No dia 07 de março eu escrevi o post “Quem quer comprar uma praça no Rio de Janeiro“, a respeito da pequena praça localizada na esquina da Rua Marquês de São Vicente e Vice Governador Rubens Berardo no Rio de Janeiro, que foi vendida para a construtora Engeziler, que acabou derrubando as árvores que ali estavam.
No dia 09 de março escrevi outro post “Depois que o Ipê foi cortado a obra foi embargada” e hoje venho aqui, compartilhar e pedir aos leitores que abracem essa causa, abaixo segue carta aberta ao prefeito da cidade do Rio de Janeiro, quem puder “copiar e colar” a carta e enviar hoje, dia 14 de junho de 2012, para os seguintes emails [email protected] e [email protected] com cópia para [email protected] e [email protected], nós agradecemos.
CARTA ABERTA AO SENHOR PREFEITO EDUARDO PAES
Senhor Prefeito Eduardo Paes,
Em 07 de março, o Senhor Prefeito atendeu o apelo dos moradores da Gávea, embargando a obra de uma edificação que tomaria o pequeno espaço público considerada uma praça, na qual havia uma estátua do ilustre Doutor Clementino Fraga.
O espaço foi preservado, mas o estrago realizado com a derrubada de diversas árvores foi definitivo e o retorno da estátua ainda não está garantido.
Foi feito após, um apelo para ampliar o espaço da praça com a anexação do terreno situado na esquina das Ruas Marquês de São Vicente com a Vice-Governador Rubens Berardo, considerando as seguintes características locais:
1) O mínimo espaço público não constitui uma verdadeira praça e não estaria à altura da grande figura que foi o Doutor Clementino Fraga, também ex-morador da Gávea.
2) O alinhamento da Rua V.Gov. Rubens Berardo na sua calçada, desde o seu início na Rua Padre Leonel Franca ao número 65, no Condomínio Gávea Garden, é interrompido pelo terreno que deveria ser desapropriado. Neste ponto, o pedestre desvia-se para a estreita passagem de acesso à praça, até a Rua Marquês de São Vicente. Tal quebra de alinhamento é um despropósito estético e funcional, aprovado, recentemente, em tempo recorde pela Secretaria Municipal de Urbanismo.
3) Nós, moradores do Condomínio Gávea Garden, com 112 unidades de 4 quartos e amplos espaços comuns, ficaremos privados da bela vista que temos do Espaço Museu do Universo, da vistosa Mata Atlântica que ainda vemos no majestoso relevo da Gávea, da ventilação natural que recebemos, do nível de insolação direto em nossas casas, além da facilidade de acesso de veículos públicos de serviço para casos de emergência.
Todo o Bloco 1 do Condomínio será afetado, inclusive com prejuizo de valor das unidades.
Em nossa frente ficará uma elevada parede em altura equivalente à de nosso condomínio, com a nova construção de 20 pequenos apartamentos, em terreno estreito e com a frente voltada para o lado que representa a nossa perda maior.
O nosso apelo não foi ouvido pelo Senhor Prefeito, apesar de toda a exposição apresentada, na qual chamamos a atenção de que haverá novo corte de árvores, já aprovado, em frente ao Museu no qual serão realizados alguns eventos da RIO+20, encontro de países que buscam um acordo sobre a Sustentabilidade para o Planeta. Que exemplo daremos aqui, com a aprovação da Prefeitura para algo que visa suprimir espaço público, vegetação, reduzindo qualidade de moradias estabelecidas no bairro há mais de vinte anos?
O planejamento de uma estação de metrô para o bairro da Gávea também causará grande impacto na circulação de pedestres na área da praça, o que não comportaria o espaço estrangulado por uma nova edificação no terreno que apontamos.
Nós, moradores do Condomínio Gávea Garden, em particular, não aprovamos essa construção e examinaremos todas as possibilidades legais para que o empreendimento não prossiga. Muito apreciaríamos, porém, se pudermos contar com o apoio do Senhor Prefeito Eduardo Paes.
O ex-Prefeito César Maia deixou-nos, no local, o magnífico Espaço Museu do Universo.
Porque o Prefeito Eduardo Paes não nos deixa a grande Praça Doutor Clementino Fraga?
Poderíamos prometer-lhe o projeto urbanístico e sólido apoio de recursos físicos de execução.
O Poder Público estaria assim, atendendo à comunidade da Gávea como um todo e não a interesses particulares.