Quem acompanha o blog sabe que tenho 30&Alguns anos mas ainda não sou mãe, como grande parte das mulheres modernas na faixa dos 30, mas tenho primas, tias e várias amigas que são mães, algumas desde que eu tinha 18 anos.
E entendo e sei perfeitamente que nenhuma mulher sabe o que é ser mãe até se tornar uma, seja tendo filhos biológicos ou adotados, amor de mãe é amor de mãe, amor incondicional (na grande maioria dos casos), estamos falando aqui de mães aparentemente normais, com um mínimo de estrutura para manter aqueles que trouxe ao mundo.
Ultimamente tenho tido uma grande dificuldade de entender em certos casos esse amor tão além de tudo, digo isso, pois não consigo entender mães de filhos(as) com esquizofrenia, bulimia, anorexia, cleptomania, ninfomania entre outros disturbios mentais que não conseguem ajudar os filhos.
Citei especificamente essas doenças pois conheço casos de pessoas sofrem desses males.
Uma amiga quando chegou em torno de uns 23 anos de idade, começou a demonstrar sintomas de esquizofrenia, chegando até mesmo a ficar catatônica, um amigo na época, psiquiatra, quando soube dos sintomas que ela apresentava, sugeriu que ela fosse levada a uma clínica especializada para pessoas com esse tipo de doença. A família se negou, a mãe alegava que a filha não era maluca.
Nunca mais tive contatos com essa família, nossas vidas tomaram rumos diferentes, anos depois soube que ela havia se casado, morava em uma comunidade carente, havia largado os estudos, um filho e já tinha outro.
Uma conhecida, era linda, sempre foi o tipo de menina que chamava atenção onde quer que estivesse. Com os anos foi demonstrando sinais de esquizofrênia, muitos pensavam que era bonita, com dinheiro e simplesmente egocêntrica, até que casou, teve filho, começou a cada vez mais demonstrar mais sintomas da doença, depois de um bom tempo começou a ser tratada, mas misturou remédios para emagrecer com os remédios que controlavam a doença. Um dia, do nada, atravessou a sala onde a família estava e se jogou pela janela.
Ao falar com a minha mãe sobre o assunto, ela me informou que a filha de uma amiga, fez a mesma coisa e tinha esquizofrenia. Triste, muito triste, alguém morrer assim.
Uma outra pessoa que conheço sofre de cleptomania, a família sabe, quando ela vai visitar os primos todos escondem seus pertences de valor, os pais sabem, mas depois do primeiro impacto com a descoberta da notícia, agora fingem que tudo está bem, que o problema passou e a família embarca nessa e todo mundo, mesmo escondendo seus pertences, finge que tudo anda as mil maravilhas.
Certa vez, descobri que uma amiga sofria de bulimia, fiquei nervosa e contei para minha mãe, que mesmo sem nunca ter visto a mãe da menina, ligou para contar o que estava ocorrendo, o tom da voz da mãe foi de tanta indiferença que minha mãe ficou chocada. A mãe nada fez, anos depois a filha teve o problema em uma escala bem maior.
Onde quero chegar com esses casos? Quero tentar entender como que ao fingir que os filhos não sofrem dos disturbios que realmente sofrem, essas mães podem ajudá-los? Desde quando fingir que algo vai bem, quando na verdade não vai, ajuda alguém a chegar a algum lugar?
Aos 30&Alguns peço a Deus todos os dias, que quando eu for mãe consiga amar, compreender e ajudar meus filhos, para no futuro serem pessoas com quem os outros consigam conviver, ninguém é para sempre, a tendência natural da vida seria os pais morrerem antes dos filhos e na grande maioria dos casos isso realmente ocorre, e aí como ficam esses adultos despreparados para lidar com os problemas que possuem depois da morte dos pais que passaram a vida toda fingindo para o mundo e para os filhos que tudo estava bem?
esquizofrenia
es.qui.zo.fre.ni.a
sf (esquizo+freno+ia1) Med Psicose em que o doente perde o contato com a realidade, e vive num mundo imaginário que para si próprio criou; substitui a antiga denominação de demência precoce.
– Para saber mais sobre esquizofrenia visite: ABRE – Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Esquizofrenia , Equilibrio Mental e PROESQ – Programa de Esquizofrenia da UNIFESP – EPM
cleptomania
clep.to.ma.ni.a
sf (clepto+mania) Impulso neurótico persistente para o furto, especialmente sem motivo econômico.
– Para saber mais sobre a cleptomania visite : Psicosite
ninfomania
nin.fo.ma.ni.a
sf (ninfo+mania2) Med Tendência, em certas mulheres, para o abuso do coito; andromania, furor uterino, histeromania, metromania e uteromania.
– Para maiores informações visite: ABC da Saúde
bulimia
bu.li.mi.a
sf (gr boulimía) Med Fome excessiva, vulgarmente chamada fome canina; adefagia; cinorexia.
– Para maiores informações visite: ABC da Saúde e Boa Saúde
anorexia
a.no.re.xi.a
(cs) sf (gr anorexía) Med Falta de apetite; apositia, fastio, inapetência. Antôn: apetite. A. nervosa: condição nervosa grave, em que o paciente perde o apetite, emagrecendo muito.
– Para maiores informações visite: ABC da Saúde e Psicosite
fonte: Dicionário Michaelis
As vezes, as mães criam tantas expectativas em relação aos filhos que fica difícil encarar a realidade, ver que seu filhinho não é oque você queria que ele fosse.
É difícil encarar um problema sério, principalmente desse tipo: psicológico, então as mães fingem que está tudo bem.
A autora Glória Perez, está retratando isso na novela Caminho das Indias, Cristiane Torloni está representando esse tipo de mãe, aquela que só vê/ouve oque quer, negligenciando a saúde do próprio filho apenas por aparência.
Dar o primeiro passo e assumir o problema, na minha opinião, já é meio caminho andado, e deve dar um alívio enorme.
Ser mãe é muito difícil, fui mãe aos 18 anos e não tinha noção da responsabilidade que é criar um cidadão, nós somos o reflexo da nossa criação.
Veri, existem muitas explicações para este comportamento. A própria vida em sociedade gera essa busca pela perfeição diante das aparências e quem é que quer ter um filho menos que perfeito?
As cobranças são muitas e quem assume isso sabe o quanto de força tem que ter diante do preconceito, da indiferença e dos desrespeitos sofridos por aqueles que são “diferentes” em qualquer instância. Além disso, vejo que muitas pessoas não são realmente preparadas para ser pais e mães. Quando eu não tinha filhos, falava como você e ainda ia mais longe: não tenho filhos, mas tenho bom-senso. Sabia do risco que corria de falar isso ao não ter tido filhos mas por enquanto, tenho ido de encontro ao que sempre pensei, mesmo sendo surpreendida pela realidade da vida materna. Ninguém sabe até ser mãe, como você disse. E é verdade. Eu só vejo uma solução: criação familiar – BASE/ALICERCE. Contudo, infelizmente, ainda vejo que essa ainda é uma preocupação de poucos e continuaremos a ter muitoS filhos despreparados que serão pais despreparados PARA ENFRENTAR AS REALIDADES DA VIDA.
Minha filha, nós vemos todos os dias na tv, no jornal em revistas, os psicólogos pedindo para os pais ficarem atentos ao comportamento de seus filhos.
E quem disse q eles ficam???
Acho q desde o nascimento vc tem obrigação de acompanhar todos os passos dessa criança.
Hj em dia c/a mulher moderna fica ainda mais difícl fazer esse acompanhamento, já q saem mto cedo de casa e voltam tarde, daí as crianças acabam ficando sobre os cuidados de avós, babás e creches, e o tempo q sobra é só para o lazer, tenta fazer todas as vontades dessa criança como forma de recompensa pelo tempo q não pode lhe dar a atenção devida.
Acredito q só através do diálogo aberto entre mães e filhos, aquela mãe q entende q não basta ser mãe tem tbm q ser “ämiga” e digo amiga mesmo, como eu sempre tentei ser para os meus filhos, e ainda assim a gente é surpreendida mtas vezes, é q pode ajudar esse filho a resolver o problema.
Não pode ter medo de levá-lo ao médico, ao psicóloco, ao psiquiatra, é para o bem dele. E toda mãe, tenho certeza q quer o melhor para o seu filho.
Tenho mta pena dessas crianças, jovens e adultos q passam por esses problemas, mas tenho mto mais pena dessas mães q sofrem caladas c/uma enorme angústia em seu peito,… que pena q falta coragem à elas.
Tenho certeza q vc será uma excelente mãe!
bjinsss
Oi Veri,
Cada um de nós humanos, somos únicos, não existe no mundo ninguém igual, e só podemos responder por nós. Eu sei dizer o que se passa ou passou comigo como mãe que sou. Infelizmente nunca poderia dizer o que está guardado dentro de uma outra mulher (mãe)como eu.
Sempre é muito difícil apontar os defeitos de nossos filhos, mas…
mais que difícil, é preciso ter coragem de encará-los e tentar de todas as maneiras dar o máximo de segurança, para que possam ser pessoas melhores e mais felizes. Em qualquer idade, ser MÃE, não é fácil. Quando chegar a sua hora, com certeza vai saber como fazer, e dirá… ME AJUDE SENHOR, AGORA É A MINHA VEZ!!!
bjuss.
Veri, meu marido é psiquiatra e nós conhecemos alguns casos parecidos. Infelizmente, ainda há muito preconceito contra ficar internado em clínicas ou simplesmente procurar um médico para uma consulta. Acho que só com muitas atividades de conscientização será possível convencer as pessoas de que ir tratar da mente é tão importante quanto tratar do corpo!
Beijos
É Veri , sei bem como é isso, conheço a historia de perto.
Muitos pais não conseguem aceitar o problema dos filhos , e simplesmente ignoram , fingindo q seu filho lindo , maravilhoso , não tem nada , e quando resolvem enxergar muitas vezes é tarde demais, outros abandonam , outros internam ,mas existem os q lutam e fazem tudo pelo filho.
Sei q deve ser pirante para uma mãe , perceber q seu filho tem problemas , mas tapar o sol com a peneira só vai piorar , eles precisam de atenção , carinho e cuidados.
Trabalho com crianças ,jovens , e adultos especiais , sei o q muitos pais passam, e sei o quanto é difícil.
Eu como mãe , acho q num primeiro momento piraria se tivesse um filho com problemas , mas nunca iria fechar os olhos.
A primeira atitude , é acabar com o preconceito.
Veri, nao venho aqui há muito tempo, desculpe pelo sumiço.
Vim comentar especialmente para te dizer que nao se precupe pois muito provavelmente, você nunca terá um problemas desses.
Acredito que esses filhos ficaram assim, justamente porque suas mães não se importaram com eles quando os problemas eram pequenos e resolviveis. E se nao foram atenciosos quando era fácil, imagine numa situaçao dificil como essas.
Toda criança precisa da proteçao e atencao dos pais para crescer um adulto independente e capaz de tomar conta de si e toda fraqueza de um filho adulto, denuncia um fracasso dos pais.
Ser mae é uma coisa muito dificil, eu nunca podia imaginar como seria antes de ser. Hoje vejo como as minhas proprias dificuldades influenciam a maneira como minha filha ve o mundo. Por isso, eu digo sempre, seja honesta e trabalhe bem a cabeça pois, quanto mais solidas as bases estiverem, mais fortes serao as estruturas construidas sobre elas.
E afinal, há alguma previsao de neném?
Beijos.
Muitos destes sintomas e comportamentos podem ser observado dentro de casa, mas, há hoje tantas regras para se educar, tantas regras a serem seguindas, que muitos pais se sentem incapacitados, inviabilizados para tomarem atitudes, pois pensam estarem violando direitos garantidos em lei. Assim, muitos pais esperam que meras leis sociais sejam responsáveis por sua parte.
Muitos de nós pais, abdicamos deste controle para não ser taxado de chato, quadrado, antigo, e as vezes, não responder por algum processo, por não respeitar algum direito garantido em lei.
Na minha vida aprendi a não criticar ninguém, sou mãe mas não sou perfeita. Acho que muito desses problemas acontecem por falta de aceitação, se não aceitas o problema não existe! Depois é mesmo a vida stressante que vivemos e nos impede de dar atenção aos nossos filhos e até a nós mesmo.
Não é um problema de paternidade mas sim do modo como vivemos e como fugimos aos problemas.
Está aí uma questão interessante. Ainda que fosse verdade que todas as mães amam seus filhos instintivamente (não é), não podemos falar num “amor de mãe” padronizado, nesta pessoa que saberá identificar perfeitamente os problemas do filho e agir da melhor maneira. Mães são humanas, e as pessoas por vezes simplesmente não são capazes de, mesmo amanda alguém, ser para essa pessoa aquilo que ela precisa. Por vezes, vou te dizer, a fraqueza de fingir que um problema não existe é a maneira encontrada por alguém de não ser devorada por um problema que a apavora. É triste? Claro. Mas é inconsciente. No caso da esquizofrenia, vou te dizer, a questão é ainda mais profunda e complicada. A doença do esquizofrênico nunca é só dele, mas da família. Existem condições familiares que possibilitaram e incentivaram a doença (do ponto de vista psicanalítico). Aceitar a loucura de um filho pode ser aceitar a loucura de todos, e um fracasso, o fim de um sonho. A primeira saída então, pra muitas pessoas, é pensar que nada está acontecendo. Complicado que em meu trabalho vejo que a primeira demanda das pessoas doentes é pela família, pela mãe. O filho esquizofrênico busca uma relação que nunca teve com uma mãe no mínimo idealizada. E sua mãe real normalmente não é capaz de lidar com ele. Percebe o tamanho do problema?
Olá a todas! Tratam-se de doenças reconhecidas, que devem ser tratadas de forma séria e com acompanhamento.
Quem quiser entender um pouco mais de como funciona a anorexia (doença que atinge principalmente mulheres jovens), deixo um link – http://saude.hsw.uol.com.br/anorexia1.htm
beijos
EMS.
O gente nao vamos longe?
Ate hoje se alguem disser pra uma mae.
que seu filho tem depressao,ela nao quer que isto se espalhe?
HA NAO MEU FILHO, PSIQUIATRA? NAO A VIZINHA VAI FALAR?
O FILHO DELA VAI ZUAR O MEU.
NAO DE JEITO NEMHUM.
NAO VOU LEVA-LO EM PSIQUIATRA DE FORMA ALGUMA.
Mas e assim mesmo.
Mau sabem que com o tempo isso vai piorar?
Acho que algumas doeças psiquicas sao ereditarias.
Sou leigo no assunto.
Se alguem descordar que digam.
A propria timides acho que provocada infancia.
QUE depois na adolescencia e na faze adulta pode atrapalhar o
individuo.
Acho que isso tem que ser obsevado na crinça,para que nao a prejudique futuramente.
No mundo de hoje as pessoas sao muito individualistas,
Ninuem pergunta nada,nao se informa nada,nao que saber de nada.
Omundo hoje é . EU, SO EU,TUDO MEU.