As ciências exatas são tão importantes na vida da sociedade que já foram retratadas em várias obras do cinema. Física, química, matemática, estatística, cálculo – incluindo integrais trigonométricas – e tantos outros campos da área foram parar nas telonas e ainda são assistidos nas telinhas da TV e das plataformas de streaming.
Além da ficção científica, os números e raciocínios lógicos estão presentes nos dramas, nas aventuras e nas biografias, como fios condutores da trama principal da jornada do protagonista ou como pano de fundo da história.
Obras adaptadas a partir de fatos reais, de pessoas que mudaram o mundo a partir das habilidades e da dedicação ao estudo das ciências exatas, são comuns. Há também filmes que adotaram “licenças poéticas” para trabalhar conceitos matemáticos – em nome do roteiro e da emoção do público.
A lista a seguir, traz quatro indicações de filmes para quem ama as ciências exatas. Os títulos podem ser encontrados na internet.
Rain Man (Rain Man – 1988)
Lançado em 1988, Rain Man foi o grande vencedor do Oscar em 1989, com prêmios de melhor filme, melhor direção para Barry Levinson, melhor ator para Dustin Hoffmann e melhor roteiro original.
O jovem executivo Charlie Babbitt (Tom Cruise) descobre que o pai deixou a maior parte da fortuna no testamento para Raymond (Dustin Hoffmann), um homem diagnosticado com a síndrome de Savant, um dos transtornos do espectro autista, seu irmão cuja existência era desconhecida e que vivia em uma clínica.
Charlie sequestra Raymond para tentar garantir o acesso à herança, no entanto, não percebe que começou uma jornada para descobrir o significado da fraternidade.
Raymond é capaz de resolver problemas matemáticos com velocidade e precisão, além de ter uma memória incomum. A habilidade deixa o irmão impressionado e aproxima os personagens.
Gênio Indomável (Good Will Hunting – 1997)
Este filme de 1997 conquistou dois Oscar na cerimônia de 1998: melhor ator coadjuvante para Robin Williams e de melhor roteiro original para Matt Damon e Ben Affleck.
Aos 20 anos, Will Hunting (Matt Damon) é um jovem que acumula passagens pela polícia, não sabe lidar com as emoções e não tem perspectiva de futuro. Depois de ser preso, recebe a determinação de fazer terapia, mas ele não se adapta a nenhum analista, até encontrar Sean Maguire (Robin Williams).
O catalisador para a mudança de vida e a descoberta da genialidade de Will é a habilidade com a matemática. Funcionário da limpeza de uma universidade de Boston, ele impressiona ao resolver um teorema proposto em uma aula aos universitários.
Moneyball: o homem que mudou o jogo (Moneyball – 2011)
O filme é inspirado na temporada de 2002 do time de beisebol norte-americano Oakland Athletics, que disputava a liga nacional nos Estados Unidos. O gerente geral da equipe, Billy Beane (Brad Pitt), com a ajuda de Peter Brand (Jonah Hill), passou a utilizar as estatísticas de desempenho dos jogadores para montar a equipe.
Com os resultados da estratégia baseada na análise, a equipe mudou a forma como o jogo era visto e organizado.
O filme mostra como as estatísticas de cada atleta eram utilizadas e foram critérios para a permanência, a saída e a contratação de nomes para a equipe. A estratégia inovadora passou a ser adotada pelos demais times.
O homem que viu o infinito (The Man Who Knew Infinity – 2015)
Este filme britânico de 2015 é baseado na vida do matemático indiano Srinivasa Ramanujan (Dev Patel). Ele nasceu em 1887, em Madras, uma região pobre do país. Autodidata, Ramanujan enviou trabalhos científicos para o matemático Godfrey Harold Hardy (Jeremy Irons).
A troca de correspondências rendeu o convite para Ramanujan estudar no Trinity College, em Cambridge. A película aborda a relação da amizade, o conflito entre pontos de vista distintos, a dificuldade de adaptação em uma cultura diferente, a xenofobia e o impacto da Primeira Guerra Mundial.
Srinivasa Ramanujan é um dos mais influentes matemáticos do século XX, com as teorias sobre números e séries infinitas, e as fórmulas para calcular em alta velocidade os infinitos decimais do número pi. Um século depois, ele ainda influencia a matemática, o desenvolvimento de computadores, a física, a economia e o estudo dos buracos negros.
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