Ontem li essa frase no Facebook, no post de um amigo, que indagava se era verdade que pai e filho foram espancados por estarem abraçados em uma feira agropecuária em São joão da Boa Vista (SP) e serem confundidos com um casal gay. (matéria aqui)

Tanto a frase que dá título a esse post, quanto o fato descrito acima, me remetem ao pastor luterano alemão,  Gustav Friedrich Niemmoller que disse o seguinte sobre o nazismo “Primeiro levaram os comunistas, eu não protestei porque não era comunista. Depois levaram os judeus, eu não protestei porque não era judeu. Em seguida, levaram os católicos, eu não protestei porque não era católico. Por fim, vieram me levar, e não havia mais ninguém para protestar.”

Os GLBTS estão lutando para tornar a homofobia crime, e é comum as pessoas simpatizarem com a luta e nada fazerem para pressionar o governo, então aos 30&Alguns eu me pergunto se será preciso os homens brasileiros terem que ter cuidado ao abraçarem seus pais, amigos, parentes do sexo masculino, não apenas no dia dos pais, mas em qualquer dia do ano, para não serem espancados e aí então, nós como sociedade lutaremos pelo fim da homofobia?

By Veri Serpa Frullani

Veri Serpa Frullani, brasileira, mãe e esposa, atualmente vive em Dubai, já morou em Nova York, São Paulo e Rio de Janeiro. Bacharel em Turismo, produtora multimída, escritora, designer de acessórios, também é editora do Portal Vida Adulta, do Geek Chic e do Firma Produções. Já editou os extintos Brazilians Abroad e Comida Brasileira. Veri Serpa Frullani tem presença e influência na internet desde 1999, já foi colaboradora de vários projetos e sites, entre eles TechTudo, Digital Drops, Olhar Digital e dos extintos Nossa Via e Deusario.

7 thoughts on ““Cuidado ao abraçar o seu pai no dia dos pais””
  1. Na minha opinião Veri, não é uma questão só de preconceito e homofobica, é impunidade. Você pode ver nas reportagens posterior ao fato, e te garanto isto, se farão de tudo para provar que teve apenas briga, que não teve homofobia, e você sabe por que.

    – Pai e filho, sabem que agravarão a situação se provar que foi por homofobia.
    – Os agressores sabem que se provarem que foi briga, nada acontecerá.

    A que ponto chegamos? Temos que calçar nossas denuncias com argumentos do tipo:

    – Agressão a mulher: Maria da Penha;
    – Agressão a criança: Estatuto do Adolescente;
    – Agressão ao idoso: Estatuto do Idoso;
    – Agressão no Estádio: Estatuto do Torcedor…

    ou seja, estamos permitindo criar uma sociedade com várias leis, vários estatutos que estão aos poucos inutilizando o texto constitucional que todos somos iguais, e que em caso de crimes: codigo penal, código civil.

    Agrediu? Teve lesão. Foi com dolo. Foi culposo. Não importa o motivo Dura led, sede lex.

  2. Veri, no dia em que a noticia foi veiculada, comentei com Luciana Guimarães Betenson que quando eu era adolescente fui agredida verbalmente algumas vezes na rua por estar de mãos dadas com minha mãe (que está aqui http://www.facebook.com/pr​ofile.php?id=1000022867287​57 e é bem diferente de mim mesmo). Foi sempre traumático, mas felizmente nunca fomos de fato agredidas fisicamente. No entanto, a coisa é muito mais comum do que parece.

  3. Ah, aviso: vc viu que a imagem do selo está com letras trocadas na palavra inclusão?

  4. Eu não entendo isso…

    Ficam dando porradas em pessoas q não estão incomodando ninguém; é uma opção pessoal, e, no entanto quem faz opção de “fud$%” os outros , c/o perdão da palavra, como é o caso dos nossos políticos, ninguém agride, nem com palavras nem c/atos.
    Prá mim já deu, eta paizinho de mer#$.
    Não aguentei…falei!

  5. Adão concordo com você, “a lei [é] dura, porém [é] a lei”, o problema no nosso país é inpunidade, e a cada dia que passa criam mais leis e não muda nada, porque a inpunidade reina ….

    Sam a verdade é que no nosso país “tentamos” vender a imagem do país miscigenado e que tudo aceita e no fundo sabemos que não é bem assim, muito pelo contrário, “somos” uma população cheia de pré-conceitos enraizados na nossa cultura, tanto de credo, como raça, religião e opção sexual.
    Não tinha reparado que a palavra estava incorreta no selo.

    Denise entendo a sua revolta, mas peço para moderar os palavrões quando for comentar no blog 🙁

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