A Osteoporose é uma doença silenciosa, que acomete uma em cada quatro mulheres na pós-menopausa – já que o osso se ressente da falta de hormônios femininos, que caem neste período – , e um em cada sete homens com mais de 70 anos. A doença causa fraturas que costumam acontecer espontaneamente, ou em atividades do dia a dia.
As fraturas derivadas de quedas causadas por um escorregão, uma virada de pé, ou um tropeço são consideradas fraturas osteoporóticas, pois um esqueleto normal não se deve lesionar com este tipo de trauma.
As fraturas osteoporóticas que costumam aparecer mais cedo na vida da mulher são as de punho, que já devem alertar para a presença da doença. Além destas, as mais graves são as de vértebras e de quadril (colo de fêmur), mas também podem acontecer no braço (úmero) e costelas. Além disto, as fraturas podem chegar ao extremo de serem espontâneas.
Segundo a Dra. Marise Lazaretti Castro, especialista da Regional São Paulo da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM-SP) outros fatores podem agravar a situação, como uma ingestão pobre de alimentos com cálcio, baixos níveis de Vitamina D, o tabagismo, além do sedentarismo.
Alguns medicamentos também podem ser bastante prejudiciais aos ossos, e o maior exemplo são os corticoides. Os homens também podem sofrer de Osteoporose, mas em uma frequência menor e, em geral, mais tardiamente na vida.
O exame utilizado para detectar mais precocemente o risco de Osteoporose é a Densitometria Óssea, que deve ser realizada por todas as mulheres com mais de 65 anos, e por todos os homens com mais de 70 anos de idade.
Um estudo americano datado de 2015 indica que o custo das internações de mulheres com fratura óssea foi maior que o infarto do miocárdio e do câncer de mama juntos. No ano passado, os EUA tiveram um custo de US$ 18 bilhões com a doença, cálculo que deve duplicar até 2025 segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde).
Na Europa, um revelou que 40% das mulheres brancas têm osteoporose. A população do Norte da Europa é mais afetada do que as pessoas que vivem na região da Itália, Espanha e Portugal, devido à influência de outros fatores, entre eles, o sol. No Brasil, esse número é menor, pelo fato de a população ser mista.
Cerca de 25 a 30% de pacientes com fratura de fêmur são levados ao óbito. Dos que sobrevivem à fratura, metade torna-se dependente de ajuda, o que interfere na qualidade de vida, além de sofrer com dores, perda da estatura, diminuição da capacidade motora e graves consequências na qualidade de vida.
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