A famosa editora de moda Diana Vreeland disse uma vez que o biquíni “é a invenção mais importante deste século (20), depois da bomba atômica”, isso porque o biquíni foi inventado pelo estilista francês Louis Réard que o batizou com o nome do pequeno atol de Bikini, no Pacífico, onde os americanos haviam realizado uma série de testes atômicos
O primeiro biquíni, todo em algodão com estamparia imitando a página de um jornal, foi lançado em 26 de junho de 1946, o novo traje de banho ( biquini top + calcinha) foi descrito por um jornal da época como “quatro triângulos de nada”, um escândalo para época, nenhuma modelo quis participar da divulgação do traje de banho. A única corajosa a vestir a peça para ser fotografada foi a dançarina Micheline Bernardini.
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Na década de 50, as atrizes de cinema e as pin-ups americanas ajudaram a divulgar o biquíni e em 1956, Brigitte Bardot, ao usar um modelo xadrez vichy adornado com babadinhos, imortalizou o traje no filme “E Deus Criou a Mulher”.
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Em 1962, a atriz Ursula Andress surgiu sexy vestindo um biquíni, em uma cena do filme “007 contra o Satânico Dr. No”. Em 1964, o designer norte-americano Rudi Gernreich fez surgir o topless. Grande sucesso em algumas praias da Europa, mas mesmo assim o então prefeito de São Paulo, Prestes Maia, chegou a proibir o uso do topless em piscinas públicas.
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Ainda na década de 60 o modelo “engana-mamãe”, que de frente parecia um maiô, com uma espécie de tira no meio ligando as duas partes, e, por trás, era um biquíni, fez muito sucesso.
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No Brasil, o biquíni começou a ser usado no final dos anos 50 pelas vedetes, como Carmem Verônica e Norma Tamar, em frente ao Copacabana Palace, no Rio de Janeiro. Na década de 60 o topless foi proibido pelo então prefeito de São Paulo, Prestes Maia, chegou a proibir o uso do topless em piscinas públicas.
No início da década de 70, o Brasil lançou a TANGA, um novo modelo de biquíni, ainda menor, usado pela modelo Rose di Primo nas praias cariocas.
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Durante os anos 80, no Brasil, surgiram outros modelos, como o enroladinho, asa-delta, lacinho nas laterais, sutiã cortininha e o imbatível fio-dental. A então modelo Monique Evans, adepta de biquínis minúsculos e do topless fez grande sucesso nas praias cariocas.
Nos anos 90, a moda praia passou a ocupar um espaço maior no mundo da moda e passou a contar com roupas e acessórios como saída de praia, sacolas coloridas, chinelos, óculos, chapéus, cangas e toalhas.
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Atualmente, no quesito moda praia o biquíni brasileiro é conhecido e reconhecido internacionalmente. O país que mais fabrica e consome vestuário moda praia, graças a evolução tecnológica, o surgimento de tecidos cada vez mais resistentes, a modelagem e os modelos se multiplicaram. A peça faz parte do guarda-roupa da maioria das mulheres brasileiras que frequentam praias, piscinas, riachos, entre outros locais.
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O biquíni brasileiro é conhecido tanto pela ousadia como pela qualidade e criatividade nos modelos, o que o diferencia dos fabricados em outros países. Contando com uma extensão litorânea com mais de 7 mil km de praias, o Brasil tornou-se lançador mundial de tendências no segmento moda praia.