Vivemos hoje num mundo globalizado. E a tecnologia só fez o mundo ficar menor.  Nessa de iPads,  iPhones, iPods, as pessoas cada vez mais só pensam em ter e o ser,  foi pra onde mesmo ? não, não se preocupe, isso não é um texto filosófico, não vou ficar dissertando sobre a existência humana. Mas confesso que o excesso de informação inútil e superficial anda com os dias contados pra este que vos escreve.

Até pouco tempo, acredito que nem quinze anos atrás, tudo era bem diferente. Usávamos bastante o telefone, fixo que fique bem claro, e nos víamos muito mais e, o que era melhor, com tantos assuntos pra explorar. E isso, obviamente, regado a uns bons drink como diria a filósofa do youtube Marilac.

Hoje, você vai num bar e todos os seus amigos ou a grande maioria deles senta e tira os seus mega hiper celulares e ficam trocando informações sobre os zilhões de aplicativos que baixaram, as últimas novidades da era cibernética e, aqueles como eu , que estão a margem disso, e não vai aí nem uma crítica a quem curte, ok ? Mas existem os que  não se interessam tanto, like me, ficam olhando em volta e achando tudo entediante. Será que os meus amigos sucumbiram à modernidade tecnológica e viraram uns nerds chatos? Porque vamos combinar que os nerds de hoje, estes sim têm muito assunto a explorar em matéria de tecnologia. Tão na crista da onda.

A impressão que dá é que todo mundo ficou Maria vai com as outras. Veja no facebook, por exemplo. Volta e meia tem alguma frase que sai do nada e todo mundo coloca no seu mural – “se você curtiu isso, copie e cole no seu mural “. Ai, que coisa mais jardim da infância. Os farmvilles da vida deram um tempo. Quem curte já não incomoda mais quem não curte. Ponto pra nós.  Mas o ciclo acaba reiniciando novamente.

E o tal do foursquare ? Eu queria entender porque é tão interessante que todos saibam onde você se encontra. Claro, tem momentos que você quer mais é que alguém saiba onde você se encontra,  eu disse ALGUÉM, mas aí é uma situação diferente, tem propósito na situação, mas na maioria das vezes é de uma carência isso.

E quando você manda um vídeo que tem mais de 3 minutos do youtube. Raro são os que se dispõem a ver e a comentar. Demora muito tempo, entendo. E do twitter eu não vou nem falar, porque aí é um festival do nada com lugar nenhum que se escreve ali.

Acho que se usamos estas ferramentas pra divulgar coisas interessantes, divulgar nossos trabalhos profissionais, nos comunicar com nossos amigos ( digo amigos de verdade, não os 756 amigos que você  finge que são seus amigos de verdade), tudo bem. Acho até que temos que falar besteira nestas mídias sim, escrever o que estamos sentindo, compartilhar, não vejo o menor problema nisso, sem radicalismos, please, mas o que se vê na maior parte do tempo são superficialidades sem tamanho.

Talvez seja eu, ok. Me desculpem. E que pra mim que está começando a fazer o caminho inverso, se distanciar disso tem sido cada vez mais fácil. Agora, não sei se deixando estas ferramentas poderosas de lado os meus amigos vão ter saco pra passar a mão no telefone e me ligar, mas tudo bem, por hora um bom email ainda fará toda a diferença.

By Veri Serpa Frullani

Veri Serpa Frullani, brasileira, mãe e esposa, atualmente vive em Dubai, já morou em Nova York, São Paulo e Rio de Janeiro. Bacharel em Turismo, produtora multimída, escritora, designer de acessórios, também é editora do Portal Vida Adulta, do Geek Chic e do Firma Produções. Já editou os extintos Brazilians Abroad e Comida Brasileira. Veri Serpa Frullani tem presença e influência na internet desde 1999, já foi colaboradora de vários projetos e sites, entre eles TechTudo, Digital Drops, Olhar Digital e dos extintos Nossa Via e Deusario.

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