O Brasil está assistindo a uma transformação no setor educacional privado. O número de escolas que oferecem uma educação bilíngue tem crescido consideravelmente para atender as demandas do mercado, no qual os pais veem a necessidade de dar aos filhos uma educação alinhada com um mundo cada vez mais pluricultural, globalizado e interligado. No entanto, uma dúvida é persistente no momento de tomar esta decisão: como escolher a melhor escola com programa de ensino bilíngue e garantir a fluência das crianças em um segundo idioma?
As irmãs e mestras em educação Fátima e Vanessa Tenório, desenvolvedoras do programa de ensino bilíngue pioneiro do Brasil, SYSTEMIC BILINGUAL, que está presente em 35 escolas em diferentes regiões do País e leva ensino bilíngue a mais de 7 mil alunos, elaboraram 7 dicas para ajudar os pais no momento de tomar esta decisão. Confira:
1 – Carga Horária. os pais devem se atentar a quantidade de horas/aula de inglês que o programa oferece. Segundo as especialistas, 6 horas/aula por semana é o número mínimo para que as crianças alcancem os resultados desejados.
2 – Método. é de extrema importância que este conteúdo seja adequado ao nível cognitivo da faixa etária da criança, ou seja, aos temas que os alunos estão habituados a conversar e entender na sua idade. Por isso, o professor deve utilizar em sua comunicação com os alunos uma fala natural, como se conversa entre família e amigos, por exemplo. As educadoras explicam que o método de ensino bilíngue ideal não pode ser estrutural, com foco somente linguístico, pois, desta forma, as crianças pouco aproveitam o conteúdo e não alcançam o bilinguismo.
3 – Base Teórica. pesquisar como o método de ensino bilíngue foi desenvolvido. Saber quais são as bases teóricas utilizadas na programação durante as aulas é um ponto crucial para que os resultados do ensino realmente atinjam as expectativas dos pais.
4 – Professores. são os responsáveis por desenvolver todo o método de ensino bilíngue durante as aulas e contribuir para o aprendizado do idioma pelo aluno. Por isso, devem ser fluentes na língua inglesa para oferecer naturalidade na comunicação com as crianças.
5 – Processo. não acontece rapidamente, mas é possível que seu desenvolvimento seja avaliado no decorrer do curso com o objetivo de checar se realmente está levando resultados para os alunos. Assim, o diálogo da escola com os pais e a troca de informações são formas qualitativas de demonstrar o que está ocorrendo durante o processo e não somente o resultado.
6 – Continuidade. importante entender que quanto mais cedo a criança tiver exposição ao idioma bem falado e por muitas horas, melhor será o resultado. No entanto, se a criança começa o aprendizado bilíngue aos 2 anos de idade, por exemplo, e aos 5 já não tem mais exposição, com certeza vai haver um retrocesso no aprendizado. O processo de aquisição de uma língua é longo e o desenvolvimento desta língua em um nível mais formal, ainda mais. Por isso, é preciso que a criança participe do programa do começo ao fim, sendo que a idade mínima para consolidação do idioma é entre 12 e 13 anos.
7 – Resultado. os pais precisam pesquisar qual o resultado que determinado programa oferece e buscar referências que comprovem isso. De acordo com as especialistas, uma dica importante é saber se os alunos serão testados por algum exame de certificação de referência, como Cambridge, por exemplo.