” Em 50 anos, ACM acumulou um patrimônio que supera muito os salários e aposentadorias embolsados por ele nesse tempo. Sua fortuna é pelo menos três vezes maior que a declarada. São bens e empresas que estão sob seu comando e uso, mas registrados em nome de gente de confiança, como o deputado federal Félix Mendonça (PTB-BA), e de seu genro César de Araújo Mata Pires. A mulher do senador, Arlete Maron Magalhães, é sócia de uma empresa e diretora de outra. Ao desapropriar centenas de propriedades ao longo das rodovias que chegam à capital baiana, negociou 25 milhões m², ou 10% do território do município. Acabou acusado por um ex-colega, de manter conluio com os donos de terras, que compravam barato lotes passíveis de desapropriação. Inimigos dizem que a ditadura militar abafou as acusações. As provas, porém, acabariam queimadas em vários incêndios que destruíram documentos oficiais em Salvador depois da gestão de ACM. O Arquivo Público Municipal, que guardava os registros de terras da capital, queimou no final dos anos 60 e no início dos anos 70. Também foi incendiado o prédio dos Tribunais de Contas do Município e do Estado. Por último, o edifício do Ministério Público ardeu em chamas. Coincidências que intrigam. Seus negócios incluíram depois, o jornal Correio da Bahia, em 1978, e a concessão de uma TV nos anos 80, que lhe garantiram a liderança de audiência no Estado e a maior fatia das verbas publicitárias oficiais da Bahia. O império carlista, hoje, é comandado por seu filho Antônio Carlos Magalhães Júnior, suplente do senador e responsável por todos os negócios da família, e por seu genro, César de Araújo Mata Pires. Em 1979, quando Mata Pires já estava casado com Tereza, filha de ACM, seu patrimônio experimentou um crescimento explosivo. Naquele ano comprou três fazendas e logo depois mais cinco. A OAS vendeu a ACM um apartamento com preço bem inferior do mercado. O genro também é sócio na Bahia Par, que administra o complexo empresarial de ACM. E a garantia de alguns favores pessoais, como o uso da casa de 750 m² na Ilha de Itaparica e dos jatinhos da OAS, há anos servindo ACM e sua família.
Fonte: Site da Revista Istoé – www.istoe.com.br – 22/12/1999 ”
História
ACM é um político baiano que esteve em evidência no cenário político do estado da Bahia nas últimas décadas. Membro da UDN foi eleito deputado estadual em 1954 e deputado federal em 1958 e 1962. Participou da ditadura militar brasileira, tendo sido um dos articuladores do golpe militar de 1964. Em 1966 foi reeleito deputado federal, agora pela ARENA. Em 1967, foi nomeado prefeito de Salvador. Foi governador da Bahia três vezes, ministro das Telecomunicações no governo Sarney e é senador desde 1995. Tido como um político influente no Brasil, teve também seu nome envolvido em várias denúncias de ilegalidades, como a fraude no painel de votação do Senado e os grampos telefônicos ilegais na Bahia. Quando se vê envolvido em tais situações gosta de justificar que agiu em favor do povo baiano. É conhecido por “Toninho Malvadeza”, por conta de suas constantes ações repressoras contra a oposição durante o regime ditatorial.
fonte: Wikipedia
” De acordo com a Secretaria Geral da Mesa, o Senado está providenciando um avião que levará parlamentares a Salvador para o velório. E, segundo informações do jornalista Ricardo Noblat, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pôs dois aviões da FAB à disposição da família do senador.” O Globo
“A Bahia e o mundo da política brasileira estão em luto. Morreu às 11h40 desta manhã o senador Antônio Carlos Magalhães. ” Correio da Bahia
“Amado e odiado, ACM sempre esteve próximo do poder federal. Foi aliado do regime militar pós-1964 e do tucano de Fernando Henrique Cardoso e apoiou Lula na eleição de 2002.” G1
” Antonio Carlos Peixoto de Magalhães foi um dos mais influentes nomes do cenário político brasileiro nas últimas quatro décadas, e manteve-se como força atuante em governos dos mais variados matizes ideológicos, desde o regime militar instituído em 1964 até a atual administração do petista Luiz Inácio Lula da Silva.” JC Online
“Segundo Lobão (Senador Edison Lobão), Antonio Carlos Magalhães foi um dos mais expressivos líderes da política brasileira e deixará um vácuo na vida pública do Brasil que será difícil de preencher, tendo em vista os “notáveis serviços” que prestou à Bahia e ao país.” Senado Gov.
“Ao longo da carreira política, que inclui uma passagem como presidente da República interino, também teve seu nome envolvido em denúncias de ilegalidades, como a fraude no painel de votação do Senado e os grampos telefônicos ilegais na Bahia.” O Dia
E como não podia deixar de ser: “Governador decreta luto oficial na Bahia por cinco dias” Último Segundo
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Morre o Imperador da Bahia, forças revolucionárias foram vistas tirando o pé da rede – novoMundo