Em 2009, apenas nos EUA, as mulheres gastaram 964 milhões de dólares em cirurgias plásticas nos seios, o câncer de mama foi um fator importante, a incidência da doença aumentou de 105 para cada 100 mil mulheres em 1975 para 125 para cada 100 mil atualmente (embora tenha atingido 141 para cada 100 mil mulheres em 1999), e a taxa de sobrevivência aumentou: 75% das mulheres diagnosticadas em 1975 viveram pelo menos mais cinco anos, em comparação com 90% hoje em dia.

Mais mulheres vivem mais anos após a realização de uma tumorectomia ou mastectomia, e a maioria destas mulheres, deseja ter algo que se assemelhe ao(s) seio(s) que tinha antes da realização do procedimento.

No entanto, nos EUA, apenas 30% das mulheres que enfrentam a mastectomia passam por uma consulta com um cirurgião plástico, e apenas 25% das mulheres que perdem um seio na batalha contra o câncer de mama conseguem obter um seio novo. (Em 2009, foram realizadas nos EUA 86.424 reconstruções da mama).

Atualmente também há uma demanda crescente de mulheres jovens que optam por realizar a mastectomia bilateral profilática, após testar positivo para mutações em genes conhecidos como BRCA1 e BRCA2, que aumentam o risco de câncer de mama por um fator de cinco em relação as mulheres sem a mutação, com a retirada do seio, há um ganho substancial na expectativa de vida. Outros mulheres, ainda quando são diagnosticadas com câncer em uma mama, fazem uma mastectomia e decidem remover também o seio saudável.

Em um estudo realizado em 2009 nos EUA e publicado no Annals of Surgical Oncology por pesquisadores liderado pelo oncologista cirúrgico Todd Tuttle, da Universidade de Minnesota, com mulheres submetidas a todas as formas de cirurgia relacionadas ao câncer de mama, 29% optaram pela mastectomia profilática contralateral (mulheres que tiveram câncer em uma das mamas mas decidiram retirar as duas mamas).

Entre os pacientes que realizaram apenas a mastectomia, ou seja, excluindo aquelas que tiveram uma lumpectomia (remoção apenas do nódulo mamário e uma margem adjacente de tecido normal) ou outras cirurgias conservadoras da mama, apesar da taxa de 56% que optam por retirar tanto o seio bom como o mau, estudos não encontraram nenhuma vantagem de sobrevivência na remoção da mama sadia.

Mais jovens e as mulheres mais instruídas são as que escolhem esse caminho e apesar das melhorias nos implantes de silicone, eles ainda estão vulneráveis a rupturas e eventualmente precisam ser substituídos. Além do mais, a inserção de um único implante após a cirurgia de câncer pode deixar uma mulher assimétrica.

Aí que entra a engenharia de tecidos e um novo tipo de célula-tronco que pode ajudar o corpo a se reconstruir, segundo Chris Calhoun, 44 anos, CEO da empresa de biotecnologia Cytori Therapeutics com base em San Diego e sua equipe de cientistas que estão pesquisando nos últimos 8 anos em uma descoberta na engenharia de tecidos, um processo que poderia muito bem ser um dos avanços médicos mais importante do século XXI: o uso de células-tronco adiposas, especificamente com células-tronco enriquecida (gordura) do tecido para melhorar, curar e reconstruir órgãos lesados ou danificados.

Durante as pesquisas, várias mulheres foram analisadas, Calhoun e sua equipe perceberam que, para essas mulheres que tinham o corpo deformado por mastectomias, havia uma enorme necessidade de uma mudança disruptiva nas tecnologias utilizadas para a reconstrução das mesmas, vítimas de câncer de mama que tiveram os seios mutilados pela cirurgia, bem como mulheres que estão simplesmente infelizes com seus seios naturais, podem agora “crescer” um par novo e melhorado, com matéria-prima colhida a partir de sua própria gordura corporal.

O plano da empresa é também a introdução de células-tronco para o mercado em massa, com base em quase uma década de estudos realizados pela Cytori e seus parceiros acadêmicos em células, ratos de laboratório, e agora em humanos, eles acreditam que suas células podem tratar da flacidez nos órgãos . Alguns exemplos são:

  • doença crônica do coração – em estudos humanos lançado em maio, as células deram melhoria na capacidade aeróbica dos pacientes e o tamanho do infarto (tecido morto por falta de sangue).
  • ataque cardíaco – um ensaio clínico em humanos, relatou em maio, que as células aumentaram a oferta de sangue ao músculo cardíaco danificado e o volume de sangue que o coração bombeava.
  • lesão renal, como resultado da terapia do câncer – em recentes estudos com ratos, as células ajudaram na melhora da função renal.
  • incontinência após prostatectomia – estudo recente relatou que 12 semanas após a injeção, as células tinham diminuído em 89% a quantidade de urina em voluntários do sexo masculino.

Se Calhoun e seus cientistas tiverem sucesso, então estarão trazendo a realidade o que médicos visionários têm sonhado há décadas: a medicina regenerativa.

Via: Wired

Aos 30&Alguns informo que desde 2008 várias blogueiras, lideradas pela Sam Shiraishi do blog A Vida Como a Vida Quer, participam da blogagem coletiva para o dia do lançamento oficial da campanha Outubro Rosa da FEMAMA (Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama) , esse ano por diversos motivos, acabei não publicando o texto na mesma data do grupo, então aproveito essa semana, a última semana do mês de outubro, o Mês Mundial do Combate ao Câncer de Mama, para trazer informações relacionadas sobre o tema.

Desde 2007 que toco em assuntos relacionados a diferentes tipos de câncer, inclusive por já ter perdido uma pessoa muito próxima ao câncer de mama e por ter outros entes queridos lutado contra a doença.

Abaixo, você pode reler alguns textos que já foram publicados:

  • Cancêr de Mama: Mamografia digital gratuita
  • Outubro: mês mundial de conscientização sobre câncer de mama
  • Informações sobre mastectomia – Dia Internacional da Mulher
  • Outubro Rosa: mês mundial na luta contra o câncer de mama
  • Câncer e os Direitos do Paciente
  • Bebidas efervescentes aumentam risco de câncer do pâncreas
  • Transplante de Medula Óssea : a blogosfera unida
  • Dia nacional de combate ao câncer
  • Crianças, Saúde e O Dia Mundial do Câncer
  • Tratamento do Linfoma no SUS: não vamos deixar esse assunto morrer
  • Vídeo da semana: Se Toque contra o Câncer de Mama
  • Você conhece os tipos de doações que podem ser feitas para o INCA?
  • Efeitos positivos da prática de exercícios físicos moderados na prevenção e tratamento do câncer

By Veri Serpa Frullani

Veri Serpa Frullani, brasileira, mãe e esposa, atualmente vive em Dubai, já morou em Nova York, São Paulo e Rio de Janeiro. Bacharel em Turismo, produtora multimída, escritora, designer de acessórios, também é editora do Portal Vida Adulta, do Geek Chic e do Firma Produções. Já editou os extintos Brazilians Abroad e Comida Brasileira. Veri Serpa Frullani tem presença e influência na internet desde 1999, já foi colaboradora de vários projetos e sites, entre eles TechTudo, Digital Drops, Olhar Digital e dos extintos Nossa Via e Deusario.

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