desenharNos primeiros anos, as garatujas devem ser estimuladas

Nos primeiros anos, as garatujas devem ser estimuladas

Basta dar um lápis de cor e um papel para uma criança, que ela vai desenhar. Riscos e traços sem muita definição, que parecem não fazer muito sentido, mas que possuem um nome: Garatujas. Isso mesmo, todo desenho rudimentar, sem forma e com poucos detalhes, possui esse nome. Apesar de parecer não fazer sentido algum, essa prática pode ser importantíssima para que a criança desenvolva sua criatividade.

Se à primeira vista as garatujas não demonstram um sentido claro, elas se relacionam com uma curiosidade infantil em compreender e ocupar espaços. “Significam um primeiro passo para o desenvolvimento da habilidade de desenhar e escrever. O simples fato de explorar materiais e suportes como lápis e papel, por exemplo, é um ato significativo para a criança, uma vez que ela testa sua capacidade de imprimir suas marcas pessoais”, explica a diretora do Colégio Presbiteriano Mackenzie (UPM), unidade Tamboré, Vera Mendes.

Por isso, incentivar e apoiar os primeiros rabiscos infantis é importante, pois representa um crescimento cognitivo da criança, em direção a passos maiores, como ler e escrever. E estimular essa prática pode ser bastante simples. “A partir do momento que a família começa a brincar e a conversar com a criança, ela cria um mundo imaginário com os estímulos recebidos através das brincadeiras. Os pequenos precisam de momentos que trabalham a imaginação”, afirma a diretora da unidade Palmas, Marta Silveira.

Desenvolver a prática das garatujas, pode trazer bons frutos no futuro da criança. “Através do desenho ele a cria e recria formas de expressar seus medos, angústias e principalmente a suas criatividades em representar algo bom em sua vida. Portanto, esse desenvolvimento vai aumentando de acordo produção dos seus desenhos”, explica Marta Silveira, indicando que outros elementos, como brincadeiras e jogos, também ajudam no desenvolvimento criativo infantil.

Neste aspecto, a escola e os professores também possuem um importante papel, no incentivo à prática. “A criança passa por fases de experimentação, iniciando pela fase das garatujas. Professores e pais devem oferecer os materiais e permitir que a criança os explore, mesmo que seja na forma de garatujas ou rabiscos. Isso estimula a criatividade e a inventividade das crianças”, indica Vera Mendes.

A coordenadora da unidade Tamboré ainda aponta que o uso de materiais diferentes pode ajudar no desenvolvimento da coordenação motora fina, que é essencial para o desenvolvimento da escrita.

Ações

Diante de tamanha importância, a prática do desenho deve ser estimulada desde cedo. Por isso, o CPM se preocupa em criar projetos que despertem nas crianças o interesse pela representação gráfica de seu universo.

Na unidade Tamboré, por exemplo, as crianças são estimuladas a usarem diversos materiais, como papel kraft, carvão, tinta ou giz de cera, ou até mesmo suportes mais desenvolvidos como lixa, isopor, papelão, papel camurça, cartolina pincéis, palitos, brochinhas e rolinhos. Em um projeto denominado Evolução do Grafismo, as crianças são estimuladas a rabiscarem sobre seus sentimentos.

Já na unidade Palmas, a prática da garatuja é estimulada juntamente com a da leitura. As crianças são chamadas a recontarem as histórias ouvidas em sala de aula por meio dos desenhos.

By redator

Posts assinados como redator são sugestão de pauta enviados por agências.

Social Media Auto Publish Powered By : XYZScripts.com