Soropositivos: Vivendo Plenamente com Tratamento Adequado e Estratégias de Prevenção
O Ministério da Saúde destaca que mais de um milhão de brasileiros convivem com o HIV. Em 2022, foram registrados mais de 16 mil novos casos.
Contrariando o estigma associado ao vírus da imunodeficiência humana (HIV), estudos, como o publicado em 2017 na revista científica The Lancet, enfatizam a importância de iniciar o tratamento o mais cedo possível para garantir uma boa qualidade de vida para os soropositivos.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) impulsiona a iniciativa “90/90/90” para identificar 90% das pessoas com HIV, garantir que 90% delas sejam tratadas e que, destas, 90% alcancem carga viral indetectável. No Brasil, tanto o tratamento antirretroviral quanto medidas como a Profilaxia Pós-Exposição (PEP) estão disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS), com a PrEP também oferecendo uma estratégia essencial de prevenção.
Tratamento Eficiente e Expectativa de Vida Similar
Segundo Juliana Salles, infectologista na Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, a adesão rigorosa ao tratamento antirretroviral desde cedo permite aos pacientes soropositivos terem uma qualidade de vida equiparável à de pessoas não infectadas. O UNAIDS corrobora, afirmando que o vírus se torna praticamente intransmissível.
Prevenção e Conscientização
Com mais de um milhão de casos no Brasil, a prevenção é crucial. Além do uso de proteção durante relações íntimas, a especialista destaca a importância da “prevenção combinada”, envolvendo a realização regular de testes. A testagem é fundamental para diagnosticar assintomáticos e iniciar tratamentos precoces.
PEP e o Caminho da Prevenção
A Profilaxia Pós-Exposição (PEP) é uma intervenção medicamentosa recomendada para quem teve exposição ao vírus. Salles enfatiza a necessidade de persistência no tratamento por 28 dias, mesmo com possíveis efeitos adversos, aconselhando procurar um médico para avaliação em caso de efeitos colaterais.