Piscar sem controle pode ser sinal de blefaroespasmo: entenda a doença
Blefaroespasmo é uma condição neurológica caracterizada por contrações involuntárias dos músculos das pálpebras. Essas contrações podem ser leves, como uma sensação e piscar excessivo, ou mais severas, causando a interrupção temporária da visão.
A ciência ainda não identificou uma causa exata para o problema, mas pode estar relacionada a uma disfunção do sistema nervoso que controla os músculos das pálpebras.
“Os portadores dessa afecção piscam sem parar a ponto de não enxergarem nem de conseguirem fazer atividades simples do dia a dia, como cozinhar, dirigir e ler”, explica o Dr. André Borba, oftalmologista, especialista em Cirurgia Reconstrutiva e Estética das Pálpebras e Via Lacrimal e professor-fundador da Ocuplastics Academy.
Alguns fatores que podem desencadear ou agravar a condição incluem estresse, fadiga, uso excessivo de cafeína e exposição prolongada do olhar para uma tela de computador.
O tratamento do blefaroespasmo pode incluir injeções de toxina botulínica (conhecida como Botox) em pontos específicos da pálpebra, ajudando a corrigir a contração do músculo. Normalmente, a aplicação deve ser feita a cada 6 meses.
Além disso, algumas técnicas de relaxamento, como meditação e yoga podem ser úteis para aliviar o estresse e reduzir os sintomas do blefaroespasmo.
Em caso de qualquer alteração no movimento dos olhos, é fundamental procurar um especialista o quanto antes, para que seja feito um exame minucioso a fim de detectar a doença e, se necessário, iniciar o tratamento.
Sobre o Dr. André Borba: É doutor em Ciências Médicas pela Universidade de São Paulo (USP), pós-doutorando pela Universidade Estadual “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP). Fellowship em Oculoplástica pela Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA/ EUA). Autor do livro Técnicas de Rejuvenescimento Facial com Toxina Botulínica e MD Codes TM, relator do livro Oculoplástica e Oncologia ocular, tema oficial do Conselho Brasileiro de Oftalmología 2021. Membro da Sociedade Brasileira e da Portuguesa de Medicina Estética, e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica Ocular (SBCPO), da Sociedad Panamericana de Oculoplastía (SOPANOP), e das sociedades norte-americana e europeia de cirurgia plástica Ocular e reconstrutiva. (ASOPRS e ESOPRS, nas siglas em inglês).