Escaneamento do cérebro revelou que viver uma vida sem arrependimentos pode ser a chave para envelhecer bem, os cientistas acreditam que ter conhecimento sobre isso pode ajudar os jovens a fazerem melhores escolhas. Como uma segunda chance diminui à medida que envelhecemos, os benefícios de ponderar sobre como algo poderia ter sido, uma situação resolvida, uma atitude vivida, etc., também diminuem com a idade.
Os pesquisadores analisaram imagens do cérebro de três grupos de pessoas – jovens com média de 25 anos, idosos deprimidos e idosos saudáveis, ambos com média de 65 anos, com o intuito de analisar se “deixar para lá as lamentações e pesares” podia realmente estar relacionado com a saúde emocional na velhice.
Esses voluntários jogaram um jogo de computador onde abriram uma série de caixas que, de forma aleatória, ou apresentavam a imagem de dinheiro ou do desenho de um diabo, que no final do exercício fazia com que os jogadores perdessem todo o dinheiro que tinham ganhado até aquele ponto. Depois de abrir cada caixa, os voluntários poderiam decidir se paravam ou prosseguiam. Após cada rodada, todas as caixas eram abertas, revelando o quão longe os jogadores poderiam ter continuado jogando com segurança.
Quando os jovens e os idosos deprimidos descobriam que haviam perdido chances para coletar mais dinheiro, arriscavam mais nas rodadas seguintes, embora a natureza aleatória do jogo significava que não havia razão para levar em conta as rodadas anteriores. No entanto, idosos saudáveis não mudavam o comportamento.
Parece ser essencial para o nosso bem-estar emocional se adaptar às novas exigências da vida, quando estamos mais velhos, ou seja, não olhar para trás com raiva e focar no positivo.
Além disso, o escaneamento do cérebro revelou que a atividade de uma região do cérebro chamada estriado ventral, que está ligada com a sensação de pesar e também de dependência, e no córtex cingulado anterior, associado às emoções, foi similar entre os jovens e os idosos deprimidos. Em contraste, os idosos saudáveis mostraram diferentes padrões na atividade cerebral que sugeriu que eles sentiram menos arrependimento e tiveram as emoções regulamentadas de forma mais eficaz.
A maioria dos idosos saudáveis mostraram uma visão positiva sobre a vida e mostraram-se relaxados quanto ao passado, sem arrependimentos e lamentações.
Os pesquisadores sugerem que idosos saudáveis podem empregar estratégias mentais úteis para evitar o arrependimento, como lembrando-se que os resultados do jogo foram ao acaso. Em contraste, os idosos deprimidos podem culpar a si mesmos pelo resultado. Sendo assim, pode ser possível treinar as pessoas para usar essas estratégias mentais e ajudar a preservar a saúde emocional na velhice.
Seria interessante saber exatamente em qual época em que o desapego de arrependimentos torna-se mais benéfico, assim como também seria interessante saber se há pessoas com mais chance de se adaptar à idade, além de ser provável que os traços de personalidade e experiências ao longo da vida desempenhem um papel fundamental nesse processo.
Após ler sobre o assunto e refletir, noto que realmente os idosos mais ranzinzas são mais infelizes, implicam com tudo, não aproveitam nada e muitas vezes acabam adoecendo mais.
De qualquer forma essa informação é excelente para nós de 30&Alguns e de qualquer outra faixa etária, se nos lembrarmos disso daqui alguns anos, talvez consigamos alcançar uma velhice mais feliz e desapegada do passado. #ficaadica
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