Vacinas protegem contra doenças responsáveis por mais de 270 mil internações do público idoso
Uma das principais causas de internações e mortes em idosos são as doenças pneumocócicas como a bronquite, meningite e, principalmente, a pneumonia. Segundo estudo publicado na revista Value in Health, em junho de 2021, cerca de 272 mil internações e mais de 71 mortes de pessoas com mais de 60 anos no Brasil são causadas anualmente por essas doenças, que podem ser evitadas se o paciente seguir à risca o calendário de vacinação.
“Ainda existe uma cultura de se vacinar apenas crianças, no entanto, os adultos também precisam ficar atentos à imunização”, explica a Dra. Maria Isabel de Moraes Pinto, especialista em vacinas do Delboni Medicina Diagnóstica, marca pertencente à Dasa, a maior rede de saúde integrada do país.
De acordo com a especialista, manter as vacinas em dia também deve ser uma preocupação do público acima de 60 anos. “Nosso sistema imunológico perde a força com o passar dos anos. Além disso, os idosos correm mais risco de desenvolver sequelas após internações por essas doenças e as vacinas são primordiais para reduzir essas chances”, afirma.
Para conscientizar e informar a população neste Dia Mundial do Idoso (1º), a médica apresenta as principais vacinas que toda população acima de 60 anos deve tomar. Vale lembrar que todas estão disponíveis nas unidades do Delboni:
Influenza
A vacina contra a gripe protege o paciente da infecção causada pelo vírus influenza. A doença apresenta sintomas respiratórios e pode ter consequências graves no público acima de 55 anos.
Pneumocócica
A vacina pneumocócica 23 (Pn23) e a vacina pneumocócica 13 (Pn13) são as duas vacinas contra o pneumococo indicadas para o público adulto. Elas protegem o organismo contra diferentes doenças causadas pelo pneumococo, desde as mais leves, como a otite, até as mais graves, como a pneumonia, a meningite e a sepse. Para o público acima de 60 anos, a Pn13 e a Pn23 devem ser aplicadas rotineiramente num esquema sequencial que começa idealmente com a Pn13 e se completa com a Pn23.
Febre Amarela
A febre amarela é uma doença viral aguda, podendo causar febre hemorrágica e até a morte. A indicação é que ela seja aplicada na população que vive em regiões de risco e para aqueles que vão viajar a locais com incidência da doença. Para os idosos, é necessário pedido médico para aplicação.
Herpes Zóster
O herpes zóster, causado pelo herpesvírus humano tipo 3, é comum na população acima de 60 anos justamente por causa da queda da imunidade ao vírus nessa faixa etária. Maiores de 50 anos devem tomar a vacina rotineiramente. A partir de 2022 temos disponível em nossos laboratórios a vacina zóster recombinante, que é inativada e apresenta uma eficácia de 91%.
Tríplice Viral
A vacina tríplice viral previne o sarampo, a caxumba e a rubéola, doenças que podem causar complicações graves em idosos com o sistema imunológico comprometido. A tríplice viral é indicada na infância, no entanto, ainda há muitos adultos que não tomaram – nesse caso, ela pode ser aplicada em qualquer momento da vida. Pessoas acima de 60 anos não precisam habitualmente receber a tríplice viral pois já tiveram sarampo, caxumba e rubéola quando crianças.
Tríplice Bacteriana
Difteria, tétano e coqueluche (dTpa) são os alvos da vacina tríplice bacteriana. São doenças graves e que podem causar sequelas permanentes se não forem tratadas. Para o público idoso que já tomou na infância, é importante realizar reforços a cada 10 anos. Outra situação em que se recomenda a dTpa, mesmo antes dos 10 anos de intervalo, é no caso de pessoas que entrarão em contato próximo de recém-nascidos, de modo a impedir a transmissão da coqueluche, num esquema que é conhecido como estratégia casulo.
Hepatite B
A hepatite B é uma infecção que pode evoluir para doença crônica, cirrose e carcinoma de fígado. Por isso, a vacina hepatite B é recomendada desde recém-nascidos até idosos.
Doutora Maria Isabel enfatiza que, além de manter as vacinas em dia, é importante seguir uma rotina de saúde, com visitas anuais ao médico. “Muitas doenças podem ser diagnosticadas precocemente, possibilitando assim um tratamento menos agressivo e com mais chances de cura”, finaliza.