Tenho reparado ultimamente o quanto somos preconceituosos, provavelmente você que está lendo, meus amigos, seus amigos, eu … por mais que a gente faça boas ações, tente ajudar o próximo sempre nos deparamos com um preconceito que já está tão ligado a nossa cultura que nem percebemos. Principalmente por acreditarmos piamente que somos o povo da miscigenação, um povo alegre, amigo, festeiro.
O preconceito está em nossa vida diariamente, um exemplo simples e banal, muitas vezes quando nós mulheres vestimos uma camisetinha de alça fina, e o sutiã aparece em baixo, logo dizemos ou alguém nos diz que estamos “parecendo uma empregadinha” – olha o preconceito aí.
Quando estamos mal vestidos é comum escutar “você está parecendo um paraíba”, outra forma de preconceito.
É super comum dizer que segunda-feira é dia de branco, partindo do presuposto que apenas brancos trabalham, esquecendo que o nosso país foi erguido através do suor de diferentes raças.
A moça que trabalha conosco, poucos dias atrás trouxe o seu filho para uma festa, e duas das convidadas, tentando elogiar o filho disseram:
– “Ele é tão bonito que não parece seu filho”.
O preconceito está explícito aí.
Outro dia também escutei:
– “imagina, índio com computador, isso não é índio”.
Outro preconceito, o índio tem que usar cocar e viver na oca para ser índio?
E assim vai, diariamente escutamos ou ajudamos a propagar o preconceito e nem mesmo percebemos.
Enquanto o nosso povo como um todo não respeitar de verdade o próximo com suas diferenças, continuaremos tendo o problema do desrespeito que é tão corriqueiro no nosso dia a dia.
Afinal somos todos iguais ou não somos?