Nessa época do ano quando as pessoas sentem a necessidade de se refrescar, curtindo uma piscina, praia, bebendo bebidas geladas, comendo sorvete, alguns cuidados importantes devem ser tomados para que os excessos não comprometam a saúde, especialmente do ouvido, do nariz e da garganta. De acordo com a médica otorrinolaringologista e especialista em Otoneurologia, Dra. Jeanne Oiticica, o clima quente do verão favorece especialmente o surgimento das otites, devido a dois principais fatores: as pessoas ficam mais expostas em frequência e exposição à água (piscina, praia, sauna, rios, lagos), e porque o calor dilata os vasos sanguíneos, favorece o suor e a umidade, fatores que deixam a pele do ouvido mais quente, úmida e molhada, o que contribui para a proliferação de microorganismos (bactérias, fungos, vírus) causadores de otites.
Confira algumas dicas importantes da especialista:
– Ao nadar cuidados para evitar a Otite – para quem estiver em contato com água e mergulhar diariamente ou para aqueles que fazem isto em períodos específicos do ano (férias, verão, piscina, praia) é recomendado usar um líquido secante no ouvido, é preciso que o médico otorrinolaringologista faça a prescrição de fórmula secante na apresentação de gotas para pingar nos ouvidos. O uso de tampão de ouvido, ideal é que seja confeccionado sob medida, também é importante para evitar a otite. Para ser confeccionado uma fonoaudióloga tira o molde ou o decalque do canal do ouvido da pessoa, e um protetista confecciona o molde preferencialmente sob medida, pois é mais eficiente, consegue vedar completamente o canal do ouvido e impedir a entrada de água. Isto, em geral, costuma ser recomendado para pessoas expostas regularmente à água (nadadores, profissionais de natação), àquelas predispostas a otites de repetição ou crônica, e ou aqueles com perfuração da membrana timpânica do ouvido.
– Sorvete e bebidas geladas – em alguns casos causam “vasoconstricção” – contração dos vasos sanguíneos – na mucosa da garganta reduzindo a circulação local de sangue e a produção de secreções da garganta, por exemplo, de saliva, que é rica em anticorpos. Portanto, se a imunidade já está comprometida, ou se a pessoa possui algum tipo de predisposição individual a ter infecções recorrentes de garganta, alimentos e bebidas gelados facilitam as chances de infecções de garganta.
– Ar condicionado – pode prejudicar a garganta já que o principal efeito é que promover o ressecamento do ar e consequentemente da mucosa da garganta. Isto reduz a produção local de secreções, ricas em anticorpos, o que torna a mucosa da garganta susceptível e predisposta ao ataque de microorganismos.
– Cloro da piscina – pode ser prejudicial às vias respiratórias, o cloro é um irritante da mucosa das vias respiratórias capaz de sensibilizar o aparecimento de crises de rinite, bronquite, asma em pessoas susceptíveis e predispostas. O uso regular de piscinas tratadas com cloro e o contato prolongado aumentam em até três vezes as chances de crises respiratórias.