Por não causar dor, os vasinhos são considerados um problema estético, mas precisam ser acompanhados por um angiologista ou um cirurgião vascular
As telangiectasias, conhecidas popularmente por aranhas vasculares, ou simplesmente vasinhos, podem ser muito incômodas. Elas são capilares – os menores tipos de vasos sanguíneos do corpo humano – e ficam localizadas superficialmente na pele. Podem surgir em qualquer lugar do corpo, como pernas, braços e até mesmo no rosto, em tons arroxeados ou vermelhos. Normalmente, esses vasinhos não causam dor, por isso são considerados um problema puramente estético. Entretanto, é superimportante que sejam acompanhados por um angiologista ou um cirurgião vascular.
A cirurgiã vascular e membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular da Bahia (SBACV-BA), Cristiane Antequeira Maran, explica que até 15% das pessoas que têm vasinhos procuram ajuda médica, principalmente pela piora na aparência. Entretanto, o seu surgimento deve ser investigado. “As causas das telangiectasias são genéticas, hormonais – gestação, anticoncepcionais – ou por permanecer longos períodos em pé. Lesões em outros órgãos podem gerar vasinhos no tórax e abdômen, mas não nos membros inferiores”, afirma.
Existem diversos tratamentos para vasinhos no mercado estético. Porém, o mais indicado é que sejam realizados pela especialidade vascular, uma vez que a sua avaliação deve ser aprofundada, baseada no histórico de saúde e até mesmo na cor da pele. Quando avaliados superficialmente, o paciente pode receber um tratamento inadequado para o seu caso e levar à piora do quadro.
A Escleroterapia é um dos procedimentos mais comuns para o tratamento de vasinhos. São três modalidades diferentes: Escleroterapia de espuma, realizada com um agente detergente; a de glicose, que utiliza um agente hipertônico; e, por último, o procedimento também pode ser feito a laser. Alguns casos são tratados com radiofrequência e até mesmo procedimentos cirúrgicos. “Qualquer lugar dos membros inferiores pode ser tratado com Escleroterapia. As particularidades da indicação do uso da medicação a ser escolhida pelo médico e do tamanho do vaso poderão variar de acordo com a região”, esclarece a Dra. Maran.
Algumas áreas menores e mais delicadas pedem o tratamento a laser. Esse é o caso dos vasinhos que surgem no rosto, principalmente ao redor dos olhos, causando olheiras. Já os que aparecem no tórax e abdómen pedem uma investigação aprofundada de sua causa, uma vez que podem indicar algum problema hepático. Ou seja, para um tratamento eficiente, é necessário que seja cuidado desde a sua origem.
Depois da realização dos procedimentos é necessário manter alguns hábitos para evitar que o problema volte. O uso de meias elásticas, por exemplo, e de cremes específicos indicados pelo médico, além de evitar a exposição ao sol nas semanas seguintes à terapêutica.