Hoje seria o dia da próxima entrevista, mas como o entrevistado dessa semana, viajou e não conseguiu enviar as respostas a tempo, vou falar a respeito de um incidente que ocorreu com uma amiga, mãe de duas crianças, indo trabalhar, às 8 horas da manhã dentro do Túnel Rebouças aqui no Rio de Janeiro.

Para ir trabalhar ela tem que atravessar o túnel e em uma dessas manhãs, um ônibus, como vocês sabem os motoristas de ônibus na cidade que um dia já foi maravilhosa não respeitam muito os outros motoristas e por esse motivo, tentando mudar de pista, lançou o veículo contra o carro dela.

Rapidamente ela conseguiu desviar, porém quase bateu em outro carro, assustada, ainda acenou e pediu desculpas, mas o motorista do outro carro ficou extremamente irritado e começou a jogar o carro dele contra o dela, tentando jogá-la contra a parede do túnel.

Assustada ela diminui a velocidade, pensando em deixar o indíviduo nervoso seguir o caminho dele, mas ele não satisfeito, também diminuiu a velocidade e continuou tentando bater no carro dela.

A essa altura, com medo, ela fez o que quase ninguém faz no túnel, simplesmente parou o carro e finalmente o indivíduo seguiu o seu caminho.

Aos 30&Alguns eu pergunto: O que leva uma pessoa a começar o dia dessa maneira? Em que país estamos? Seria válido fazer com que ela batesse o carro e pudesse se machucar seriamente tendo dois filhos para criar?… triste, muito triste essa situação… 🙁

By Veri Serpa Frullani

Veri Serpa Frullani, brasileira, mãe e esposa, atualmente vive em Dubai, já morou em Nova York, São Paulo e Rio de Janeiro. Bacharel em Turismo, produtora multimída, escritora, designer de acessórios, também é editora do Portal Vida Adulta, do Geek Chic e do Firma Produções. Já editou os extintos Brazilians Abroad e Comida Brasileira. Veri Serpa Frullani tem presença e influência na internet desde 1999, já foi colaboradora de vários projetos e sites, entre eles TechTudo, Digital Drops, Olhar Digital e dos extintos Nossa Via e Deusario.

6 thoughts on “Dentro do Túnel, 8 horas da manhã”
  1. Veri, entre as tantas definições que me auto-intitulo, eu também sou um pouco MANIQUEISTA, e creio, na existência do mal, como uma entidade, ao menos, posso procurar uma explicação para certos comportamentos e atitudes!

  2. Acho que o mesmo cara já esteve aqui em São Paulo… Situação semelhante aconteceu comigo na rodovia Castello Branco (liga capital ao interior de SP). O cara só parou de me perseguir quando entrei no posto da polícia rodoviária.
    Comigo, foi por ter piscado o farol alto para um caminhão que iria entrar na 3a pista da rodovia, como eu ia na velocidade limite e sabia que não haveria tempo para o caminhão entrar pisquei o farol alto, porém um carro ia muito a frente, ele achou que era com ele. Depois disso ele diminuiu, deixou eu passar e ficou forçando a barra. Deixei ele passar imediatamente, mas ele sempre diminuia, mesmo a 40 Km/h.

    Só penso que sejam pessoas incossequentes e intolerantes que acham que tudo e todos são contra eles. Como estão dentro de suas “armaduras” podem fazer o que bem entender para “aplicar” uma lição.

    É triste, e o pior é que isto é comum. Mas, como vivemos no país da impunição isto só se propaga.

    Abraços.

  3. A intolerância faz parte cada dia mais da vida das pessoas, querem fazer justiça com as próprias mãos, mesmo não conhecendo a verdade dos fatos, até teríamos explicações, impunidade, ensino decadente, mas algumas pessoas já estão na era do final dos tempos, cabe a cada um tentar evitar este caminho temeroso.

  4. […] vida e aqui ninguém escapa, contei o caso da minha amiga na emergência do hospital, da que foi ameaçada dentro do túnel Rebouças às 8 horas da manhã, falei também a respeito da Campanha sobre o Transplante de Medula Óssea e acabei o mês […]

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

This site uses Akismet to reduce spam. Learn how your comment data is processed.

Social Media Auto Publish Powered By : XYZScripts.com