos, medos, alegrias e realizações?

By Veri Serpa Frullani

Veri Serpa Frullani, brasileira, mãe e esposa, atualmente vive em Dubai, já morou em Nova York, São Paulo e Rio de Janeiro. Bacharel em Turismo, produtora multimída, escritora, designer de acessórios, também é editora do Portal Vida Adulta, do Geek Chic e do Firma Produções. Já editou os extintos Brazilians Abroad e Comida Brasileira. Veri Serpa Frullani tem presença e influência na internet desde 1999, já foi colaboradora de vários projetos e sites, entre eles TechTudo, Digital Drops, Olhar Digital e dos extintos Nossa Via e Deusario.

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