Desde pequena escuto histórias sobre a Maysa, o meu avô, que já falei inúmeras vezes aqui no blog, a conhecia, parentes e ele mesmo diziam que ele foi o 1º professor de violão da cantora, assim como foi professor de violão de tantos outros famosos como Odete Lara.

Dizem até que tem um ou outro artista que acabou gravando uma de suas composições* e por um relapso aqui e ali, acabaram esquecendo de lhe dar os devidos créditos, assim como que se em um lapso momentâneo acreditassem ter escrito tais letras.

Mas com Maysa foi diferente, meu avô sempre falou dela com carinho e ontem assistindo a nova mini série da Rede Globo, “Maysa Quando Fala o Coração”, acabei pesquisando na internet, assim como outros parentes, e foi apenas em um website que encontrei o seguinte depoimento de Maysa Matarazzo para à Revista Fatos e Fotos no ano de 1977:

“… cantar, cantei sempre. Ainda menina, me lembro, ganhei um gravador de presente, todo vermelho. Olhava no espelho e me maquilava igual a Marilyn Monroe. Só cantava música americana. Mais tarde, fugi de casa e fui gravar o que seria o meu primeiro disco. Fui junto com o Baby, famoso guitarrista do Óasis, uma boate paulista que era o lugar da moda nos anos 50. Gravei esse disco em 1951. De um lado, uma música americana, do outro, “Se eu Morrer Amanhã de Manhã”. Aí que veio o convite do Roberto Corte Real para gravar meu primeiro LP.”

Eu já falei aqui que a musicalidade que carrego veio do meu avô,  minha mãe e meus tios lembram que durante a infância viram passar pela casa onde residiam Angela Maria, Elza Soares, Johnny Alf, Paulinho da Viola (no início da carreira), Elton Medeiros, Morgana, Nelson Gonçalves, entre outros e que meu avô também tocou com os irmãos Peixoto (Cauby, Moacir, Arakem e Andiara), com o saxofonista e clarinetista Booker Pittman, com o genial Louis Armstrong, as divas Dalva de Oliveira e Elizete Cardoso, entre tantos outros artistas.

Aos 30&alguns tenho muito orgulho do músico que foi o meu avô, de suas composições e como eu já disse anteriormente  que com ele aprendi a ser feliz!

* meu avô tinha um parceiro de composições chamado Amauri Medeiros.

obs: Na próxima ida a Santos irei recolher algumas fotos para digitalizar e mostrar para vocês, meu avô nas Orquestras, Casinos, shows, …

By Veri Serpa Frullani

Veri Serpa Frullani, brasileira, mãe e esposa, atualmente vive em Dubai, já morou em Nova York, São Paulo e Rio de Janeiro. Bacharel em Turismo, produtora multimída, escritora, designer de acessórios, também é editora do Portal Vida Adulta, do Geek Chic e do Firma Produções. Já editou os extintos Brazilians Abroad e Comida Brasileira. Veri Serpa Frullani tem presença e influência na internet desde 1999, já foi colaboradora de vários projetos e sites, entre eles TechTudo, Digital Drops, Olhar Digital e dos extintos Nossa Via e Deusario.

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