Doenças cardiovascularesDoenças cardiovasculares estão surgindo de forma cada vez mais precoce, influenciando na saúde geral da população

Doenças cardiovasculares estão surgindo de forma cada vez mais precoce, influenciando na saúde geral da população

Usualmente, as doenças cardiovasculares são mais comuns a partir dos 50 anos de idade. Mas, hábitos pouco saudáveis – como a má alimentação, caracterizada inclusive pelo alto consumo de fast food e o sedentarismo – têm contribuído para o surgimento de problemas cardíacos em pessoas cada vez mais jovens.  Dessa forma, a obesidade torna-se uma das grandes vilãs para a saúde cardíaca da população.

De acordo com um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), 33% das crianças com idade entre cinco e nove anos estão acima do peso.

Segundo a cardiologista e assessora médica da linha cardiovascular da FQM, Dra. Fabiane Duque Estrada Paes, em todas as idades, a hipertensão arterial, as cardiopatias, a insuficiência cardíaca, as miocardites e as arritmias são comuns.

Dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia apontam que cerca de 80% das crianças apresentam algum tipo de sopro cardíaco em ao menos um momento da vida, porém a grande maioria melhora espontaneamente. Na infância, ainda há a incidência de febre reumática, gerando as cardiopatias valvulares muito frequentes no norte e nordeste brasileiro.

Na juventude, a hipertensão arterial já se torna uma preocupação, além das cardiopatias estruturais congênitas, reumáticas, arritmias, angina e até mesmo o infarto agudo do miocárdio.

Na fase adulta, outros problemas cardíacos somam-se à lista: Insuficiência cardíaca, AVC, aneurismas da aorta, cardiomiopatias, doença arterial obstrutiva periférica (DAOP), tumores cardíacos e valvulopatias.

Alguns outros fatores aumentam os riscos para as doenças cardiovasculares, como a carga genética (histórico familiar de infarto, hipertensão arterial, DM, morte súbita e outras doenças), obesidade, sedentarismo, tabagismo, estresse, etnia, sexo (mais comum em homens e até a fase de menopausa das mulheres) e portadores de doenças ateroscleróticas.

“Quando existe a presença desses fatores de risco, é recomendável que os homens façam a primeira visita ao cardiologista aos 30 anos, enquanto as mulheres devem fazer isso aos 40. Na ausência deles, a consulta inicial pode ser aos 45 anos para os homens e aos 50 para as mulheres”, recomenda a especialista.

 A adoção de bons hábitos de vida pode auxiliar na saúde do coração e prevenir muitas doenças.

“A mudança do estilo de vida tem como características principais a alimentação saudável e a prática de exercícios, sejam em casa, sob a orientação de profissionais via on-line, ou presencial, além disso, devemos também interromper o tabagismo e diminuir a ingestão de álcool e sal. Esses hábitos devem estar presentes em qualquer momento ou fase, seja na pandemia ou no novo normal”, finaliza Dra. Fabiane Duque Estrada.

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