Essa semana fui convidada para participar do #protestomaterno – Protestomaterno Mães unidas por um Brasil melhor, criado por mães blogueiras no facebook, onde a descrição era “Somos mães e somos informadas e engajadas!!! Queremos um país melhor para os nossos filhos e participamos desse momento histórico que o Brasil vive.”

No primeiro momento quando fui convidada, fiquei muito empolgada para escrever sobre as mudanças que estavam ocorrendo e o futuro novo que estaria surgindo no nosso país, ontem a noite, assistindo as imagens pela tv, lendo os relatos de amigos no facebook, localizados nas mais diferentes cidades, fiquei pensando sobre o que escrever hoje nesse protesto.

Como semana passada passei um susto com o meu filho ao levá-lo ao hospital, acreditando ser uma simples gripe e escutar do médico que poderia ser meningite e ficar durante horas no isolamento fazendo uma série de exames, não consigo parar de pensar nas mães que ao escutar do médico o possível diagnóstico não terem acesso aos exames, e esse pensamento tem me acompanhado desde então. Graças a Deus, não era nada grave, mas aquelas horas em que fiquei ali do lado dele, agradecia por ter acesso a médicos, medicamentos, exames…

O meu #protestomaterno é para um país mais justo, onde o cidadão seja verdadeiramente valorizado, que receba boa educação, tenha acesso a bons hospitais e medicamentos, que não passe fome, que mulheres tenham acesso a informações sobre prevenção de gravidez, de terem ou não seus filhos, de fazerem a laqueadura de trompas quando bem entenderem (conheço mulheres que tiveram o pedido negado), de saberem educar os filhos, de amamentarem e de ajudarem o mundo formando pessoas de bem, com capacidade de discernimento entre o certo e o errado, onde começa e termina os seus direitos em detrimento dos direitos dos outros cidadãos.

Tenho consciência que a minha revolta com a situação do Brasil no momento é infinitamente menor do que dos pais que não conseguem atendimento médico, das famílias que tem seus parentes deitados  em corredores hospitalares, cujos parentes morrem por falta de atendimento, medicamento ou aparelhos para realizarem exames. O meu #protestomaterno é por um Brasil melhor, mais justo e digno de se viver e sinceramente espero que um dia o Adriano consiga viver nesse Brasil.

By Veri Serpa Frullani

Veri Serpa Frullani, brasileira, mãe e esposa, atualmente vive em Dubai, já morou em Nova York, São Paulo e Rio de Janeiro. Bacharel em Turismo, produtora multimída, escritora, designer de acessórios, também é editora do Portal Vida Adulta, do Geek Chic e do Firma Produções. Já editou os extintos Brazilians Abroad e Comida Brasileira. Veri Serpa Frullani tem presença e influência na internet desde 1999, já foi colaboradora de vários projetos e sites, entre eles TechTudo, Digital Drops, Olhar Digital e dos extintos Nossa Via e Deusario.

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