Lendo o blog Gizmodiva que é sobre gadgets voltados para mulheres, acabei chegando no artigo do Daily Mail – “Women are more unhappy  despite 40 years of feminism, claims study” (As mulheres estão mais infelizes apesar de 40 anos de feminismo, afirmam os estudos), uma matéria sobre um novo estudo realizado pela empresa inglesa Marks & Spence que chegou a conclusão que as mulheres inglesas estão mais infelizes apesar dos 40 anos de feminismo, de terem  mais oportunidades, ainda estão com a baixo senso de bem-estar e satisfação de vida, independente da idade e de estarem casadas ou solteiras, com ou sem filhos.

Segundo Sir Stuart Rose, apesar de ocuparem cargos em todas as esferas, como piloto de avião-caça, astronautas, médicas, mineradoras, dentistas, diretoras, entre tantos outros e mesmo a maternidade não atrapalhando os planos de carreira, as mulheres continuam infelizes.

Já a doutora Dr Katherine Rake da Fawcett Society, que luta pela igualdade entre mulheres e homens, ainda há em muitas empresas falta de flexibilidade de horários para as mulheres poderem conciliar o trabalho fora de casa com o trabalho doméstico.

Um estudo conduzido pelo  US National Bureau of Economic Research apontou que na era pós-guerra as mulheres eram mais felizes que os homens e atualmente a diferença é nula.Em 12 países europeus a felicidade das mulheres caiu relativamente se comparada a dos homens, segundo os autores do estudo, Betsey Stevenson e Justin Wolfers da Universidade da Pensilvânia, o resultado pode se dar ao fato das mulheres atualmente serem mais diretas e objetivas em relação aos seus sentimentos.

Siobhan Freegard, fundadora do website Netmums, realizou uma pesquisa com leitoras do website e descobriu que os níveis de depressão pós-parto (melancolia da maternidade) aumentaram muito se comparados há 30 anos.

Muitos indicam que a vontade de ter tudo, está causando estado de tristeza e melancolia em um grupo cada vez maior de mulheres, que tem que conciliar a carreira, a vida matrimonial – quando se tem uma – ou a busca por um parceiro, tudo isso além dos trabalhos domésticos e da criação dos filhos.

As mulheres lutaram tanto para alcançarem os mesmos direitos que os homens, porém os salários entre homens e mulheres continuam sendo diferentes, segundo a Confederação Internacional dos Sindicatos (ICFTU) o Brasil é o país com a maior diferença salarial entre homens e mulheres, das que participaram da pesquisa em 24 países,  ganham em média 22% a menos que do eles, já no Brasil a diferença fica em 34%.

Aos 30&Alguns, eu pergunto o que vocês acham desses dados, o que deve mudar e como conseguiremos ter mulheres conciliando a dupla jornada de trabalho, tendo seus direitos garantidos e recebendo salários dignos? Por que se elas recebem menos pelo trabalho que fazem, quem paga concorda com isso e como essa situação pode mudar?


By Veri Serpa Frullani

Veri Serpa Frullani, brasileira, mãe e esposa, atualmente vive em Dubai, já morou em Nova York, São Paulo e Rio de Janeiro. Bacharel em Turismo, produtora multimída, escritora, designer de acessórios, também é editora do Portal Vida Adulta, do Geek Chic e do Firma Produções. Já editou os extintos Brazilians Abroad e Comida Brasileira. Veri Serpa Frullani tem presença e influência na internet desde 1999, já foi colaboradora de vários projetos e sites, entre eles TechTudo, Digital Drops, Olhar Digital e dos extintos Nossa Via e Deusario.

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